Capítulo 15

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Lucas estava dentro do ônibus voltando para casa, com os olhos marejados, tudo aquilo que acabara de vivenciar o corroía por dentro e seus sentimentos estavam acabados, estraçalhados, foi destruído por completo, parecia que o tinham espancado, fora humilhado, arrependeu-se amargamente. Já próximo de onde tinha que descer, ele ainda estava sentado, mais ao final do ônibus, no assento do meio, tendo a visão da frente do ônibus, e lá, quando a condução havia parado para que algum passageiro desembarca-se, outros dois entraram, e para sua sorte ou não, um dos rapazes era Gustavo. Ver aquela figura foi como se recebe-se um sopro de alegria do acaso. Atento a seu conhecido, nota que o mesmo está alterado, dá risadas eufóricas e têm muito contato com o outro rapaz, fica então a espera que Gustavo o visse ali e viesse falar com ele. Suas expectativas foram dizimadas quando mais uns bancos a frente Gustavo senta com o menino e após mais algumas palavras trocadas, beija-o, com vontade, aquilo foi mais chocante do que deveria ser, claro, Lucas achara que Gustavo estava única e exclusivamente interessado nele, pobre menino. Fica extasiado com a cena patética, e quase perde a parada. Quando se dirige a porta, Gustavo olha em sua direção e vislumbra uma figura conhecida já descendo as escadas, corre para a janela, e cruza com os olhos de Lucas, decepcionado.

Quando ia chegando próximo a frente de casa, sua mãe já estava aguardando impaciente por ele, ela o encara e quebra o silencio:

- Meu filho, como você sai daquela maneira, deixou sua mãe preocupada, agora suba e vá se deitar, já está tarde.

Lucas está feliz por aquela conversa não perdurar por muito mais tempo, estava arrasado, e só queria dormir, para ele tudo estava resolvido, para ele, pois sua mãe no dia seguinte, tiraria toda aquela história a limpo.

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10:00 AM.

- Apague está foto Louise. E quanto a está brincadeira dos senhores, bem, terei que relatar tudo ao diretor, e teremos que por ventura, demitir todos aqui nesta sala, a não ser...

Bruno olhava com um sorriso no rosto, enigmático, mas assustador.

- Vocês devem extinguir está história, fingir que nada aconteceu, absolutamente tudo, e quem sabe, bem, eu poderia gentilmente esquecer de tudo também. Ao contrario disso, terei que delatar o nome de cada um, e garantir que não consigam nem mesmo se formar. Fiz-me entender?

Todos estavam atônitos, e de olhos arregalados concordaram com um aceno de cabeça.

*BIP*

- Bom, se me dão licença, preciso ir ver meu paciente, ele precisa de mim.

E sai da sala glorioso e feliz com seu ego inflado.

- Eu avisei que isso sairia de controle Louise, agora dei-me meu dinheiro de volta.

- Vá sonhando meu querido, ou quer que sejamos todos demitidos? vamos esquecer desta história, e vamos fazer mais uma aposta? Quem aqui acredita no romance do doutorzinho com o boy magia? Ouvi 50?

Todos vão saindo a deixando sozinha e frustrada por ninguém ter o mesmo senso de humor que ela.

Já no quarto de Leandro:

- Bom dia meu paciente predileto, como está se sentindo está manhã?

- Bom dia doutor, estou muito bem, a propósito, o medicamento que me deu é sem duvidas algo glorioso, me sinto muito revigorado, a tal ponto que posso quebrar sua cara aqui mesmo.

Leandro levantou tão rápido quanto Bruno tentando sair pela porta, mas o seu paciente, já havia interditado a saída.

- Leandro, acho que deva estar paranoico, acalme-se, podemos conversar civilizadamente.

Aquele Garoto - Livro IWhere stories live. Discover now