Capítulo 5 - Quase namorados

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***

Ian

Quando paro o carro no estacionamento do pequeno restaurante vejo Sarah descer o vidro rapidamente pondo a cabeça para fora do veiculo dando uma olhada nos clientes que estão no local. Olhando para mim rapidamente antes de voltar a olhar o local. É um restaurante pequeno que deixa algumas de suas mesas do lado de fora para que os clientes observem ao seu redor enquanto comem.

— O que foi? Não gostou? — Pergunto mantendo o carro ligado.

— Não vejo uma passarela, ou um lugar para ela. — Diz apontando para o banco traseiro, onde sua cadeira de rodas foi esquecida durante todo nosso silencioso percurso.

— Pensei em te carregar, por isso não pensei na cadeira. — Confesso. — Mas se quiser...

— Tudo bem então, parece um lugar muito bom. — Diz tirando seu cinto. — Não deixe ninguém ver minha bunda. — Ri, enquanto passa as mãos pelas pernas, as massageando intensamente, como se fosse precisar delas em algum momento.

— Como se eu fosse. — Falo. Tiro meu cinto e rodeio o carro rapidamente. Abrindo a porta do carro. Sarah puxa suas pernas, ficando lateralmente e eu passo meus braços em seu ombro, dessa vez sem pedir permissão primeiro. — Segure firme.

— As pessoas gostam mesmo de te olhar. — Observo ao redor, e percebo que muitas pessoas já notaram que sou eu. Atentando a quantos já estão armados com seus celulares. — Tem certeza sobre isso? — Pergunta. Empurro a porta do carro, ouvindo o alarme soar. O aperto ao redor do meu pescoço aumenta exponencialmente.

— Se te incomoda podemos procurar outro lugar. — Ela ri, ajustando seu corpo sobre o meu, me permitindo tê-la mais perto de mim.

— Não vai ter um lugar onde as pessoas não conheçam seu rosto Ian, mesmo que fossemos bem longe, e aquele bolo do anuncio parece muito bom. — Fala. Como uma confirmação para que eu caminhe até o lugar. — Posso imaginar as manchetes amanhã. — Diz ela se perdendo em uma risada gostosa. É bom que ela não esteja preocupada com o que as pessoas falarão.

— Como o que? — Pergunto, querendo saber o que se passa na mente dela. Podendo talvez assim conseguir ter um pedaço dela para mim. — Também tenho algumas ideias.

— Vão escrever que você esta ajudando uma fã doente, passando um tempo com ela em seus últimos dias. — Fala. A ponho em uma cadeira a ajeitando no lugar. Como ela pode pensar nisso? — Sua vez.

— Um encontro romântico com minha namorada desconhecida. — O que digo é mais como o que quero que aconteça. E Sarah ri do que falei.

— Aposto cem que eu vou vencer. — Fala convicta. — Ninguém iria acreditar que você estaria namorando alguém como eu.

— Alguém como você? — Questiono um pouco irritado. Uma garçonete aparece, nos entregando os cardápios, esperando ao nosso lado. Além de estar ali para pegar nosso pedido posso ver nos olhos dela que também busca por um autografo, reconheço esse tipo de olhar quando o vejo.

— Uma lutadora em um momento de decadência. — Conta, voltando seu rosto para o cardápio, o olhando com afinco.

— Você parece muito bem para mim. — Digo, observando enquanto ela levanta o rosto, mostrando seus olhos violeta, que piscam algumas vezes.

— Poderia estar melhor com uma medalha em volta do pescoço. — Brinca, voltando a olhar o cardápio. — O que vai pedir? Tudo parece muito bom.

— Se tivesse uma medalha poderíamos namorar? — Ouço a tosse imparável da garçonete ao nosso lado, enquanto Sarah baixa o cardápio mostrando seu rosto lentamente. Ela vai ficar assustada com o que disse? Deveria ter ficado calado? — Posso esperar que você a ganhe. Então, — Tento continuar com a conversa normalmente. — a massa daqui é muito boa. — Falo sentindo como os olhos de Sarah se agarram aos meus.

Nada é por acaso - Strong Woman Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora