Lucas estava dentro do ônibus voltando para casa, com os olhos marejados, tudo aquilo que acabara de vivenciar o corroía por dentro e seus sentimentos estavam acabados, estraçalhados, foi destruído por completo, parecia que o tinham espancado, fora humilhado, arrependeu-se amargamente. Já próximo de onde tinha que descer, ele ainda estava sentado, mais ao final do ônibus, no assento do meio, tendo a visão da frente do ônibus, e lá, quando a condução havia parado para que algum passageiro desembarca-se, outros dois entraram, e para sua sorte ou não, um dos rapazes era Gustavo. Ver aquela figura foi como se recebe-se um sopro de alegria do acaso. Atento a seu conhecido, nota que o mesmo está alterado, dá risadas eufóricas e têm muito contato com o outro rapaz, fica então a espera que Gustavo o visse ali e viesse falar com ele. Suas expectativas foram dizimadas quando mais uns bancos a frente Gustavo senta com o menino e após mais algumas palavras trocadas, beija-o, com vontade, aquilo foi mais chocante do que deveria ser, claro, Lucas achara que Gustavo estava única e exclusivamente interessado nele, pobre menino. Fica extasiado com a cena patética, e quase perde a parada. Quando se dirige a porta, Gustavo olha em sua direção e vislumbra uma figura conhecida já descendo as escadas, corre para a janela, e cruza com os olhos de Lucas, decepcionado.
Quando ia chegando próximo a frente de casa, sua mãe já estava aguardando impaciente por ele, ela o encara e quebra o silencio:
- Meu filho, como você sai daquela maneira, deixou sua mãe preocupada, agora suba e vá se deitar, já está tarde.
Lucas está feliz por aquela conversa não perdurar por muito mais tempo, estava arrasado, e só queria dormir, para ele tudo estava resolvido, para ele, pois sua mãe no dia seguinte, tiraria toda aquela história a limpo.
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10:00 AM.
- Apague está foto Louise. E quanto a está brincadeira dos senhores, bem, terei que relatar tudo ao diretor, e teremos que por ventura, demitir todos aqui nesta sala, a não ser...
Bruno olhava com um sorriso no rosto, enigmático, mas assustador.
- Vocês devem extinguir está história, fingir que nada aconteceu, absolutamente tudo, e quem sabe, bem, eu poderia gentilmente esquecer de tudo também. Ao contrario disso, terei que delatar o nome de cada um, e garantir que não consigam nem mesmo se formar. Fiz-me entender?
Todos estavam atônitos, e de olhos arregalados concordaram com um aceno de cabeça.
*BIP*
- Bom, se me dão licença, preciso ir ver meu paciente, ele precisa de mim.
E sai da sala glorioso e feliz com seu ego inflado.
- Eu avisei que isso sairia de controle Louise, agora dei-me meu dinheiro de volta.
- Vá sonhando meu querido, ou quer que sejamos todos demitidos? vamos esquecer desta história, e vamos fazer mais uma aposta? Quem aqui acredita no romance do doutorzinho com o boy magia? Ouvi 50?
Todos vão saindo a deixando sozinha e frustrada por ninguém ter o mesmo senso de humor que ela.
Já no quarto de Leandro:
- Bom dia meu paciente predileto, como está se sentindo está manhã?
- Bom dia doutor, estou muito bem, a propósito, o medicamento que me deu é sem duvidas algo glorioso, me sinto muito revigorado, a tal ponto que posso quebrar sua cara aqui mesmo.
Leandro levantou tão rápido quanto Bruno tentando sair pela porta, mas o seu paciente, já havia interditado a saída.
- Leandro, acho que deva estar paranoico, acalme-se, podemos conversar civilizadamente.
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Aquele Garoto - Livro I
RomanceLeandro, jovem de classe alpha do Rio, integrante de uma das famílias mais ricas do Brasil, com uma seleta roda de amigos, bonito, atraente, jamais desejou, mas sim sempre desejado, até que lucas.....