CAPÍTULO TRINTA E NOVE

Beginne am Anfang
                                    

Não tive tempo de terminar de ler, pois ouvi minha mãe gritar para que eu me apressasse. Saio do quarto pronta para me desculpar com Enrique pelo atraso.

Ouço passos e Enrique aparece no final do corrimão. Ele estava impecável usando um smoking preto sob medida. Congelo o sorriso em meus lábios e respiro fundo para me manter calma, enquanto desço um degrau de cada vez. Porém, minhas pernas queriam se recusar a me levar até Enrique.

E o motivo era óbvio demais. A pessoa que está na minha frente não é Harry.

Enrique estica a mão e pega a minha quando me aproximo. Me surpreendo quando ele beija os nós dos meus dedos, e eu não sinto nada. Era quase como se seus lábios não estivessem em contato com a minha pele, a pressão quase imperceptível.

Sinto o brilho de um flash em meu rosto. Eu arrastei meus olhos para longe de Enrique e olhei para a minha mãe. Tento ignorar o modo estranho como ela segura a câmera fotográfica e sorrir para nós dois, e tento me concentrar em descer o último degrau sem tropeçar nos meus próprios pés e me estabacar no chão na frente de Enrique.

— Você está linda, Bella — disse Enrique sorrindo.

— Obrigada — digo.

Mantenho o sorriso congelado em meu rosto enquanto me despeço dos meus pais.

— Divirta-se — diz mamãe. Seus olhos brilham e ficam radiantes.

— Esse é nosso único objetivo essa noite, Sra.Y. — Enrique respondeu.
Eu pude ver que Enrique segurou um sorriso malicioso quando passei por ele (mas acho que só eu percebi). Dei um beijo na bochecha da minha mãe, abracei meu pai e escapuli pela porta da frente, escondendo meu constrangimento.

Enrique e eu chegamos aos degraus da varanda.

Congelo, percebendo só agora o quanto Stratford parecia vazia sem Harry. Nossa última conversa foi breve e estranha, eu tinha tantas coisas para contar, planejei por horas o que devia falar para Harry, mas nada saiu. Isso só me fez ter mais certeza de que se você passa tempo demais planejando algo, nem sempre dá certo. As palavras simplesmente sumiram da minha boca. Eu vi tudo escapar como fumaça pelos meus dedos no momento em que Harry entrou naquele carro. E lamento em ter que dizer para mim mesma, que não à nada que eu possa fazer para mudar isso.

— Vamos! — disse Enrique arrancando-me de meus pensamentos.

Fixo meus olhos nele e troco o pé de apoio, desconfortável.

— Sim — respondo.

Sorrindo, Enrique fez um pequeno gesto com a cabeça e eu o sigo até o SUV estacionado na minha calçada.

Ele gentilmente abre a porta do carona para mim, e a fecha quando estou acomodada dentro do carro. Eu afivelo o cinto enquanto Enrique da a volta pela frente do carro e entra.

Vou ficar sozinha dentro de um carro com Enrique e minhas mãos começaram a ficar molhadas de suor. Passo minhas mãos discretamente na lateral do meu vestido alugado, fingindo desamassar a saia.

O silêncio cai sobre nós. Enrique parece analisar cada gesto meu, e eu luto contra a minha vontade de destravar a porta e sair correndo. Ele ligou o carro. Mordo o lábio e me pergunto se eu seria capaz de confrontar Enrique e arrancar respostas sobre o motivo dele ter inventado o P.E.

— Enrique — eu chamei com a voz baixa.

— Hmm.

— Olha, Enrique. — Eu sorri um pouco e falei, sem encontrar seus olhos: — Eu queria agradecer pelos bilhetes que você deixou na minha casa.

Perseguindo Estrelas Wo Geschichten leben. Entdecke jetzt