Cp. 28

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Assim que consigo sair do studio de gravação sinto as batidas do meu coração voltar ao normal. O nervosismo diminui e eu pude finalmente respirar devagar.

"Venha até a boate assim que puder".

Até essa mensagem de Jason chegar no meu celular e fazer meu coração calmo voltar a bater desesperado. Não entendo o que acontece com meu corpo a cada mensagem dele, a cada olhar ou simplesmente em ouvir sua voz grave e encorpada.

O que será que ele quer? Em plena segunda-feira às 17:00h? A boate nem se quer abriu, decido isso depois. Agora eu preciso tomar um banho e tirar essa roupa que está começando a me pinicar. Sigo para o camarim e Jessica me ajuda a tirar aquele maiô. Depois de tomar o banho me olho no espelho e sorrio ao ver minhas sardas aparentes novamente. Seco meus cabelos e aos poucos eles voltam a cor laranja de sempre.

Sigo em direção a saída encontrando James logo na entrada encostado em seu carro laranja cintilante com suas tatuagens amostras novamente e seus cabelos bem penteados como de costume, o mesmo James que conheci, charmoso, gentil e educado.

Meus cabelos semi-umidos ajudam amenizar o calor que está fazendo hoje, nem parece que choveu a noite toda. Me aproximo de James que desvia a atenção no celular para mim.

- Oi. - falo acenando com a cabeça.

- Se acalmou? - fico surpresa com sua pergunta, será que foi tão evidente o meu nervosismo? - Você pareceu bastante nervosa quando acabamos de gravar. - completou.

- Sim, estou bem melhor agora. - respondo com calma sentindo o vento soprar em meu rosto.

- Você se saiu muito hoje Megan, até eu fiquei surpresa com a sua atuação. - falou me fazendo sorrir, mal sabem que eu não estava atuando e sim usando meus sentimentos ao meu favor - e o beijo... Foi... impressionante. - sinto que corei com o comentário.

- Obrigada, você também se saiu muito bem. - James retribui o elogio com seu sorriso galanteador.

- Você quer tomar alguma coisa? - pergunta - Estava pensando em ir numa cafeteria.

- Ah, não! Tudo bem, tenho outro lugar para ir. - digo trocando o peso da perna.

- Posso pelo menos te dar uma carona? - pergunta pegando a chave em seu bolso e a erguendo no ar - Ou também irá recusar? - rio e concordo com a carona.

Falei o local para onde eu iria, o mesmo que me deixou a última vez, ele sabia que era a boate de seu irmão mas não fez nenhum interrogatório ou questionamento sobre, o que eu agradeço. E ele também não faz o tipo curioso, somente concordou e deu partida no carro ligando o ar condicionado para amenizar o dia quente.

- Vocês estão juntos? - sua pergunta me faz desviar o olhar da paisagem para ele que me olhou rapidamente.

- Quem? Eu e Jason? - ele concorda com a cabeça me fazendo repousar meu rosto em minha mão escorada na janela - Não, somos apenas amigos. - confirmo.

- Amigos? - pergunta com surpresa - Meu irmão não faz o tipo de ter amigas. - continuou concentrado na estrada - Pelo visto ele mudou muito mesmo desde a última vez que conversamos.

- E quando foi a última vez que se falaram? - pergunto curiosa, será tanto tempo assim?

- Alguns anos. - o olho com dúvida ainda, ele percebe e ri - Uns 3 ou 4 anos. Eu não paro para contar.

O Homem da Boate. Onde as histórias ganham vida. Descobre agora