— Eu? — Bella olhou confusa de Prim para Edward e a ruiva balançou a cabeça.

Bella nem mesmo parecia saber como Edward era controlador e a julgar pelo seu modo, é provável que ela nem se importasse com isso e acreditaria ser uma prova de amor incondicional. O que era um completo absurdo, Prim vinha levando muitos anos desde a sua adolescência para tirar manias feias que Edward literalmente havia trazido do século passado, e esperava sinceramente que Bella não visse todas as ideias absurdas que ele tinha como algo normal e romântico. Isso jogaria todo o trabalho árduo de Prim no lixo.

— É, Bella. Você mesma. — Ela balançou a cabeça e Edward bufou. — Nos somos a força! — ela ergueu a mão dando um soquinho no ar e sorriu, afastando-se de volta para as últimas aulas. — Tio Jasper! Não se esqueça de me esperar para ir a casa do Raghe. Eu estou tão curiosa!

Seu tio arqueou a sobrancelha e sem esperar a resposta Prim partiu para o interior do colégio. Bella rapidamente sorriu sem graça, despedindo-se também e adentrando o prédio pelo mesmo caminho onde Prim havia partido.

— Você está incomodado?

Edward olhou-o intrigado. — Não. Porque eu estaria? — Ele voltou a olhar pelo lugar por onde Prim foi e ainda podia vê-la balançando os cabelos ruivos, parecia que a garota fazia o céu cinzento de Forks brilhar com toda a sua cor e vivacidade, mas era impressionante a habilidade que ela tinha de tira-lo da linha, o deixava impaciente, com raiva e a mente fora de si. 

Ela estava sempre batendo o pé e Edward era obrigado a se render às suas vontades, não importava o quanto fosse difícil para ele ir contra os seus conceitos do que ele aprendeu que um homem deveria ser. Primrose sempre colocava tudo abaixo e Edward se via cedendo as suas palavras, aprendendo que nada do que viveu em seus cem anos de idade era o suficiente para agradá-la.

Ainda assim, sorriu pensando na forma como Prim era forte e decidida. Ela o enlouquecia, mas o enchia de orgulho, tentaria mudar o que precisasse se o pagamento fosse vê-la contente. Nunca sabia o que esperar de Prim, porque nada com ela era fácil, havia sempre um 'mas' e sempre que Edward esperava um 'sim', Prim o recebia com um 'não' e vise-versa. Ela era uma surpresa.

— O vampiro. — Jasper sorriu enigmático e Edward arqueou a sobrancelha em dúvida. — Eu não me enganaria, irmão. Você está perdendo tempo.

— Eu não entendo do que está falando, Jasper. — Edward franziu o cenho e pensamentos observadores tomaram conta da mente de seu irmão, Edward viu alguns momentos dos quais se lembrava com perfeição, mas que nunca havia visto pelos olhos astutos de um empata. Viu a forma como ele olhava para Prim e parecia maravilhado, viu a forma como ele sorria sempre que ela sorria ou como ele parecia perturbado diante dos imprestáveis namorados que ela arrumada.

E viu algo perturbador: Ciúmes.

Edward nunca havia experimentado nada parecido, mesmo com Bella, no recente relacionamento, ele não se importava realmente com nenhum dos garotos que pareciam cercá-la. Com Prim, no entanto, Edward sentia o gosto amargo do sentimento, como na noite passada quando sentiu o instinto primitivo de ira tomá-lo ao vê-la nos braços do vampiro desconhecido. Tinha que admitir para si mesmo que uma pequena parcela daquilo foi proteção, outra maior, no entanto, foi o sentimento de posse. Edward não ponderou exatamente suas atitudes, quando viu, simplesmente estava puxando Primrose para longe do vampiro.

Mas nada disso, entretanto, queria dizer que se encontrava tendo sentimentos diferentes por Prim, viu muito na mente dos humanos sobre o amor de um homem para com uma mulher e Edward saberia se fosse o caso. Olhou para Jasper achando a ideia absurda e maluca, quase indecente. Ele criou Primrose. Como poderia ter algum tipo de sentimento de homem por ela?

Primrose ➶ Edward CullenOnde histórias criam vida. Descubra agora