Capítulo 4.

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Arizona Robbins

Depois de deixar Callie na casa dela, eu não demorei muito para chegar na minha casa, quando minha moto virou no portão eu percebi que tinha esquecido o controle de abri-lo em algum lugar que a bebida não me permitia lembrar onde, desci da moto com as chaves e fui em direção a ele para abri-lo, entrei e deixei a moto parada em frente a porta de casa, não a guardei na garagem, entrei e fui em correndo, isso mesmo, correndo em direção ao banheiro, fiz minha necessidade e entrei de baixo do chuveiro tomando um banho bem gelado, sai enrolada na toalha. Como aqui só fica eu e Maria a noite, não tinha problemas, subi até o meu quarto e fui no meu banheiro escovar os dentes, desembaracei meu cabelo e me joguei na cama nua, eu estava com calor.

Comecei me lembrar da festa, da dança, de ter ficado com a Carina, lembro da Callie querendo me provocar dançando, e chego estranhamente me excitar com aquela imagem, mas eu a respeito demais para ficar imaginando coisas só porque ela dançou. Logo me lembro do beijo que, pela brincadeira, tivemos que dar. O beijo da Callie me deixou com um gosto horrível de quero mais, horrível porque eu não vou ter mais. Eu não diria a vocês que tô apaixonada, que tipo de pessoa se apaixona no primeiro beijo? Mas eu queria conversar com ela depois do beijo, e queria parar de irritar ela pelos corredores da escola, e depois que a vi naquele estado na rua quando a oferta carona, eu queria cuidar dela, queria saber o que aconteceu e destruir quem fez isso com ela.

Mas eu vou descobrir...

Eu garanto que eu vou descobrir o que houve com Callie, e quem fez, e olha, vai ser muito azarado, porque eu vou me vingar por ela. Eu reparei nas marcas no braço dela quando ela desceu na porta de casa, mas eu não quis assustar ela mais ainda deixei pra lá. O estranho nisso tudo é que eu fico preocupada e querendo proteger tudo e todos, mas com Callie está sendo diferente. Por que logo com ela? Ela que eu odeio desde o segundo que eu conheci.

Entro no WhatsApp para ver as fotos que estavam mandando no grupo, vejo uma que nem lembrava que tinha tirado, mas eu estava gata pra caraca, e talvez bêbada demais também. - gargalho com o pensamento.

Eu ia responder a foto quando apita mensagem em outra conversa e quando vejo quem é não acredito, Calliope Torres me mandando mensagem, conversavamos por alguns segundos e ela deixou escapar que estava sem sono pelo que aconteceu, seja lá o que te...

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Eu ia responder a foto quando apita mensagem em outra conversa e quando vejo quem é não acredito, Calliope Torres me mandando mensagem, conversavamos por alguns segundos e ela deixou escapar que estava sem sono pelo que aconteceu, seja lá o que tenha sido foi bem ruim, ela estava com medo de dormir, sei que é medo porque quando meus pais morreram na minha frente eu fiquei tempos sem conseguir dormir, e dizia que só "não conseguia" não revelava que estava com medo.

Sim, meus pais morreram na minha frente quando eu tinha 13 anos, um assalto, meu pai quis proteger a mim e minha mãe e o assaltante o baleou, ele fugiu mas minha mãe infartou ao saber da notícia da morte do meu pai, eu passei a ser criada por Maria, a governanta da minha família, ela é como minha mãe, eu devo muito a ela. Desde que vi a cena deles morrendo eu desenvolvi dentro de mim esse sentimento de proteção pelo próximo e toda minha marra nasceu, essa pessoa casca grossa que sou nasceu por isso. Eu não tinha permitido me relacionar com ninguém para não me envolver emocionalmente, até que conheci Eliza e me envolvi, quando ela me traiu, machucou demais, e Callie usou isso para me zoar, eu fingia não doer mas era horrível, isso só me tornou mais "durona" ainda e segui.

O improvável amor.Unde poveștirile trăiesc. Descoperă acum