Harry desceu do carro recebendo a ajuda de Conrad. Ambos sem dizer uma única palavra. Harry ainda tinha em suas bochechas o tom vermelho, envergonhado, e aquilo fez Conrad sorri, pois de certa forma, ele foi correspondido. Juntos, entraram na mansão. Andrea quase surtou quando viu seu marido entrar novamente com Harry.— Então foi por isso que saiu tão apressado!? — Exclamou, fazendo Harry estremecer de medo, deixando Conrad mais furioso do que antes.
— Amélia! — Gritou, e a doce mulher apareceu correndo na sala enxugando suas mãos no avental florido.
— Sim?
— Leve Harry até o quarto e cuide dele, sim? — Disse e ela assentiu caminhando até Harry e pegando suas mãos. Harry quase hesitou, não queria que ele e Andrea discutissem, mas a briga seria inevitável. Então ele seguiu com Amélia para o quarto. Conrad o observou subir os degraus da escadaria com cuidado e assim que o garoto havia sumido do seu campo de visão, ele encarou Andrea furiosamente, como se fosse matá-la somente com o olhar.
— Conrad...
— CALE A BOCA! Você já falou demais por hoje, principalmente quando resolveu mentir, SE IMPOR CONTRA AS MINHAS ORDENS! — Ela tremeu com o tom grave de Conrad. Era perceptível que para ele cometer uma loucura ali seria em frações de segundos. — O que você pensou na hora? Que Harry ia sumir e eu não iria fazer nada!? Que meus homens não iriam me dizer o que você falou!? E ainda por cima usando meu nome para as suas maluquices! Não, Andrea, você passou completamente dos limites e vai sofrer as consequências!
— Você não pode me bater, Conrad. Eu sou sua esposa! Mãe da sua filha! — Rebateu, chorando.
— Mãe? — Indagou, com ironia. Sua raiva aumentou por ela tentar pará-lo usando sua filha. — Que eu saiba, mãe é quem cuida. Você nunca nem sequer a chamou de filha. Nunca brincou com ela, nem se importou em ajudar Sophia com os deveres da escola. Você nunca foi e nem será uma mãe de verdade. E quer saber, Andrea? Você sim é o meu inferno! É uma dor nas bolas, mas isso vai acabar. Eu já estou cheio de você. — Rosnou, de cabeça quente, querendo matar o primeiro que aparecesse. Andrea fechou os olhos e respirou fundo, avançando um passo em direção a Conrad.
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BOYS DON'T CRY - Delicioso Inferno - (Romance Gay)
Romance"Você acabou se tornando o meu delicioso inferno"