Capítulo 33

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Arizona Robbins

O final de semana passou insuportavelmente devagar e doloroso, eu não conseguia ouvir as coisas que George falava e não responder, ainda mais quando ele falava da minha namorada. Ele me batia muitas vezes no dia, e eu vivia cuspindo sangue, eu não sei o que tá acontecendo para eu cuspir tanto sangue mas dói, dói muito. Eu só não apanho quando é Nancy que fica comigo, ela limpa meus machucados, fica me beijando e falando coisas nada a ver.
Estou com tanta saudade da Maria, da tia Elisa, de Kara, da April, do Alex e eu não preciso nem dizer a saudade que eu estou sentindo de Calliope.
A segunda feira chegou e com ela o meu desespero se tornou pior, o que eu mais temia aconteceu, Calliope ligou, eu falei com ela no telefone e me permiti chorar como um neném... como eu precisava de Calliope... Ela disse que viria me buscar e eu tentei falar para ela não vir, eu tentei... Mas quando eu ia falar George me acertou um soco no rosto e tomou o telefone. Eu não me olho no espelho mas, com certeza, estou com um monte de machucados no rosto.
  Depois que George desligou a ligação ele disse que ia tomar banho e falou para Nancy me dar comida. Eu neguei, estou negando comida e água desde quando cheguei aqui, estou completamente fraca.

- Come, Ari, você vai acabar desmaiando.

- Eu não quero, não finja se preocupar comigo. - falei cuspindo sangue mais uma vez.

Nancy levantou do banquinho que havia colocado na minha frente e jogou o prato de comida longe.

- VOCÊ VAI ACABAR FICANDO DOENTE!

- POR QUE VOCÊ FEZ ISSO? CADÊ OS SEUS PAIS? EU TE ODEIO! - juntei o pouco de força que eu tinha e gritei seguido de um cuspe de sangue. Como estava doendo tudo em mim.

Ela respirou fundo puxou o banquinho para mais perto passou a mão no meu rosto, beijou minha bochecha e falou calmamente.

- Estou fazendo isso porque eu te amo, e você vai ver que você me ama. Você e a Callie não tem nada a ver, querida. - ela sorriu e se afastou quando eu virei o rosto. - Meus pais estão viajando a trabalho, por isso estamos aqui em casa.

Eu ia responder mas George entrou vestindo uma calça jeans e uma camisa de marca. Eu não entendo o que ele está fazendo, George é o único menino da família Grey, era o mais mimado, Ellis fazia tudo por ele. Mer e Lexie devem estar atrasadas.

- Já deu tempo do casalzinho aí se entender, Nancy a Callie tá chegando. Você vai ficar?

- Eu vou, claro. Não vou dar chance dela ficar com a minha Arizona.

Meu Deus, Callie está chegando, eu não acredito que realmente ela veio, eu não queria que ela viesse, eu preferia que George me matasse ao ver Callie em perigo. Os meus pensamentos sou dispersos quando o celular de George toca e ouço ele ensinar como chegar no sótão para a pessoa do outro lado, deduzo ser Callie e meus olhos enchem de lágrimas.

- George, por favor, deixa a Callie em paz.- supliquei.

- Meu Deus, ela tá implorando. - Nancy falou surpresa.

- A grande Arizona que consegue resolver todos os problemas está implorando. - ele tira uma arma das costas e segura, aponta na minha cabeça e fala. - IMPLORA MAIS!

-George, não. - Nancy fala.

- CALA BOCA!!!!!

Ouvimos um barulho e ele guardou a arma enquanto eu já chorava.

- Oh, querida. - George falou. - vejo que cumpriu muito bem as ordens. A propósito está linda.

Callie não respondeu, o olhar dela se encontrou com o meu e assim como meu rosto estava banhado em lágrimas o dela foi dominado pelas mesmas e ela correu para me abraçar sendo impedida por George.

O improvável amor.Where stories live. Discover now