Capitulo 14

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Acabamos indo todos no carro do Bê, teve uma briga silenciosa entre mim e a Monique, que eu ganhei é claro, e saímos procurando lugares pra ir.

No final o povo escolheu ir no cinema e ver um filme melequento de amor e blá, blá, blá, que só tem a mesma bosta que ultrapassa o nível de cliché. O que eu acabei concordando em ir já que a feionique (feia+Monique) ia ficar segurando fosforo já que eramos dois casais.

Entramos no cinema e os rapazes foram comprar os bilhetes _numa fila ridiculamente grande pra ver um filme que eu sei que não é bom_ enquanto isso eu fazia uma amizade longa e verdadeira com a minha nova amiga Monique (sentiu a ironia voando a solta? Eu senti!).

-- Então, você vai ficar por quanto tempo aqui? – A Liz pergunta. Eu te amo amiga!

-- Ah, eu ainda não sei. O pai do Bê convidou a gente pra passar uma temporada aqui. Como ele e o meu pai são muito amigos ele veio né. Eu ouvi eles falando que eu ia ter que me matricular numa escola enquanto estivermos aqui. – te odeio pai do Bê, eu tenho certeza que ele trouxe esses puxas sacos de propósito pra me afastar do Bê.

-- Hum, e vocês estão morando onde Mô? – Pergunto com cum sorriso de 30000 volts.

-- Na casa do Bê, o pai dele não deixou a gente ir pra um hotel. – Claro que não, ele é um filha de um Chihuahua desbocado que só quer meter o dedo torto onde não é chamado.

-- Você gosta dele? O pai do Bê? Porque ele é um idiota em relação ao Bê né? – Pergunto, e ela dá de ombros.

-- Jura? Nem, reparei. – Claro que não. A feia faz cara de inocente e sorri pro meu namorado que acabou de chegar. Vontade de jogar boliche com os dentes dela.

Entramos na sala de cinema e escolhemos os nossos lugares, eu é claro me sentei com o Bê, a Liz do lado do Kevin, e a Monique, a feia, sentou atrás da gente toda feliz porque alguém derramou refrigerante na cadeira do lado do Bê onde era suposto ela sentar (coitada da menina, nem imagino quem tenha feito isso.) *rabo de capeta balançando.

Começa o filme, quer dizer, a propaganda idiota que dura sempre mais que o filme.

-- Você gostou da Monique? – o Bê sussurra  no meu ouvido.

-- Odiei. – Respondo de volta.

-- Eu sabia que você ia. Eu não queria trazer ela mas ela e o meu pai insistiram e eu não podia dizer não na frente do pai dela. – Ele continua.

-- Interessante, ela te ameaçou com o quê? A bolsinha de grife cor-de-rosa dela? – Reviro os olhos com tanta força que eles quase caem.

-- Não fica brava. – Já fiquei meu bem.

-- Ela quer você. – Olho feio pra ele e como pipoca. – E ela está morando na sua casa, e o seu pai adora ela, e ela é mais alta do que eu. – Faço bico na última parte, e o demente ri da minha cara.

-- Você as vezes até consegue ser fofa vermelhinha.

-- Eu sei, e você sempre consegue ser um idiota, idiota. – Revido, e sou recompensada com um beijo de cinema no cinema. Eu sou uma estrela de Hollywood minha gente.

                                                                   **                                                                   

O resto do filme foi aturar a melação da Liz e do meu irmão, zoar com a cara das pessoas que estavam chorando por causa do filme, e rir da cara de lombriga da Monique resmungando lá trás. Isso na metade do filme, porque como coisa ruim é longo pra caramba, a outra metade eu passei dormindo em cima do Bê.

-- Vermelhinha… hei, Pricilla. O Kevin vai jogar coca-cola em você. – Acordo num susto e olho pro Bê. o Kevin está mesmo com uma garrafa de cola vindo pra cima de mim. Eu o chuto e me levanto da cadeira do cinema, que por sinal está vazio.

-- Merda, nem consegui ver o final pra poder vaiar. – Resmungo irritada.

-- Só você mesmo pra dormir no cinema pirralha. – O Kevin ri e os outros palhaços anormais o acompanham. Eu mereço.

-- Cala boca imprestável. – Estou com preguiça. Então apelo pro meu super namorado. Olha a banca. – Bê, me carrega?

Faço cara de ursinho fofo e ganho um beijo além de ser carregada nas costas até o carro. No caminho reparo na cara de pum da Feionique e resolvo conversar.

-- Que foi Monique? O Kevin peidou na tua cara? – Pergunto fazendo cara de inocente como se fosse a pergunta mais normal.

Ela abre a boca e fecha sem resposta, o Bê e o Kevin riem que nem idiotas que são, e a Liz me dá um tapa na bunda tentando parecer séria. Mas eu sei que a desgraçada adorou.

-- Que foi Liz? A menina tem uma tromba pior que a de um elefante, e você não quer que eu pergunte o que é? Ela pode estar doente. – Eu sou tão atenciosa.

-- eu não estou de tromba Pricilla, só estou um pouco cansada e quero ir pra casa. Bê me leva pra casa? – ela faz uma cara de barata que bebeu inseticida e estica o bico, ficando que nem aquelas prostitutas de calendário.

Eu só bufo.

-- tudo bem. A gente pode te deixar em casa e depois continua a noite. – eu amo o meu namorado.

-- Mas… -- a comida de cachorro tenta mudar o texto, mas nem morta que eu vou deixar.

-- nem se preocupe Monique, a gente não se incomda em te levar e depois sair. Vai ser um prazer. – Desço das costas do Bê e entro no carro toda feliz.

Nós vamos descarregar um encosto.

                                                                        *      *     *

Jogamos o peso morto na porta da casa do Bê e fomos comprar pizza, depois voltamos pra minha casa onde fizemos a farra já que os meus pais iam ficar até tarde no restaurante.

Quando o assunto acabou e eu comecei a me enjoar com o namoré do meu irmão, o Bê e eu subimos pro meu quarto.

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