A Fixação De Sérgio Moro

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— Que bom que pôde me receber senhor presidente. – Disse ao entrar.

— O magistrado disse que era importante o assunto, não poderia deixá-lo esperando.

— O senhor não se lembra de mim, não é? De quando éramos íntimos... – Indagou o Marreco; perdão de novo, Moro.

— Não sei do que o senhor está falando, senhor juiz. – O presidente parecia sincero.

— É que eu... – Olhou para o chão. – A muito sinto algo pelo senhor e me sinto sem jeito em chegar ao presidente e dizer isso... – Olhou sério nos olhos de Lula. – Eu te amo. Pensei até mesmo levá-lo a julgamento por ter roubado meu coração, mas isso não pegaria bem. A justiça não é brinquedo para se usar de formas fúteis, por isso decidi declarar meu amor...

— Perdão, companheiro, mas não posso corresponder ao seu sentimento. Sou extremamente apaixonado por minha amada esposa, Marisa Letícia. – Admirou a foto da esposa na mesa. – Há eras fomos prometidos um ao outro... – Voltou seus olhos ao juiz. – Sei que pode encontrar alguém que te corresponda.

Moro sentiu sua raiva subir a níveis elevados. Foi rejeitado pela segunda vez. Lula pagaria caro por isso.

O Lula do futuro olhou para Moro e depois para Lindbergh.

— Eu me lembro disso. Foi em 2004. Agora tudo faz sentido, Moro carrega raiva de mim desde 1839...

— Faz todo o sentido ele querer te condenar, você roubou o coração dele, Lula. – Molon concordou.

Lindbergh nada falou, do nada teve uma crise de tosse que vinha acompanhada de sangue. Molon se apressou em saber o que tinha acontecido com seu amado.

— Eu te amo, Alessandro. – Disse e desmaiou.

— Lindbergh! – Molon o segurou.

De repente tudo estava normal, de volta ao hospital Alvorada Brasília.

— Então o que todos diziam era certo, você é apaixonado pelo Lula. – Uma nova pessoa surgiu no grupo. Aécio.

Todos olharam para ele.

— Desde quando você está aqui? – Moro perguntou.

— Cheguei a pouco, e quando abri a porta... Você se declarando para o Lula no gabinete presidencial...

— Mas... Mas como você viu?

— Não sei... Mas vi. Agora faz todo sentido... Melhor nos falarmos depois, não quero que diga que perdeu nossos bebês por minha causa. – Aécio saiu do quarto.

Lindbergh foi internado em estado grave, baixa pressão cardíaca, respiração fraca, quase morto. Os médicos faziam o que podiam. "Estejam preparados para o pior", disse a médica.

Tudo apontava o fim para os petistas. Lula recebia mensagens dizendo que outros estavam caindo em coma.

— O que faremos? – Perguntou Molon.

Triste Lula respondeu:

— Não há nada que podemos fazer. Isso foi o que ela planejou, a sereia junto com Moro. Vamos todos os bruxos morrer.

— Mas e o tal anjo que as profecias apontavam?

— Nunca nasceu. Foi morto em 1839 ainda no ventre de sua mãe.

Tudo parecia perdido, mas talvez a esperança estaria bem viva.

⭐🌟⭐

— Mas o que aconteceu para você vir parar numa cama de hospital, Juliano? – Boulos perguntou.

— Foi só uma queda de pressão, e como eu já estava aqui... – Disse descontraído, mas mudando rapidamente a expressão.

— Tá, você está com uma expressão preocupada, o que aconteceu?

— Nada demais, só... Um sonho estranho que tive. – Se levantou rápidamente da cama. – Preciso falar com alguém.

— Ei, ei, ei! Calma aí. Você não deve sair daqui assim! – Boulos tentou impedir que Juliano saísse.

— Gui, eu tive um sonho muito estranho, e só uma pessoa pode me esclarecer, já que Dilma está desaparecida...

— Ela apareceu, mas está no mesmo estado que Gleisi.

Juliano ficou surpreso, talvez fosse por isso que ela disse estar presa seja lá onde quer que estivessem no sonho.

— Tenho que falar com a Lúcia França. Isso é muito importante, Gui. Você vai me ajudar ou vai querer continuar a bancar a minha mãe?

— Eu te ajudo, mas preciso saber o que está acontecendo.

— Eu também quero saber, amigo. Mas tudo leva a crer que eu seria filho da Gleisi em uma outra vida, e isso pode ter grande impacto agora.

Boulos levantou as sobrancelhas surpreso e incrédulo.

— Você bateu a cabeça quando desmaiou, Juliano?

— Você não acredita em mim, né Guilherme?

— Olha o que você está falando, Juliano! Como quer que qualquer pessoa acredite?

— É por isso que preciso falar com a Lúcia França, para que ela me esclareça tudo isso. Ela sabe muito sobre esse caso.

Boulos respirou fundo e disse:

— Ouvi dizerem que ela foi internada aqui a pouco, não sei o motivo e nem o estado de saúde dela.

— Então vou até ela. Lindbergh também sabe sobre, mas não tanto como Lúcia França.

O Misterioso Livro do SenadoWhere stories live. Discover now