d e z e n o v e

Depuis le début
                                    

- Eu... — Sinto minhas bochechas ruborizarem, mesmo sem ele poder ver, e me envergonho por estar com essa expressão. — Adrian, eu...

Ele me encara, e vejo suas mãos segurarem com mais força a minha bunda.

- Você é virgem? — Ele é direto, mas seu tom de voz não é de desprezo como achei que seria.

- Sim. — Minha voz é baixa, mas soa o mais sincera que consigo.

Nós dois ficamos em silêncio, e começo a ficar preocupada em ter estragado o clima, mas ele precisava saber. A água continua caindo sobre nós.

Me pegando desprevenida, Adrian me beija com mais força do que antes, e agarra a minha nuca. Sinto sua língua se enroscar com a minha, e sinto o seu gosto que não sai da minha cabeça desde que nos beijamos pela primeira vez. Ele afasta minimamente o rosto do meu, e vejo o brilho do seu sorriso.

- Não pensei que poderia gostar mais de você.

Arregalo os olhos.

- Você o que? — sinto minha cabeça girar com o tanto de informação.

- Sim, pensei que estivesse óbvio, Chloe Brown. — Ele traça uma trilha de beijos pelo meu pescoço, e eu amoleço. Sinto o seu sorriso contra a minha pele, e sorrio de volta.

- Então você é o meu Romeu?

Ele afasta o rosto do meu, em uma distância que consigo vê-lo nitidamente pela luz que entra na pequena janela do banheiro.

- Só se você for a minha Julieta. — Ele está com um sorriso tão aberto, que sinto uma pequena fagulha de realização no peito por ser a causa disso.

Aproximo meu rosto do seu, e sem quebrar o contato visual, colo sua testa na minha e sorrio.

- Sua. — Não sei o que aconteceu para eu fazer isso, mas assim que a palavra de três letras saiu pela minha boca, pareceu ser a coisa mais certa que eu já tinha dito.

- Minha. — Seu rosto estava sério, e seus olhos grudados nos meus.

- Adrian... — Digo insegura.

- Sim? — Ele continua sério.

- Você... Ficaria comigo?

Ele me encara com os olhos escuros e brilhantes e tenho medo da resposta. Ele parece pensar um pouco, e não faço ideia do que está se passando na sua mente.

- Sim. — Responde, apenas.

Meu rosto se ilumina. Mas ele demorou para responder, não sei se ele entendeu o sentido da minha pergunta e insegurança toma conta do meu peito.

- Você sabe... Naquele sentido.

- Deus, sim. Eu ficaria. Óbvio que ficaria. É o que eu mais quero.

E simples assim, suas palavras me fazem estremecer nos seus braços, e sob a água caindo entre nós dois. Afasto o rosto do seu e o fito.

- Sério?

- Sim, Chloe. É sério.

- Por quê?

- Por quê? É sério isso? Você já se olhou no espelho? — Ele suspira e fecha os olhos. Quando os abre, levanta a mão até o meu rosto e põe uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha. — Você é incrível, linda, inteligente, e a pessoa mais atenciosa que já conheci. E a pessoa que eu não quero ficar longe. Nunca mais.

Suas palavras me atingem em cheio, e me fazem abrir a boca em surpresa.

- O que...

- Namora comigo? — Ele me interrompe. Palavras me atingindo uma atrás da outra me faltando ar.

O encaro por tempo demais.

Adrian Parker, me pedindo em namoro.

Enquanto minhas pernas estão em sua cintura, e a água que não para de cair entre nós.

- Sim. — Não via outra palavra melhor para responder. Minha voz foi antes que minha cabeça processasse tudo.

Seu rosto se ilumina de uma forma que me deixa atônita, e uma alegria invade meu coração nesse momento.

- Sim. — Ele sopra a palavra que acabei de dizer e pousa uma mão no meu rosto. — Você quer ser a minha namorada? — Pergunta parecendo ainda não acreditar.

- Sim, Adrian Parker, eu quero ser sua namorada. — Abri um sorriso na sua direção, que parece refletir no seu rosto, pois ele abre um também, tão aberto quanto o meu.

- Meu Deus, eu nunca sorri tanto na minha vida. — Ele diz. Nesse momento, vejo de relance uma criança esperançosa, com um olhar doce nos olhos, olhar esse que nunca tinha visto em seu rosto no curto tempo em que nos conhecemos. — Você não sabe o que causa em mim, Chloe. — Ele alisa meu rosto com as pontas dos dedos, e me faz arrepiar.

- Nem você, Adrian.

Sabia que nenhum de nós tinha noção do que causava no outro, porque era algo tão forte que eu não tinha dimensão do que era tudo isso.

Ele fecha o chuveiro, e me sinto com frio no mesmo momento.

- Vem comigo? — Ele pergunta ainda me segurando.

- Pra onde?

- Minha casa. Eu preciso estar com você sendo a minha namorada agora, e é o que eu mais quero nesse momento. — Seu semblante sério faz meu coração bater mais rápido.

- Vou.

Dito isso, ele me desce do seu colo, e me beija suavemente. Assim que se afasta e começa a me direcionar para fora do chuveiro, sei que não vou conseguir esquecer esse dia nunca na minha vida.

 Assim que se afasta e começa a me direcionar para fora do chuveiro, sei que não vou conseguir esquecer esse dia nunca na minha vida

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