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Notas da Autora:

Desculpem a demora, mas a vida aqui tá bem corrida. Espero que gostem e acompanhem essa história. 🥰

***

Meu pai nunca faz milkshake.

Nunca.

- fiz de morango e chocolate, querem?

Noah coçou a cabeça envergonhado enquanto eu precisei respirar fundo.

- pai, acho que podemos deixar o milkshake pra depois.

- senhor Stevens, eu adoraria, mas tenho uma mala pra arrumar... eu... eu preciso ir...

Foi a primeira vez que vi Noah tão envergonhado ao falar com meu pai.

- Amelia, você me acompanha até lá fora?

A cabeça inclinada de Noah indicando que eu fizesse o que ele pediu só me deixou mais nervosa.

Engoli em seco.

- claro.

Saí em disparada atrás de Noah passando pelo meu pai deixando-o com a bandeja de milkshakes nas mãos. Ele pareceu não entender nada, ainda bem.

Fechei a porta ao passarmos pela entrada da casa. Não sei como meu coração manteve o ritmo.

- desculpe. - dei de ombros aos chegarmos ao carro dele

Noah sorriu e se aproximou de mim. Suas mãos foram direto para onde estavam antes, ou seja, minha cintura.

Senti um calafrio misturado com tensão.

Eu estava rígida.

Eu havia esperado muito por aquele momento, então quando aconteceu não sabia como agir.

- o que foi? - ele perguntou com um sorriso de lado

Provavelmente ao ver minha cara.

- nada... eu só... não sei... não estou acostumada com isso. - confessei

- isso que você quer dizer, seria eu tocando você?

Eu nunca mais vou esquecer aqueles olhos me olhando como se fossem entrar em mim.

Engoli em seco e assenti.

- então acho melhor você se acostumar. - ele disse e então, em seguida, me beijou

Talvez seja clichê demais tentar explicar o beijo. Meu coração batia desesperado enquanto sentia mãos apertando minha cintura e minhas costas. Aproveitei o momento para entrelaçar meus braços em seu pescoço, enquanto uma de minhas mãos fazia carinho em seus cabelos macios.

Eu conhecia Noah desde pequena, mas ali era como se nunca tivesse conhecido. Era novo. Era tudo diferente e inusitado.

Sua boca era macia e seu hálito fresco, como eu sempre imaginei que fosse.

Seus olhos me encararam quase que sorrindo quando paramos o beijo.

E pra variar eu não soube o que dizer.

- o que foi? - perguntou notando meu desespero

- na...nada.

- foi ruim?

Arregalei os olhos e finalmente soltei um riso.

- ruim? não, claro que não foi ótimo.

- ah bom, porque a sua cara ficou estranha.

Ele ainda me segurava pela cintura, mas consegui dar um tapa leve em seu braço.

- besta... não ficou estranha coisa nenhuma.

Cicatrizes Where stories live. Discover now