Capítulo XXI - O Demônio vermelho ataca

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Quando os homens de terno abriam à porta do caminhão, uma gritaria chamou atenção deles. Dois grupos de motoqueiros vinham das extremidades, uivavam feito cães loucos assustando os pedestres e desencadeando batidas dos carros.

"Sebastian! Rápido! Tem mais alguém sabendo do artefato". Simon gritou, em seguida olhou para Dalila. Qual a possibilidade de sua irmã saber disso?

"Eu não sei". Ela disse aflita e assustada com a confusão que se iniciava. Aqueles homens não eram servos de Amadeu ou do culto, reparava Dalila.

Os motoqueiros sacaram pistolas e começaram a atirar freneticamente nos carros que guardavam o caminhão. Os homens de branco se abaixaram, Simon puxou Dalila para trás do caminhão.

"Acabem com eles!" Gritou Sebastian para seus companheiros.

Os homens de Branco sacaram suas armas prateadas com cabo de marfim e disparavam precisamente nos membros da gangue. Seus tiros eram perfeitos. Comparados a eles, os motoqueiros eram apenas crianças segurando uma arma atirando as cegas.

"Minha nossa Thomas! O que está acontecendo?" Gritou Nicolas derramando refrigerante sobre sua roupa. "Thomas?". Ele se assuntou ao ver que seu parceiro já não estava no carro.

"Artefatos antigos, não é? Não me parece ser o interesse deles!". Gritou o detetive Thomas surgindo ao lado de Simon com sua arma em punho assustando Dalila.

"Alguém está pagando eles para saquearem minha encomenda, detetive. Mas isso não é hora, nos ajude então!". Falou Simon sacando sua arma pessoal.

"Faz parte do meu trabalho!". Respondeu Thomas abrindo fogo contra os motoqueiros.

À medida que o tiroteio ocorria, os saqueadores caiam feito moscas sem ao menos atingirem um dos homens de branco.

"Mas que droga! os caras são bons! Cadê o killer?". Um dos motoqueiros gritava escondido atrás de um carro para os demais que buscavam cobertura.

"Eu não sei. Ele disse que teríamos uma ajuda especial, mas até agora só to vendo a gente cair. É melhor fugir e esquecer a grana!". Respondeu um dos capangas com o braço ferido por uma bala.

"É! Vamos embora... Espera! O que é aquilo?"

Quando o tiroteio cessou por um segundo e os homens de branco começavam a recarregar suas armas, um rugido como o de leão assustou a todos. Os civis que se esconderam nas lojas e atrás dos carros erguiam suas cabeças e olhares curiosos que superavam o medo.

"Então é ele que está por trás disso!". Disse Simon.

O detetive Thomas não entendeu o comentário, mas quando seus olhos focalizaram a rua de onde veio o rugido, ele começou a entender. Carros voavam para os lados arremessados por algo que se movimentava velozmente na direção do caminhão, Uma criatura saltou até cair por cima de um dos carros que protegiam o caminhão. O veículo foi esmagado contra o chão e os quatro homens de branco que se escondiam atrás dele foram arremessados pelo impacto ao chão. Quando tentaram mirar e atirar, a fera passou entre eles cortando-os com suas garras, em segundos e em seguida subiu sobre o caminhão negro permitindo que todos pudessem contemplá-la.

A fera tinha a forma humanóide embora seu tamanho fosse dobrado. De seus antebraços emergiam três estacas de ossos enraizadas em seu esqueleto. Suas mãos eram grandes e terminavam em garras demoníacas, A fera ainda possuía um imenso cabelo vermelho que lhe tampava parte do rosto e caia sobre suas costas musculosas até a cintura. Vestia uma roupa esfarrapada de couro que mantinha suas coxas escondidas. Fivelas de cinto seguravam para que o couro não se rasgasse com a proporção física de seu corpo e seus olhos brilhavam um vermelho vivo que ficava no ar quando ela se movimentava.

Entre o céu e o inferno - A gênese do fimWhere stories live. Discover now