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Depois de ter conhecido um pouco mais dos arredores, Brie decidiu que realmente precisava ficar naquele lugar tão encantador. Talvez a companhia também tivesse influenciado um pouco na sua decisão, mas, não iria admitir isso, afinal, quem realmente era aquele homem? E por que ela estava se sentindo daquela maneira quando estava junto dele?

Depois do passeio, ele teve que ir resolver o problema com o seu carro, que até o momento continuava abandonado na estrada.

Por sorte, próximo a fazenda, morava o senhor Giuseppe, amigo e mecânico da família há muito tempo. Ele até já estava familiarizado com os problemas da picape antiga, afinal, não era tão incomum que tivessem que leva-la até lá para algum reparo. O homem pegou o seu guincho e os dois partiram juntos. Enquanto isso, Brigitte permaneceu na casa, na companhia da senhora Antonella, que apesar da timidez da jovem, conversava pelas duas, enquanto cozinhava.

– gosta da culinária italiana, meu anjo?

– demais, é uma das melhores que já provei, mas eu não sei fazer muita coisa. Se me mostrar eu posso ajudar.

– ah, não se preocupe, hoje você apenas observa e aprende, eu já estou acostumada a comandar essa cozinha. Aprendi com a minha mãe, ainda jovem, tomei gosto por isso. Juntar os amigos para uma refeição é maravilhoso, não acha?

Antonella continuou conversando durante todo o tempo, sorrindo de qualquer coisa e fazendo Brigitte provar tudo o que ela estava preparando e era fácil se sentir confortável na sua companhia, que transmitia um auto astral contagiante.

Após pegar a picape com a ajuda do guincho e deixarem na oficina do senhor Giuseppe, Fabrizio retornou a fazenda e logo ele e Brigitte partiram rumo a Florença, no conversível rosa, sob os protestos de Antonella de que deveriam esperar pelo almoço.

Durante o caminho, Fabrizio mostrou a Brie muitos outros lugares lindos da Toscana e em alguns momentos os dois até pararam o carro e desceram para bater algumas fotos.

Antes de chegarem ao destino, pararam para almoçar em um restaurante que parecia de outro século. Nada extravagânte demais, porém muito aconchegante. Era o lugar onde Fabrizio gostava de ir quando precisava estar em Florença. Simples, agradável e uma comida deliciosa, por um valor mais acessível do que a maioria por ali.

Ambos pedira um prato típico de massa, com bisteca Alla fiorentino e o pão, que era marca registrada em praticamente todas as refeições. Durante aquele almoço, enquanto conversavam como se fossem velhos conhecidos, mais uma vez Brie se sentiu estranhamente feliz.

Quando chegaram no hotel, Fabrízio se surpreendeu com tanto luxo. Apesar de morar próximo a Florença desde que nasceu e conhecer bem a fama do four Seasons, nunca tinha tido a oportunidade de colocar os pés no interior do mesmo.

Parecia que ele tinha voltado no tempo lá dentro, tudo era minuciosamente trabalhado, lustres de cristal pendiam do teto, peças de arte antigas decoravam o ambiente e toda a mobília era no estilo vintage, harmonizando com o restante do lugar. As enormes janelas de madeira e vidro, deixavam o local muito bem iluminado e também haviam flores naturais perfumando e dando vida aos cômodos.

- olha, eu retiro tudo o que eu disse sobre me ofender se não ficar na minha casa. Se eu tivesse em um lugar assim também não iria querer sair.– falou, enquanto admirava cada detalhe daquele lugar.

- não seja bobo, o luxo de lugares como este, as vezes é tão frio quanto o meu coração.- no mesmo momento em que as palavras saíram, Brigitte se arrependeu por tê-las dito, não sabia se queria compartilhar os sentimentos que guardava a tanto tempo, com alguém que conhecia tão pouco.- desculpa, as vezes eu esqueço que só te conheci ontem a noite, parece que já faz tanto tempo, não é? Você também sente isso?

Salva Pelo AmorOnde as histórias ganham vida. Descobre agora