Capítulo Cinco

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Boates, bares e boates. Já não era nem três horas da manhã e meu corpo já se encontrava em um estado de carne moída, meus pés estavam me matando e com certeza meu cabelo não estava mais como era quando saí do hotel. Meu teor de álcool com certeza era mais do que o normal. Era uma noite especial, estava com as minhas amigas se divertindo e preste a me casar, bom, essa parte ainda permanecia confusa em minha cabeça, não que eu não quisesse me casar mas, ainda era algo bem embolado como os fones de ouvido que encontramos dentro da bolsa.

A música alta tocava na limusine, mais uma taças de champanhe, Jane não parava de contar sobre o piercing de Henry e podia ver o quanto Amy ficava vermelha e ria à toa, depois do que ela passou finalmente ela podia agir como uma mulher de verdade. Com um sorriso me encosto no banco até sentir meu celular vibrando, a tela iluminando era Bruce acordando com o sorriso bobo.

- Oi futuro esposo.

- Onde você está?

- Humm.. não sei... - me virei para Kate que estava quase dormindo no banco - Onde estamos?

- Voltando pro hotel...

- De meia volta e venha para meu hotel.

Com certeza ele estava bêbado, quando ele começava a dar ordens assim, eu o odiava quando estava assim sempre autoritário achando o rei da cocada preta.

- Tá bom.

Encontrei Bruce já no hall do hotel, ele andava de um lado para o outro parecendo um touro bravo, quando me vê ele para, Deus, nunca me cansaria de olhar para ele, o terno estava aberto revelando o colete preto e a gravata bem alinhada cortado perfeitamente para seu corpo forte. Era sempre assim, toda vez que nós víamos, não existia mais ninguém.

Ele vem caminhando até mim com aquele corpo perfeitamente definido, ombros largos e o peitoral forte, os cabelos levemente bagunçados e a expressão severa dava a ele um ar perfeito do magnata perfeito, afinal ele era o magnata perfeito.

Antes mesmo de me jogar em seus braços, o troglodita me pega pela perna me jogando sob seus ombros no melhor estilo homens das cavernas.

- Porra! O que está fazendo?

- Você foi embora pela manhã me deixando apenas um bilhetinho e cem dólar - ele disse com o tom de voz carregado de whisky e raiva - acha que sou sua prostituta, Ray Evans?

- Mitchell! - rindo esperneei um pouco - é não, tá mais pro meu caso fixo.

Sabia que me arrependeria pela insolência, ele desferiu um tapa na minha bunda entrando no elevador cheio. Céus, se fosse branca com certeza agora estaria vermelha ou melhor rosa chiclete de tanta vergonha, as pessoas olhavam para gente como se fossemos dois loucos.

- Deveria ter amarrado naquela cama, assim não se soltaria.

- Deus, cala a boca!

Aqui vamos nós...

Acordei completamente dolorida, minha cabeça latejava com a bebedeira da noite passada, mas o que me incomodava mesmo era meus braços completamente dormentes por estarem amarrados e um imenso corpo sob o meu me prendendo, tentando me soltar o peso ficava maior.

- Bruce! me solta...

- Não... você não vai fugir!

- Mas vou mijar na cama, anda me solta...

Ele se mexeu um pouco levantando a cabeça que estava enterrada em meu pescoço, desfez o nó meus braços caírem como duas jacas madura fazendo o sangue circular.

- Eu te amo...- sussurrava para ele envolvendo meus braços em volta do seu corpo quente.

Era automático, minhas pernas foram de encontro a sua cintura e sem prévia Bruce penetrou em mim, seu membro abriu espaço reivindicando o que para sempre seria dele, um gemido escapou dos meus lábios seus olhos verdes encararam de forma severa. Era sempre assim, nosso sexo pela manhã, cru e nada romântico, meu corpo reconhecia Bruce e o dele me reconhecia não tinha de nada preguiçoso e pode apostar que era o melhor café da manhã que alguém poderia receber.

Naquele momento, vendo ele ali em cima de mim me amando me tomando para si eu percebi que não conseguiria passar um dia se quer sem ter Bruce ao meu lado, ele nasceu para mim do mesmo jeito que nasci para ele fomos moldados um para o outro é para sempre seria dele.

Mais algumas estocadas firmes e objetivas, Bruce atingir seu êxtase me levando junto a aquele abismo. Com a cabeça deitada sobre meu peito e o coração acelerado ele solta em um fio de voz.

- Eu te amo.

No café da manhã, todos pareciam como se estivessem sido atropelados por um trator, Kate e Roberts escorados um no outro e Amy quase beijando os ovos que estava comendo, olhei ao redor pois estavam faltando um casal...

- Onde estão...

Jane e Henry vinham pelo salão como dois desconhecidos, só estraga o disfarce pois ambos se sentaram um longe do outro na mesma mesa o clima tinha ficado realmente pesado naquele momento.

- Então... hã... todos passaram a noite bem?

Quebrei o gelo tomando um gole de suco de laranja.

- Sim, foi boa... - Roberts respondeu servindo Kate com mais café - É vocês?

- Bem... Amy?

- Hã... sim, hã claro...

Tadinha, com certeza essa era a primeira ressaca dela.

- Jane?

- O que? - ela levantou a cabeça - Oh, sim... eeer... sim.

- O que está havendo com vocês? parecem dois desconhecidos.

Ambos respiravam fundos e Jane.

- Eles se casaram.

Ensina-me - Felizes para sempre?Where stories live. Discover now