Bónus ○Bernardo○

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Observo o táxi ir embora e me chuto por ser tão imbecil de ter deixado ela entrar nele.

É impressionante como essa garota tem a capacidade de me fazer enlouquecer em dois segundos contados. Ela é toda diferente, toda Pricilla. De um jeito que não é possível você olhar só uma vez e esquecer.

Acho que foi isso que me fez apaixonar por ela, o facto de ela não ser igual como as outras. E agora, eu estraguei tudo e sinceramente não sei o que fazer.

Eu não me arrependo de ter contado pra ela sobre o beijo, acho que nunca conseguiria ser o mesmo se não tivesse dito. O que eu me arrependo é de ter deixado o beijo acontecer, de não ter ouvido a Pricilla quando ela disse que a Monique queria mais do que uma amizade.

Foi idiota? Foi, eu devo ser muito burro mesmo como a Pricilla disse pra não perceber que a garota é mais oferecida e vadia do que modelo da playboy. Bufo pro nada, eu bem que devia ter desconfiado, a garota foi trazida e hospedada pelo meu pai, sem motivo importante, sem um negócio envolvido, nada. É claro que o velho quer fazer eu me afastar da Pricilla e arrumou uma garota pra ajuda-lo a fazer isso.

Caminho em direção a minha moto, decido ir treinar. Só me restou a aula de educação física, e não é tão importante assim eu assistir. Subo na moto e dou partida.

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Chego em casa bem tarde, o treino hoje foi puxado, e eu estou muito cansado.

Passo pela cozinha e encontro a Glorinha lá, deve estar preparando o jantar.

-- Oi Glorinha. – Cumprimento-a com um beijo na bochecha.

-- Oi querido, só chegou agora? – Ela pergunta se virando pra mim com um sorriso lindo, mas quando olha pra minha cara, ela fica preocupada. – De novo Bernardo? Você vai morrer se continuar nessa coisa de treinar pra apanhar.

Ela me faz sentar e pega um pano molhado pra limpar um machucado que eu tenho na boca, nem é grande coisa é só um pequeno corte no canto da boca, mas as mulheres são sempre dramáticas. Bom nem todas.

-- Não foi nada Glorinha, eu nem apanhei tanto. – Falo tentando sorrir mas doe então eu desisto de jogar charme.

-- Isso não tem graça garoto. A Pricilla bem que podia colocar um pouco de juízo nessa sua cabeça. – Congelo ao me lembrar da minha vermelhinha, ela está puta comigo, e com razão. Eu nem sei se ela quer falar comigo, acho que ela não quer nem olhar pra minha cara, mas ela não me disse isso e eu estou sem saber o que pensar o que fazer. E esse é o problema de namorar a Pricilla, você nunca sabe o que ela está pensando.

-- O que foi? Não vai me dizer que vocês brigaram? – Ela me olha ansiosa esperando uma resposta.

-- É, foi mais ou menos isso. – Falo desanimado e passo a mão pelo cabelo.

-- Oh minha nossa. Ela é uma menina tão legal, tão simpática. O quê que você fez pra ela Bernardo? – Glorinha me olha com um olhar de reprovação, e isso me faz rir um pouco. A Pricilla passa longe de ser legal e simpática, mas ela sempre conquista as pessoas.

-- Eu fui um idiota e ela não vai esquecer isso tão cedo. – Falo simplesmente e olho pra longe. A Glorinha passa a mão pelos meus cabelos me transmitindo paz, sempre com aquele sorriso lindo.

-- Você já pediu desculpas? – Ela pergunta depois de alguns segundos me olhando.

-- Já… -- Solto um suspiro. – Mas a Pricilla não é do tipo que esquece fácil.

-- Se ela te ama, ela esquece. É só dar um tempo pra ela. – Ela fala com paciência e me dá um beijo na bochecha. E eu quero mesmo acreditar nisso, eu não estou disposto a desistir tao facilmente da minha linda e briguenta namorada. – Agora anima esse rosto e vai tomar um banho, eu vou servir o jantar daqui a pouco. Faço uma careta.

-- O meu pai e os seus ilustres convidados vão estar na mesa? – Pergunto desanimado, ela assente, e eu já tenho a minha decisão feita. – Então me desculpe Glorinha, mas eu vou ter que dispensar o seu maravilhoso banquete, não estou a fim de conviver com eles.

-- Mas… -- Ela tenta me convencer, mas eu a corto.

-- Não se preocupe, eu vou sair e como qualquer coisa na rua. – Falo já caminhando pra saída da cozinha, ela faz cara feia. E eu já estou nas escadas quando ouso ela reclamar que comer na rua não é jantar.

Entro no meu quarto, deixo as minhas coisas em cima da cama e vou logo pro banheiro preciso de um banho e é urgente.

Tomo o meu banho de forma rápida, não quero ter que passar pra sala de jantar e dar boa noite para o meu pai e os convidados dele. Coloco uma toalha na cintura e vou pro quarto me vestir, mas quando entro lá tem a ultima pessoa que eu gostaria de ver, me esperando.

-- Oi Bê. – Monique está sentada na minha cama com um sorriso que mostra todos os dentes dela. Então ela se levanta e caminha em minha direção me deixando ciente do short minúsculo, se é que isso não é uma calcinha, que ela está vestindo, junto com o top, igualmente minúsculo que mostra demais. – Eu preciso falar com você.

Ela faz cara de anjo e chega mais perto. Eu tenho que confessar, ela é uma garota bonita, e ela sabe como tentar uma pessoa, eu reparei, eu sou homem afinal, não tem como não reparar que a garota é bonita.

Mas dessa vez, ela não vai me enganar, dessa vez, eu não vou errar.

-- Sim, e você precisava entrar no meu quarto só de calcinha e sutiã pra fazer isso? Não podia esperar até amanha, ou até eu sair do meu quarto? – Falo saindo da frente dela e indo em direção ao meu guarda-roupa. Ela parece surpresa com a minha reação, mas não se abala por muito tempo.

-- É que é urgente sabe, eu precisava falar com você sobre hoje. Te agradecer por ter me defendido daquela louca da Pricilla… -- Ela para ao perceber que eu nem estou olhando pra ela, pelo contrário, estou me vestindo normalmente, como se nada estivesse acontecendo. – Ela quase que me batia.

Termino de vestir a calça e olho finalmente pra ela.

-- Sabe Monique, você não deveria agradecer, porque eu só não deixei a Pricilla te bater porque eu não queria que ela fosse suspensa. Mas por mim, ela te daria uma bela surra, pra você deixar de ser oferecida e falsa.  – Respondo olhando friamente pra ela, que fica com a boca aberta em um grande e perfeito O. Me viro outra vez e termino de me vestir, calço os meus ténis e ajeito meu cabelo. – Era tudo que você queria falar? Eu tenho que sair, e se você não se importar? – Seguro a porta aberta mandando a mensagem clara de que eu queria que ela saísse. O que claro, a garota não entende.

-- Mas Bê, a gente… o nosso beijo e… -- Ela se aproxima mas eu desvio.

-- Aquilo não significou nada, e você sabe disso. Um concelho: não faz tudo eu o meu pai manda não, um dia você vai se arrepender. – Falo e aponto outra vez pra porta, ela me olha por mais alguns minutos e ao perceber que eu não estou brincando ela passa por mim pisando duro, cheia de raiva.

-- E Monique… -- Chamo ela de novo, fazendo-a virar. – Não entra mais no meu quarto sem bater, é falta de educação. – Concluo e ela me lancha um olhar de odio e desaparece no corredor entrando no quarto dela.

Solto um suspiro aliviado e sorrio. Pelo menos ela não fez um escândalo. Fecho a porta do meu quarto e desço pelas escadas, graças a Deus o meu pai e o pai da Monique estão no escritório, então eu não vou precisar dar boa noite ou começar uma conversa forçada e indesejada.

Digo tchau pra Glorinha e pego a minha moto indo em direção a casa do Diego, quem sabe ele não tem alguma ideia decente pra ajudar a reconquistar a vermelhinha.

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hj estamos lendo sob o ponto de vista do Bê, espero que gostem. please nao se esqueçam dos votos e dos coments, é mt importante pra mim. ♥ mts beijos e obrigados por tudo ♥

P.S: esse é dedicado pra AlaniisEster, bjs flor

3Carla

☠♥ Disaster ♥☠Where stories live. Discover now