"Agradecimentos ao acaso"

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Minha mãe havia me acordado muito antes do necessário para eu ir para a nova escola. Minha família regojizava em alegria por eu ter passado na famosa escola para gênios do meu país. Minhas mãos tremiam enquanto eu olhava no espelho, admirando o fardamento que a escola havia me presenteado. Por sorte eu consegui uma bolsa de 100% da escola e não precisava me preocupar com nada alem da minha alimentação.

"Matheus! Você vai se atrasar!" Minha mãe gritava do andar de baixo.

A roupa social com a logomarca da escola estampada me enchia de orgulho e determinação, eu precisava honrar a chance que me foi dada. Espreguicei meu corpo para trás para afastar o sono que me atingia por causa da noite mal dormida, eu nunca iria conseguir dormir de tanta ansiedade.

"Olha, que menino galante" Dizia minha irmã que estava sentada no sofá olhando para mim.

"Calada, eu apenas sou um garoto normal." Respondi e mostrei a língua pra ela.

"Você, com toda certeza, não é normal." Disse minha mãe me entregando um lanche.

A partir daquele dia eu iria viver na escola, o termo certo deveria ser internato, a tecnologia empreendida naquela instituição era de ultima geração, se havia um lugar para eu realizar meus sonhos com toda certeza seria ali.

Você deve estar se perguntando: Que sonhos são esses?

Ora, qual seria o maior sonho de todo otaku e nerd que se preze? Ir para outro mundo. eu não possuía preferencias, como o mundo já criado ou algo que eu deseje, eu só queria conhecer novas coisas e experimentar novas sensações de liberdade. A verdade é tudo o que busco.

"Muitas vezes as coisas que me pareceram verdadeiras quando comecei a concebê-las tornaram-se falsas quando quis colocá-las sobre o papel." Foi a primeira coisa que o diretor da escola disse ao recepcionar os novatos.

Eu conhecia aquela frase de algum lugar, acho que era de René Descartes, um grande pensador do passado. Aquelas palavras haviam me intrigado, era a mesma coisa de dizer que não importa quanto eu tente, a verdade dos meus sonhos jamais seriam as realidades do papel.

Um baque caiu sobre mim, meu corpo havia sido aprisionado, minha alma foi selada e tudo que eu acreditei para entrar naquele lugar destruído no primeiro momento. Sem notar as redondezas segui a multidão que caminhava para algum tipo de seleção, talvez para determinar as salas que iriamos ficar.

"Próximo" Gritava a mulher que estava sentada numa cadeira.

Meu mundo havia sido abalado no meu primeiro instante na escola nova, meus 15 anos de vida desperdiçados e agora eu viraria apenas mais um na multidão, sem sonhos e sem objetivos.

Eu não me interessava com qual sala iria ficar, então apenas ignorei o que era para se fazer ali na frente até chegar minha vez. Minha cabeça cabisbaixa olhando para o nada abaixo de mim, eu me senta pequeno, minusculo comparado com um grão de areia. Não havia nada alem de mim.

"Próximo!" Falou a mulher me chamando para frente.

O local era como uma tenda de primeiros socorros, havia apenas a mulher sentada em uma cadeira que ficava no centro da tenda. Abaixo da cadeira havia um circulo entalhado no piso, eu tinha que confessar que aquele cenário era lindo, mesmo em uma escola tão futurista.

"Por favor diga seu nome e estenda sua mão." Ela disse.

"Matheus." Fiz como ela ordenou e tive a maior surpresa na minha vida.

Não sei que tipo de dispositivo ela usou para realizar aquele truque de iluminação, mas flutuando na palma da minha mão havia uma esfera de cor transparente. Semelhante a um dado de jogos de mesa, mas este com 20 lados, o famoso D20.

"O que?" Ambos falamos em uníssono.

O dado flutuando na palma da minha mão brilhou intensamente e então desceu para minha mão, atravessando-a e desaparecendo. Nas costas da minha mão uma dor fina surgiu e quando eu olhei para o local havia um simbolo que claramente não estava ali antes.

 Nas costas da minha mão uma dor fina surgiu e quando eu olhei para o local havia um simbolo que claramente não estava ali antes

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"Você... er.... eu preciso chamar.... espere." A mulher saiu correndo para dentro da escola nervosa com alguma coisa.

Enquanto ela corria para a escola, eu me mantinha surpreso com aquilo que havia ocorrido. De repente, como se meu mundo mudasse eu recebi uma voz na minha cabeça.

*Sistema Mestre de Dungeon concluído. Favor inicializar operação...*

Antes que eu pudesse me dar conta do que havia acontecido, um homem alto chegou perto de mim. Ele facilmente dava dois de mim, seu olhar era intimidante e sua roupa era elegante.

"Por favor venha comigo." Ele disse.

Eu o segui sem pensar duas vezes, olhando para minha nova marca em forma de dado nas costas da minha mão. Ele me guiou por vários corredores até me deixar em uma sala espaçosa, parecida com uma sala de diretor de empresa.

"Bom dia, senhor Matheus. Me desculpe a indelicadeza pela forma que lhe trouxe aqui, mas parece que você tem algo de interessante consigo." Falava uma voz feminina de trás da cabeça.

"Tudo bem... Só queria fazer algumas perguntas." Falei como se nada tivesse acontecido.

"Meu nome é Tayná, a Grande Sábia. Pode me perguntar qualquer coisa." Ela falou virando a cadeira em que ela estava sentada, revelando uma menina da minha idade.

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Transportado para um universo alternativo e se tornando um Mestre de DungeonsOnde as histórias ganham vida. Descobre agora