Tentei não me encolher toda quando o Jason ligou o som a todo o volume. Era tão barulhento e violento que odiei o fato dele se identificar com esse gênero de música. Ele abaixou o volume encolhendo os ombros.

- Essa é boa. - ele disse.

Bufei e me encostei no banco. A gente nunca ia se entender em termos musicais, assim como eu nunca ia convidá-lo para dançar quadrilha comigo. Além do mais, se algum dia o Jason tentar me arrastar para uma roda-punk, mato ele. Que bom que a gente tem muitas outras coisas em comum.

A Diana estava resmungando alguma coisa lá atrás e tinha se virado de barriga para baixo, com a cara esmagada no banco. Me assustei um pouco quando o Jason pôs a mão na minha coxa, bem onde a bainha da minha saia tinha subido.

- Você parecia estressada quando voltou para mesa. Está tudo bem? - estava tudo na ponta da minha língua. O Noah, o Ricky e toda aquela confusão. Mas, em vez de falar, pus minha mão na dele e puxei mais para cima. Incrível como eu perdia toda a minha timidez com o Jason, ele sempre me deixa à vontade com ele.

- O banheiro estava sujo, e fiquei surpresa em te ver. Você anda tão ocupado esses últimos dias. Achei que você ainda devia estar no studio ensaiando com os meninos.

Ele ficou passando o dedão na minha pele macia e subiu um pouco mais. Até que eu tive que me lembrar de respirar e que a gente não estava sozinho.

- É, estou resolvendo umas paradas aí. - eu estava bêbada, mas não tão bêbada a ponto de não me dar conta de que ele me dava uma resposta vaga de propósito.

  - Resolvendo que paradas? - perguntei. Ele soltou um suspiro e, em vez de ficar me alisando, começou a me apertar. Tremi um pouco e me mexi no banco, e isso tornou ainda mais fácil o acesso dele à minha carne, que estava ficando cada vez mais molhada e excitada.

- Você quer mesmo falar disso agora? - pisquei para ele e espremi os olhos, irritada.

- Bom, eu já estava pensando se você ia me falar alguma coisa ou só me pedir para te levar ao aeroporto qualquer dia destes. - Ele pôs o dedão no elástico da minha calcinha e, por um segundo, esqueci que estava puta com ele, porque vi estrelas.

- Vou ficar fora uns meses, fazendo uma turnê. - fiquei sem ar quando senti ele tirando a renda da frente. Queria olhar para trás, para ter certeza de que a Diana ainda estava apagada, mas tive medo de me mexer, com medo de ela perceber aquela sacanagem que ele estava fazendo comigo.

- E por que tanto segredo? - O Jason suspirou de novo e quase dei um soco nele, porque tirou os dedos de mim. Quando me dei conta, estávamos parados na frente da casa da avó de Sofia e da Diana. Eu me virei para ajudar a tirar a Diana do carro quando ela empurrou a parte de trás do banco e passou por cima de mim.

- Preciso mijar agora mesmo! - ela gritou e saiu correndo para a casa como se há um segundo atrás não estivesse desmaiada.

Demos risada e o Jason seguiu para seu apartamento. Desligou o carro e o som desligou junto, ia sair do carro mas o Jason passou o braço na minha frente e fechou a porta, fazendo ficar só eu e ele naquele silêncio.

- Vou para Europa. Vou ser o vocalista na banda do Kenny, isso é bem importante para mim. Nunca fiquei tanto tempo fora nem fui tão longe, porque sempre fiquei preocupado com o que poderia rolar com a minha tia. Mas agora eu tenho outras razões para ficar dividido.

- Você está com medo que o seu tio bata nela de novo?

- Ah, tenha dó, Megan. Você sabe que não é disso que eu estou falando. - naquele silêncio, os olhos do Jason ficaram ainda mais escuros, e ele continuou - Todos os dias, fico esperando que você vai dizer que foi tudo muito bom, mas que tem coisa melhor para fazer. Não quero nem te falar o que passa pela minha cabeça quando penso em te contar que vou passar dois meses na estrada.

O Homem da Boate. Donde viven las historias. Descúbrelo ahora