Capítulo 40

3.1K 201 45
                                    

Callie Torres

- Como assim, Callie? Como assim o Noah está com aquela família? - Arizona me perguntou com a voz trêmula, os olhos cheios de lágrimas e meu coração parecia que estava sendo esmagado por um elefante. - Por favor, me diz que isso é mentira, que você só está me zoando...- eu não conseguia falar nada. - DIZ, CALLIOPE! - ela gritou e começou a chorar.

Eu a puxei para o meu colo e acariciei seus cabelos enquanto ela chorava, um choro que doía na minha alma.

- Calma, Ari. Olha pra mim - a afastei um pouco e ela me olhou com seu rosto vermelho e seus olhos também.- Ele vai ficar lá só um tempinho e depois a assistente social vai ver se ele se adaptou, se ele gostou, se eles foram bons para ele. É só alguns meses, eu tenho certeza que ele está bem.

- O Noah é a criança mais amável e maleável que eu conheço, Callie. Ele vai gostar da família nova. - ela começou a chorar de novo. - isso dói, eu perdi o meu filho.

Eu não sabia o que responder, eu não tenho ideia de como essas coisas funcionam, e não sei a mensidão do que Arizona sente por Noah, mas ouvir isso da boca dela doeu em mim, isso mexeu muito com ela.
  Eu me encostei na cabeceira da cama e a coloquei no meu colo fazendo carinho em seus cabelos, ela ainda soluçava, mas logo sua respiração se tornou pesada, minha loira havia se entregado ao sono em meio a um agoniante choro. Eu a ajeitei e me deitei ao lado dela, formando uma conchinha perfeita e agradável, adormeci.

(...)

Alguns raios solares me despertam na manhã seguinte, abro meus olhos lentamente e praguejo por não ter fechado a cortina na noite anterior, eu já acordo cedo todos os dias da semana, no sábado também é pedir demais.
Passo a mão pela cama tentando encontrar Arizona, mas ela não está, estranho pois mesmo ela sempre acordando primeiro que eu ela fica ao meu lado me esperando acordar. Levanto, faço minha higiene matinal e vou procurar Arizona pela casa, a encontro sentada na varanda com o celular na mão. Me aproximo devagar e me sento ao lado dela.

- Ei, tá tudo bem? - Ela me olhou e apenas assentiu. - Tomou seu remédio da manhã? - ela assentiu de novo. - Comeu alguma coisa?

Ela negou com movimentos leves de cabeça.

- Estava esperando você acordar. - sussurrou.

Eu podia ver em seus olhos que ela estava ali chorando e que ela não estava nem um pouco feliz, como dói ser tão impotente, não consigo trazer um sorriso ao rosto da minha namorada.
A vida também não colabora com ela, toda hora uma coisa diferente, reparo que ela estava olhando o celular e algumas lágrimas ainda caíam.

- Ei, por que você tá chorando, a amor? Por que não me acordou para ficar com você?

Ela nada disse, virou para mim e começou.

- Lembra que eu disse que o Noah foi deixado no orfanato ainda neném de colo? - eu assenti. - olha isso. - Ela virou o celular para mim.

 - Ela virou o celular para mim

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.
O improvável amor.Where stories live. Discover now