Aquele Garoto - Livro I

Capítulo 9

Lucas estava acordado, já tinha escovado seus dentes, tomado banho, enfim, sua rotina normal de todos os dias normais. Sua mãe está pondo a mesa, pão, margarina, geleia e café, também tem queijo e presunto, Lucas detesta presunto.
Os dois se sentam e começam a conversar amenidades, aleatoriamente trocando de assunto, hora colégio hora sua irmã. Estão concentrados a cinco minutos na conversa, quando ouvem uma buzina vindo lá de fora da casa, obviamente, mas aquela buzina é familiar a Lucas, até que em seus raciocínios, ele assimila a figura ao livro, era Leandro.
- Mãe, espera aí, vou lá ver quem é este arruaceiro que está buzinando lá fora.
Lucas está na frente da porta já do lado de fora, e avista um carro parado em frente ao portão de sua casa, é o mesmo carro da noite passada.
- Você está ficando louco vindo aqui a estas horas importunar a vizinhança?

Já diz Lucas tentando ao máximo ser discreto o suficiente para que os vizinhos fofoqueiros não ouvissem a sua conversa.
- A donzela já acordou brava assim? Se soubesse tinha trago flores.
Finalizou ele com um sorriso enigmático.
- Diga logo, o que traz vossa senhoria novamente até este fim de mundo? Não Me Diga. Veio me ver?
Lucas da uma risada provocadora e sarcástica, mas contida.
- Acertou meu bem, e vim fazer melhor, vou te levar para o colégio.
Lucas estava olhando para Leandro atônito, estava descrente que ele realmente viera até ali para velo, tinha jogado um verde sem se preocupar, mas para sua devastação total, colheu maduro.
- Você ficou maluco foi? Vá embora agora, não pedi serviço de motorista, e se me der licença preciso terminar de me arrumar.
Leandro.
- Vai lá, estou te esperando BB, não demora viu, sinto saudades.
Lucas.
- Cara, vai embora sério, estou pedindo com gentileza; ou prefere que eu toque um balde de água fria em você?
Falou ele num tom de ameaça pouco convicto de si.
Leandro da um sorriso e completa.
- Esse balde de água viria muito bem agora, acabei de sair da academia, e estou morrendo de calor.
Fala ele erguendo sua regata e olhando seu abdômen trincado e suado para Lucas com aquela cara de safado.
Lucas engole a seco aquela cena, e Leandro da um sorriso ao perceber que conseguiu o que queria.
- Cara, estou pouco me importando, quer ficar aí o dia todo, fique, só não garanto que minha mãe vá deixar.
Ele entra para dentro de casa e Leandro entra dentro do carro saindo em seguida.
Lucas está dentro de casa observando a saída de Leandro, suspira aliviado por ele ter ido embora antes que mais confusão viesse.
- Quem era lá fora Lucas? você parece preocupado meu filho.
Lucas.
- Não era ninguém mãe, aparentemente os vizinhos da frente eram a causa das buzinadas.
- Esse povo não tem mais educação, ficar a uma hora dessas buzinando e chateando a vizinhança inteira, onde vamos parar?!
Lucas apenas concorda com sua mãe e continua a comer.
Quinze minutos depois, ele já está pronto, sua mãe está estendendo roupas no varal, e manda um beijo para seu filho que está saindo pelo portão.
Ele averigua os dois lados da rua, confirma que o carro de Leandro não está parado mais a frente nem mais atrás e parte para o ponto de ônibus. Alguns instantes se passam e ele tem a nítida impressão de estar sendo seguido, ele olha para trás e vê o carro de Leandro a pouco mais de 20 metros, ele para é volta até o carro.
- Escute aqui, não disse que era para você ter ido embora naquela hora? me deixa em paz cara, eu falei ontem para você que quero um tempo para pensar, respeita por favor.
Aquilo havia saído sem propósito, ele se arrepende mas já está tarde de mais.
- Então você realmente me escutou ontem, isso já é uma boa evolução para nos, mas princesa, não vim para te exigir uma resposta, vim, por que eu quero te ver, estou com saudades, então deixa de drama e entra no carro BB, vai por favor.
Aquilo saiu tão bonito de Leandro que Lucas pensou um pouco e entrou no carro, fazendo seu praticamente namorado sorrir lindamente.
O silêncio é dominante durante o trajeto, vez ou outra Leandro puxava assunto, mas Lucas respondia apenas o necessário, estava cauteloso, receoso, com medo e vergonha.
- Pode me deixar aqui mesmo, eu vou andando daqui, é bem perto.
Leandro.
- Calma Lucas, parece que não gosta da minha companhia, eu disse que vou te levar até o colégio, e é isso que vou fazer.
Ele fica incomodado com aquilo mas nada fala, apenas revira o olho.
- agora sim, chegamos, apressado.
Lucas já está abrindo quase que correndo a porta do carro, mas ela está trancada.
- Abre por favor.
Leandro o encara, põe a mão na coxa de Lucas.
- Só sai, se me der um beijo e um Abraço.
Lucas.
- Ficou maluco? eu não vou te abraçar e muito menos beija-lo, abre por favor.
Leandro apenas se vira de frente para o volante.
- Tenho todo o tempo do mundo.
Lucas.
- Você sim, eu não.
Leandro está irredutível, mesmo vendo que Lucas está para arrebentar a porta de tanto puxar a maçaneta.
- Tudo bem seu idiota, mas fique sabendo, eu não vou te beijar, apenas o Abraço e eu saio, okay?
Leandro sorri sem o olhar e o abraça sem Lucas reagir, pelo contrário, ele sente o cheiro de homem, parece entregue aos braços de Leandro, que para completar seus planos, afunda seu nariz no pescoço de Lucas que se arrepia ao sentir aquela sensação majestosa, soltando um leve gemido mal contido.
- Agora me solte por favor. Obrigado. Veja, você me deixou todo sujo de suor.
- Marrento, eu sei que tu gosta, não precisa se fazer, agora vaia para a aula, te espero ao meio dia para almoçar comigo, e não está em meus planos receber um não como resposta.
Lucas se virou com um sorriso cordial.
- Okay, estarei lhe esperando aqui mesmo.
Foi tão fácil que Leandro desconfiou, mas nada falou, apenas deu de ombros e partiu, deixando Lucas lá.
Foi para casa, tomou banho, se trocou, e foi trabalhar, quem iria buscar seu pai no hospital seria sua mãe, então ele deixou o carro do pai e foi com seu carro.

Lucas está na primeira aula, prestando atenção na explicação que o professor de história está dando para a prova, mas de vez em quando se sente observado e vigiado, Gustavo já havia chegado, e ele não para de olhar para o menino Lucas.
- Está com algum problema garoto? Não estou intendendo do por que me olhar tanto.
Gustavo já está ruborizado com a cena, e de cabeça baixa volta sua atenção para o professor.
Lucas fica sem resposta e decide ignorar o acontecido, e pouco se preocupou em ver quem tinha ouvido ele falar aquilo.
Se passou a primeira a segunda e a terceira aula por fim antes do intervalo, e novamente Gustavo o encarava, aquilo está por chatear Lucas.
- Lucas, posso conversar com você?
Lucas.
- Já estamos conversando, não acha?
Gustavo revira os olhos e vê se não a ninguém na sala junto dos dois, já tinham ido todos para o intervalo, e ele faz o inesperado para Lucas, O beija.
Um tapa ecoa na sala, o rosto de Gustavo está ardendo no momento, também, com o tapa que Lucas havia lhe dado.
- Me desculpe Gustavo, foi reflexo.....você viu o que fez, seu idiota, babaca, suma da minha frente.
Gustavo apenas baixou a cabeça e saiu da sala.
Lucas passou o restante da aula distante, de vez em quando olhava para Gustavo, mas pouco o encarava.

A essas horas Leandro já está em uma das últimas reuniões com acionistas e logo mais vai buscar Lucas para almoçar junto com ele, não vê a hora de encontrar seu garoto.
Ele então deixa tudo resolvido e parte em direção ao colégio de Lucas, era um longo caminho, mas valeria a pena.

Lucas está saindo, e é puxado pelo braço para dentro de uma sala vazia, ainda dentro do pátio do colégio, era Gustavo.
- Você só pode ter perdido a noção do peri...
Ele não consegue continuar a falar nada, Gustavo novamente o beijou, só que desta vez Lucas se entregou aos braços daquele gostoso e deixou a mão boba do mesmo percorrer suas costas até sua bunda, neste momento ele se afasta e o olha no olhos, dois segundos e.. o beija novamente, surpreendendo até mesmo Gustavo, aquela situação dura algo em torno de 30 minutos, todos já tinham saído do colégio, apenas os dois caminhavam pelo corredor, não falavam nada, silêncio total, muito constrangedor, quando Lucas sai, vê o carro de Leandro parado e o mesmo parece impaciente de esperar.
- Quem é o seu amigo Lucas? estavam brigando apara estarem desgrenhados desta maneira?
quer saber, briguem mais um pouco, eu estou saindo fora.
Gustavo junta a com b apenas por observa a cara de tristeza que Lucas estava fazendo, Leandro estava indo embora.

Gente linda da minha vida, ainda está semana tem capítulo de continuação, fiquem ligados, dêem seus palpites do que vai acontecer.
bjos amo vocês.
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