E as almas?

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E as almas permanecem dormentes
Continuam no escuro mais quente
Nos últimos meses ferventes  
Nas mil maravilhas da noite quente

As almas continuam dormentes!
Ao som do silêncio,
Nas paredes do incêndio
No teu par sorridente
No comovente interno
No verão e no inverno

E nossas vidas continuam dormentes
Dormentes bem crentes
Videntes permanentes
Dormentes como a morte

Morremos dormentes
Crentes nas nossas ideias,
Felizes com as nossas posturas
Alegres e inocentes
Tristes, a nossa tortura!

Vivemos presentes
Nas ideias comoventes
Nos outros presentes
Vivemos na infinita geração vindoura
Vivemos um presente que chamamos futuro
Vemos o escuro e vivemos a alma
Vivemos de quem ama
Da calma na alma
Da alma na calma
E com a palma na alma

Vivemos o universo
Limitados no paraíso
Na eterna vida do nosso juízo
No nosso universo

Seguramos as flores
Pra mortos e vivos
Para noites e sorrisos
Pra noites de lágrimas e flores

Vivemos a terra
A harmonia do inverno
As cores do outono
Ao belo do verão
A união da escuridão

Continuamos crentes no belo
No mais distante do elo
Mais próximos do simétrico
Mais paralelos ao egocêntrico
Mais ilusões do que paixões
Mais dores do que flores
Mais ego do que amor

"Expressa-te para não morreres"

Meu pensar é meu destino!Where stories live. Discover now