♧ 15 ♧

763 65 10
                                    

Segurem os forninhos que aqui pegando fogo... Boa leitura meninas e obrigada a rodas que estão aqui comigo.

Naquela tarde Cristina foi chamada pelos advogados e ao chegar se sentou com as mãos frias, ela sabia que era o resultado da autópsia de sua mãe e dali selaria todo seu futuro e o futuro de seu pai. Cristina conversou muito com os advogados e eles entregaram para ela depois de quase meia o papel com o laudo, ela leu linha por linha e no meio já chorava.

- Minha mãe foi envenenada!? - amassou o papel entre os dedos sentindo o mundo fugir de seus pés, mas na cabeça só vinham pensamentos de vingança...

Não podia acreditar que a mãe tinha sido envenenada dentro da própria casa e que seu pai tinha sido o assassino, não estava pensando se ele poderia não ser culpado, apenas estava sentindo e queria que ele pagasse, ficou de pé limpando as lágrimas que já estavam inundando seu rosto e o advogado a segurou para que ela não fosse embora.

- Me solte!!!! - queria ir gritar na cara do pai todo seu ódio.

- Você precisa se acalmar ou vai estragar tudo!!! - a olhava nos olhos. - Sente-se.

Cristina a muito contra gosto sentou e o olhou o coração estava aos saltos e ela só queria vingança.

- Sua mãe foi submetida a um veneno que foi colocado em tudo que ela comia, ela foi envenenada aos pouco.

- Foi ele... - falou chorando muito.

- Cristina, você acha mesmo que seu pai iria matar a sua mãe?

Cristina passou as mãos no cabelo e chorou mais ainda e ele com todo o respeito do mundo por ela a abraçou a confortando sabiam que o momento era difícil e eles precisavam pensar no que iria fazer.

- Vamos abrir uma denúncia e deixar que a polícia tome conta desse caso.

Ela se soltou dele e ficou de pé.

- A polícia nesse ligar não vai prender um homem como meu pai!!! - secou as lágrimas. - Mas abra a denúncia e vamos ver o que vai acontecer. - e sem mais se foi da sala dele.

Frederico ficou de pé no mesmo momento que a viu sair da sala e ela se agarrou a ele, não chorou apenas ficou ali deitada em seu peito sentindo o conforto de ter alguém para contar, ele nada falou apenas beijou seus cabelos e ficou junto a mulher que tinha movido todos seus sentimentos e estava fazendo um homem melhor. Frederico nunca mais seria o mesmo depois de Cristina.

- Vamos pra casa? - falou depois de um longo tempo e ela se soltou dele o olhando nos olhos.

- Eu quero vê-lo... - falou com os olhos pegando fogo.

- O que aconteceu aí dentro? - perguntou querendo entender o olhar dela.

- Mataram a minha mãe... - foi o suficiente para que os olhos transbordassem em lágrimas. - Ele matou minha mãe...

Frederico a puxou novamente para seus braços e a prendeu todo carinhoso deixando que ela se apoiasse nele naquele momento que era tão difícil para ela. Cristina estava com sede de vingança e ele sabia ou pelo menos entendia que aquele não era o melhor caminho para ela, ela era boa e não queria que seu destino fosse algo ruim.

Caminhos ruins era para homens como ele que não tinha nada a perder na vida e que era sozinho, ela não. Cristina tinha tudo pela frente e enfrentar o pai como ele sabia que ela queria seria demais e as consequências seriam devastadora, mas ele não iria conseguir impedi-la e estaria ali apenas para apoiar quando tudo desce errado ou certo dependendo de como as coisas acontecessem no desfecho daquele problema todo.

Cristina chorou por alguns minutos, mas logo o puxou para que eles fossem até o algoz que tinha tirado a vida de sua mãe, ela não pensava que ele poderia ser inocente, ela apenas queria vingança... já não era mais justiça e sim a vingança pela morte de sua mãe e ela não queria nem saber se era seu pai o culpado ou não, ou melhor, ele seria para sempre o único culpado mesmo não sendo.

Frederico a levou até a Fazenda Álvarez e o silêncio foi mútuo no carro por longos trinta minutos que ele demorou a chegar lá, ela ficou todo o tempo em silêncio apenas pensando o que fazer quando estivesse cara a cara com seu pai, ele tinha medo por ela, mas não sabia nem como mudar os planos de sua cabeça já que ela nada falava e apenas seguiu o caminho em completo silêncio.

Quando chegaram a porta da Fazenda, ela desceu rapidamente quase que com o carro em movimento e ele o parou rápido descendo atrás dela que pulou os cinco degraus da entrada pulando basicamente para dentro de casa. Cristina queria gritar na cara dele todo seu ódio e sua indignação pela morte da mãe, mas o que encontrou foi tão apavorante que ela parou congelada diante da imagem do pai e o corpo de Débora no chão envolta a uma poça de sangue...







EU NÃO SEI AMAR - AMFWhere stories live. Discover now