Capítulo 11

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Vamos tomar um café, Noona?
Narração Autora On : Realidade Jimin

O sábado estava estranho e dolorido muito dolorido, ao menos era isso que se passava na cabeça de Park Jimin enquanto se levantava e tentava acalmar a jovem mulher a sua frente, que ainda continuava encolhida atrás de seu travesseiro lhe olhando com os olhos cheios de medo, determinação e confusão.

Fala sério... Quem estava com um olho roxo era ele, então por que ela estava tão assustada? Tudo bem, a situação era realmente muito assustadora, não havia como negar esse fato.

A moça ao vê-lo levantar-se ficou ainda mais alerta, Jimin nunca faria nenhum mal a ninguém, mas, isso ela não sabia. Park continuava parado com os olhos fechados sentindo um leve incômodo, respirou fundo e finalmente resolveu falar.

 - Nossa, o seu soco é muito forte. – Falou de forma branda para tentar diminuir a tensão do local.

 - Não se aproxime. – Foi à única resposta que recebeu da jovem.

 - Eu não vou ti fazer nenhum mal. – Explicou.

 – Na verdade, foi você quem bateu em mim. – Tirou a mão do olho machucado apontando para o mesmo.

 - Quem é você e onde estou? – Indagou a jovem finalmente disposta a abrir um dialogo.

 - Meu nome é Park Jimin e, você esta no meu apartamento na cidade de Busan. – Ele se afastou da cama se escorando na parede perto da porta enquanto respondia.

 - Certo. – A mesma parecia perplexa. – O que aconteceu com as pessoas do trem, elas morreram?

 - Trem?  - O loiro já se encontrava sentado no chão franzido o cenho. -De que trem você esta falando? Que pessoas mortas?

 - Como assim? – A garota falava se sentando mais a vontade na cama, mas continuava em alerta. – O acidente não saiu nos noticiários?

 - Ãn? – Estava visivelmente confuso, não tinha visto nenhuma noticia sobre um acidente de trem. - Desculpa, mas, não estou entendendo nada.

 - Eu que não estou entendendo nada. – Olhou ao redor confusa. – Onde está o Lu Han, a Irmã Sun Hee ou até mesmo a Momo? Por acaso, eu morri?

Antes que Jimin pudesse pensar em uma resposta a companhia tocou e a voz aflita de Jungkook foi ouvida os assustando de imediato.

 - Jimin Hyung, abra a porta, por favor. – A voz do makenai parecia realmente aflita.

 - Eu preciso atender. – Falou ao se por em pé. – Ele parece preocupado.

 - Quem é ele? – Voltou novamente a se encolher na cama. – É um dos seus comparsas?

 - QUÊ? – Riu da expressão engraçada da mesma quando fez o um V com a mão. - Não, o Kook também é da paz.

 - Hyung, eu vou arrombar a porta se você na abri-la em cinco segundos. - Avisou a todos dentro do apartamento.

Sem ao menos pensar duas vezes, Jimin saiu correndo para poder abrir sua porta, pois, sabia que Jungkook com toda a certeza cumpriria a sua promessa, e seria complicado explicar ao sindico do prédio o porquê do vandalismo, sem contar que o conserto sairia muito caro para o seu bolso.

 - UM, DOIS, TRÊS, QUATRO, CIN... – O mais novo se posicionava corretamente enquanto contava.

 - Não quebre a minha porta, eu já abri. – Jimin apareceu com a mão no peito tentando se recuperar do forte fluxo de adrenalina em seu corpo.

 - Hyung, graças aos céus esta bem. – Jungkook falou apertando seu Hyung em seus braços em um grande abraço de urso. – Fiquei preocupado quando não respondeu mais as minhas ligações. O que aconteceu?

 - Bem... – Sua fala foi interrompida antes que pudesse conclui-la.

 - Park Jimin, não é? Eu quero respostas agora mesmo. – Dal apareceu na sala usando o travesseiro como escudo.

 - Eu também quero respostas Hyung. – Completou Jungkook estranhando a presença da garota, afinal, não era comum Jimin levar alguém para sua casa.

 – E que olho roxo é esse? – Jungkook finalmente percebeu o machucado.

- Espera, eu conheço você! – desviou seu olhar para a garota atrás de Jimin.

Jimi se via na maior confusão de sua curta vida, e olha que ele nem estava bêbado pelo menos não mais.

 - Mas, eu não conheço nenhum de vocês. – Falou batendo o pé e jogando o travesseiro no chão. – Alguém pode me explicar o que esta acontecendo aqui?  

Agora teria que encontrar uma forma de explicar algo que nem ele mesmo tinha noção de como aconteceu. Como iria dizer a Jungkook que a personagem de seu livro favorito tinha ganhado vida e surgido do nada desacordada em sua cama? E mais, como iria explicar a Dal que a mesma não existia de verdade?

Pois, Jimin tinha certeza que aquela moça era Yoo Jeong Dal, a professora órfã com talento para fotografia que conseguiu superar todos os obstáculos e diversas confusões, sendo algumas engraçadas e outras perigosas que o autor do livro colocou em seu caminho até hoje. Era impossível que existisse alguém tão parecido com a personagem na vida real, que falasse do mesmo jeito, se comportasse, com a mesma impulsividade e até que batesse com a mesma força.

Das duas uma: Jimin estava ainda bêbado jogado em sua cama tendo um sonho muito estranho, ou, estava ficando realmente maluco e logo seria internado em um manicômio por seu makenai.

Sinceramente, não queria acreditar em nenhuma das opções, Jimin suspirou profundamente dando espaço para que Jungkook entrasse e fechasse a porta logo em seguida, se direcionou para a sua cozinha, sendo observado pelas duas pessoas confusas em pé no meio da sala e então perguntou indo em direção à cafeteira:

 - Vamos tomar um café, Noona?

   

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Oi Cerejas, aqui esta mais um novo capítulo.
Espero que gostem.
Estou muito feliz, as visualizações estão aumentando.
Muito, muito obrigada mesmo.
Se gostarem, deixem seus comentários e votem por favor.
Tchau!

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