Capítulo 6.

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As aulas chegaram ao fim e fiquei esperando por Harry. Niall resolveu ir já que minha conversa com ele seria provavelmente longa.

— Oi. — Harry disse se aproximando com seu lindo sorriso.

— Acha que podemos conversar agora? — Perguntei o acompanhando.

— Claro, entra aí. — Ele destravou as portas do carro.

Fomos em silêncio, eu podia sentir a felicidade que emanava dele só por estar perto de mim, ela também fluía por meu corpo.

— Para. — Pedi ao ver que passávamos ao lado de um parque.

Desci do carro e olhei em volta vendo algumas famílias ali, um casal ou outro se beijando ou apenas abraçados aproveitando o momento. Pensei no quanto seria bom se eu ainda fosse humano, eu poderia ter uma vida normal ao lado de Harry. Poderíamos ficar mais velhos juntos, casar, ter filhos, iríamos ficar velhinhos juntos, eu o veria de cabelo branco, e me veria com o rosto cheio de rugas, cada uma contando uma história linda. Nossos filhos cresceriam e nos dariam lindos netos, que iríamos adorar mimar.

Mas isso era um futuro inexistente, eu não iria envelhecer, nunca. Mas Harry iria, e em alguns anos eu teria de o deixar. E isso iria me quebrar em mil pedaços.

— Ei, tudo bem? — Perguntou tocando meu braço, o olhei e apenas assenti. — Quer ir agora? — Apontou para o carro.

Pensei se deveria mesmo ficar com ele por agora, mesmo sabendo que no futuro teríamos de nos separar. Eu sabia o porquê, e também sabia que estava sendo egoísta em só pensar em continuar com isso mesmo já sabendo onde daria, ou onde não daria, se preferir.

Mas um pouco de amor, alguns anos de felicidade eram melhor que nada, não é?! Talvez quando daqui alguns anos eu resolvesse deixar Harry, ele pudesse entender de alguma forma que era melhor assim.

Que havíamos encontrado o nosso "para sempre", mas que não poderíamos ter isso por toda nossa vida.

— Sim, vamos lá. — Sorri fraco voltando para o carro.

Nós seguimos para dentro da floresta em uma trilha, isso até onde o carro ia, em certo ponto Harry parou e me pediu para descer.

— Vamos ter de ir andando daqui, mas não é longe. — Ele disse me estendendo a mão. — Apoio caso você tropeçar. — Justificou.

Sorri segurando sua mão, nas atuais circunstâncias era bem mais fácil ele tropeçar, mas eu não iria negar a chance de o tocar. Se eu não teria isso por toda a eternidade, iria aproveitar enquanto pudesse.

Continuamos caminhando por uns cinco ou sete minutos, e então Harry tirou um galho que tapava a visão. E o que vi foi incrível.

Uma linda clareira repleta de flores para todos os lados, era definitivamente um local maravilhoso.

— Gostou? — Ele perguntou apreensivo.

— Se eu gostei? Harry, esse lugar é esplêndido. — Murmurei ainda surpreso com tamanha beleza.

— Que bom. — Ele sorriu feliz. — Vem, vamos sentar aqui. — Ele me puxou para sentar ao seu lado no chão.

— Você deve estar se perguntando se aquele beijo significou alguma coisa. — Murmurei, ele encolheu os ombros.

— Não realmente, eu senti que significou. Só não entendi porque você fugiu, duas vezes. — Ele disse meio chateado.

— Eu não vou mais. — Murmurei e ele me olhou triste. Fiquei confuso com aquela reação, eu achei que era o que ele queria.

E era o que eu devia fazer, mas eu não conseguia.

— Está dizendo que não vai me beijar? Olha, eu posso não ser o maior beijador do mundo, mas eu senti nossa conexão e...

— Harry, calma. — Pedi impedindo que ele continuasse. — Eu quis dizer que não vou mais fugir. — Esclareci.

— Ah! Então eu posso te beijar? — Perguntou sorrindo.

— Claro, sempre que quiser. — E então ele me beijou.

Tive de me conter para poder me afastar, eu não precisava de oxigênio, mas Harry sim.

— Então como ficamos? Tipo, temos um título ou...? — Ele perguntou curioso.

— Não precisamos ter. Nós estamos junto
— Segurei sua mão.

— Sim, nós estamos. — Ele disse feliz e me beijou novamente. — Desculpa, acho que não consigo parar de te beijar. — Ele disse ficando com vergonha.

Virei seu rosto para mim e lhe dei um curto beijo. — Eu também não consigo. — Confessei e ele riu.

Continuamos trocando beijos e carícias, até Harry resolver me perguntar:

— Aquele seu amigo, Niall, não gosta muito de mim, não é? — Perguntou meio triste.

— Na verdade, ele gosta, eu acho. Talvez tenha passado outra impressão porque somos só nós dois, desde muito tempo, e então um protege o outro. — Expliquei.

— Mas não vou te machucar. — Ele disse certo disso.

Assenti e o beijei enquanto pensava:

Eu sei, Harry. Eu sei.

**

Espero que estejam gostando tanto quanto eu estou de reescrever essa estória, ela é muito importante para mim.

Até mais,

–K.F.

A Forbidden Love [L.S] Mpreg!LouisWhere stories live. Discover now