The Chronicle of the Three

De volta a New York

Lauren Stwart

-Senhores passageiros! Iremos pousar em aproximadamente 30 minutos, por favor, desliguem os aparelhos eletrônicos e se acomodem em suas poltronas- Anunciava o piloto.

Olhando Nova York de cima estava iluminada como sempre, já eram 00:30 e o tempo estava parcialmente nublado, toda aquela poluição visual me causou uma pequena nostalgia, mas esse lugar não me trás boas recordações.

-Se anime garoto, N.Y é um lugar com belas mulheres, assim que arranjar uma namorada vai se animar logo- Disse meu avô se virando para mim com aquele sorriso desdentado.

-Ah vô, não começa, não preciso ouvir esse tipo de coisa do senhor- eu disse revirando os olhos .

-Que isso rapaz! O seu velho aqui sabe como conquistar as damas-

-Sei sei, vovó me falou como o senhor a conquistou, foi com uma flor não é? Tinha uma abelha dentro que a picou e como vovó é alérgica à abelha ficou toda inchada por 3 dias- Digo olhando com sarcasmo para o meu avô e com um sorriso discreto .

-E há quanto tempo estamos juntos mesmos ?- Meu avô me olha relutante

-Bom, isso é, tirando o fato de que os pais da vovó queriam o seu pescoço por um bom tempo, já faz 52 anos que vocês estão casados e isso não é pra mim, não mesmo!-

-Diz isso agora, quando encontrar uma pessoa que se indentifique com você, que esteja contigo nos momentos bons e ruins, que cuide de você e ...-

-Iiiiii vô- interrompo - Pelo amor de deus, não comece com os seus discursos de Romeu do século XXI não, se ajeite que já iremos pousar- Termino.

Já me preparo para aquele súbito frio na barriga quando o piloto anuncia

-Por favor senhores passageiros, mantenham-se na posição, estamos com problemas no trêm de pouso e iremos arremeter, o que significa que teremos que levantar vôo novamente, peço desculpas pelo transtorno, sigam as instruções de segurança e mantenham a calma-

Olho em volta e vejo as pessoas com a cabeça abaixada sobre os joelhos, algumas rezando e outras começando a ficar nervosas, olho pela janela e percebo que o avião está muito baixo e se aproxima cada vez mais do fim da pista, acredito que não dará tempo de subir e já estou começando a pensar no pior.

-LAUREN ! PELO AMOR DOS ESPÍRITOS, FAÇA ALGUMA COISA- Grita o meu avô em pânico do meu lado.

-Mas foi o senhor que mandou eu não invocar perto das pessoas- Digo

-QUE SE DANE AS PESSOAS, EU VOU MORRER, FAÇA ALGUMA COISA- Meu avô berra comigo

-Sabe, acho que não me importaria mui...-

-OLHA AQUI GAROTO! EU ACHO MELHOR VOCÊ COLOCAR ESSE AVIÃO PRA VOAR OU EU TE MATO ANTES MESMO DE MORRER- Meu avô me interrompe gritando e me sacudindo pela gola da minha blusa

-Vou ver o que posso fazer, fique calmo- Respondo tentando acalma-lo, meu avô aparenta ser durão mas na verdade morre de medo de muitas coisas, e voar de avião é uma delas, mas falando sério, também não estou afim de morrer e não sei o que posso fazer, não tenho poder suficiente para levantar um avião.

Me levanto e vejo que a garota que ficou me encarando já percebeu que as coisas não andam bem, uma senhora que está ao seu lado parecia atenta também. Fico no centro do corredor com bastante dificuldade pois a gravidade me puxa para trás, olho ao redor e vejo que a maioria das pessoas estão de cabeça baixa, exceto por uma ou outra, e a garota não para de me encarar, mas dessa vez não posso evitar de usar meus poderes, sem excitação eu estico meus braços para o lado e invoco a palavra "Kaze", tento me concentrar o máximo possível e ignorar as distrações ao meu redor, não posso me importar caso alguém esteja me vendo, precisava agir ou a vida de mais de 200 pessoas seria ceifada, sem falar que vovó não suportaria perder a mim e ao vovô e prometi que cuidaria dele, como de costume, dois círculos cinzas de tamanhos mediano (um pouco maior que uma roda de carro) pairam sobre a palma da minha mão, sinto um solovanco e me desiquilíbro, meu óculos cai mas estou ocupado demais para pega-lo novamente, tento me concentrar no ar para que o mesmo levante o avião e diminua a sua velocidade mas não acredito que vou obter muito sucesso, olho pela janela para ver se estou conseguindo obter algum resultado mas parece que todos os meus esforços não estão surtindo efeito, é muito díficil tentar manter o equilíbrio para não cair, manipular o ar, ignorar os gritos ao redor...