Meu Capataz - (Romance Gay)

Capítulo 25 - Papai

— Não acredito que ele inventou essa desculpa. — declarou Thomas gargalhando. — Meu Deus, queria muito ter visto isso.

— Pois é… acho que precisamos aprender com o teu filho. — Mattos riu lembrando da cena que ocorreu em sua fazenda, de Koda alegar que Devon estava com um argueiro no olho, sendo que na verdade os dois estavam se beijando. — Desde aquele dia sabia que os dois tinham algo, porém fiquei surpresa quando Koda falou nesta madrugada sobre o relacionamento dele com Devon.

— Estou tão feliz pelos dois. No começo estava torcendo para eles pudessem ter algo a mais do que amizade… como nós dois. — Thomas, ao terminar de falar, pegou na coxa do amado. Os dois estavam dentro da caminhonete de Mattos indo para o hospital.

— Sim… sobre isso. — Mattos se mexeu um pouco desconfortável. — Quando será que a gente… que a…

— Iremos nos assumir? — o ruivo olhou para ele.

— Sim, como Koda fez hoje. Sem medo e amarras.

— Bem… — ficou pensativo. — Sinto em meu coração que tudo isso vai acabar muito cedo, que a gente poderá dizer para todos do nosso relacionamento.

— Realmente? — perguntou emocionado.

— Sim, meu amor. Você verá. Sei que está se perguntando porque não agora, mas logo será a nossa vez.

Ele assentiu engolindo possíveis lágrimas. — Ok. — por último sorriu. — Ok.

— Eu te amo, não esqueça disso.

— Nunca. — Mattos olhou para ele e logo voltou o olhar para a estrada, que por sinal já estava entrando no estacionamento, na área para deficientes. — Vamos lá. Como será que está Devon?

— Com certeza nada bem, principalmente se tratando de Denver e de Josias, espero que meu filho esteja do lado dele, como é para ser.

Mattos assentiu. Ele saiu do carro e pegou a cadeira de rodas que estava no banco de passageiro, após abrir fez com que ficasse perto da porta de Thomas, em seguida o ajudou a se sentar, ligou o alarme e assim seguiram para dentro do hospital.

— A última vez que estive aqui foi para te visitar, foi uma dura e longa semana. — comentou o fazendeiro olhando ao redor.

— Imagino, querido. Ah, ali está a recepção. — apontou assim quando adentraram o local. Porém antes de chegarem lá, uma voz conhecedora deles os chamaram.

— Olha o que temos aqui, o Bush e o meu paciente favorito. — Daniel apareceu do lado deles. — Como estão?

— Daniel, não sabia que estava de plantão. — comentou Thomas o cumprimentando.

— E ai, Dani boy. — retrucou Mattos sorrindo.

— Pois é, Tom. A semana foi longa. Eu vi o seu menino, o Devon e Josias. Koda me disse que você vinha, porém acho que não soube do que aconteceu.

Nesse momento Thomas e Mattos se entreolharam. — Como assim? O que aconteceu? — indagou o rancheiro sem entender.

— Vem cá. — ele acenou para o lado.

Daniel os levou para um local afastado, assim para poderem falar melhor.

— Desembucha, Daniel, está me preocupando. — ditou Thomas com o cenho franzido.

— Não se preocupe, Tom. É que Denver não reagiu bem quando viu Devon no quarto, ele o expulsou dizendo vários palavrões homofóbicos direcionados ao próprio filho e o Devon saiu chorando, o bom que Koda estava presente e o levou daqui. Não sei para onde foram, mas pelo visto não estão no rancho.