"Certo." Respondo secamente.

Algo está me incomodando, estou inquieto, fadigando e ansioso, não sei porquê. Meu mal humor frequente está diferente, estou um pouco mais que o normal hoje, talvez isso se deva ao fato de eu não ter dormido, ou por causa de Ágata que enche meu saco sempre que pode.

Vou para casa em alta velocidade, sinto o vento forte da noite passar pelo meu rosto fazendo arder meus olhos, mas eu quase gosto da dor. Quando chego, sinto-me aliviado por não ter ninguém desta vez, talvez assim possa descansar um pouco, em paz.

Tomo um banho relaxante, depois de me secar, fico sem roupa, sempre gostei de ficar pelado. Como um sanduíche na cozinha, dentro da minha cabeça sempre ressoando a mesma coisa, que eu estou esquecendo de algo. Que inferno!

Agora finalmente, olhando para minha cama que parece me chamar, eu bocejo. Ótimo, irei dormir rapidinho e já estou até pensando em desistir da idéia de ir beber com James.

Mas assim que deito na cama, com sono e cansado, ao fechar meus olhos, a porra do sono some, é como se estivesse faltando algo, eu já estou ficando louco porque não consigo me lembrar do que é. Abro-os novamente e agarro meus cabelos furioso, caralho, isso só contribui para meu mal humor. Rolo na cama e tento dormir, mas sem sucesso.

Logo ouço o barulho da campainha tocar várias vezes e sei muito bem que o único filho da puta que toca assim, é o James. Me levanto bufando e vou abrir abro a porta.

"Não precisa tocar assim, filho da puta!" Rosno e ele entra sorrindo, reviro os olhos.

"Não está pronto ainda?" Pergunta.

"Eu não vou sair, estou cansado!" Exclamo.

"Você está mais chato do que de costume. Vamos logo."

Se joga no sofá, varrendo o olhar pela sala e não duvido nada que ele não esteja procurando por minha prima. O maldito vive correndo atrás dela que o esnoba sempre que tem oportunidade.

O deixo no sofá, caminho para o quarto e pego uma roupa qualquer no armário. Eu não estou afim de de beber ou foder, mas por vias das dúvidas pego também um pacote de camisinha, nunca se sabe. Arqueio a sobrancelha com o pensamento. Não é uma má idéia me aliviar depois de toda a correria e estresse da operação.

Pensando assim, saio do quarto com um sorriso no rosto. A morte daqueles vários homens ainda está pesando nas minhas costas, e por mais que eu esteja acostumado e entenda que esse é o meu trabalho, proteger e acabar com o que não é certo e que, as vezes precisamos agir de forma mais bruta como hoje, ainda assim, não impede que a culpa me corroa. É uma sensação péssima.

*

*

James me trouxe a um clube de sexo bastante frequentado pelo que vejo, ao entrarmos percebo que ele é conhecido quando recebe muitos cumprimentos e responde a todos eles com um sorriso que é raro em seu rosto.

Nos sentamos em um sofá de couro marrom, tendo a nossa disposição mulheres seminuas dançando em pole dance. Lanço um sorriso de lado para uma morena que não parou de me olhar assim que cheguei. Chamo-a, e ela não perde tempo, caminha até mim e monta em meu colo.

"Me mostre o que sabe fazer." Sussurro em seu ouvido, recebendo um gemido manhoso como resposta.

"Vamos subir. Garanto fazer o que você quiser." Diz baixo esfregando-se desavergonhadamente no meu pau.

"Vamos então, vadia gostosa!" Dou-lhe um tapa estralado na bunda, ela se levanta e então sigo-a para o andar de cima. James já não se encontra mais no local, deve estar fazendo o mesmo que eu agora.

***

Arremeto freneticamente a bocetinha apertada de Charlote, a safada geme vindo de encontro ao meu pau fazendo o choque ser ainda maior, porra, já estou tão perto mas ainda assim não me sinto satisfeito. Ela desaba na cama ao gozar pela terceira vez e por fim me deixo vir. Derramando a minha porra até a última gota dentro da camisinha.

Caio ao seu lado de olhos fechados e sorrio, ouvindo também seu riso descarado. Porém, ao abrir meus olhos não é a mulher que acabei de comer, que eu vejo. E sim ela.

A garota do confessionário. Agora sei exatamente o que eu havia esquecido.





Dois dias atrás, quando eu contente desci daquele avião aqui nos Estados unidos, eu finalmente senti pela primeira vez o vento da liberdade no meu rosto

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Dois dias atrás, quando eu contente desci daquele avião aqui nos Estados unidos, eu finalmente senti pela primeira vez o vento da liberdade no meu rosto. Eu não precisava tão severamente me esconder, não seria preciso eu me deitar com um homem estranho, eu havia conquistado minha liberdade, graças a minha melhor amiga e seu marido.

Ainda havia um pouco de dinheiro na bolsa que ela me deu, junto com meus documentos e algumas roupas, passei em algum lugar para comer, eu estava faminta. Aproveitei para passear por alguns lugares bonitos, aqui é incrível! Mas quando a noite chegou, eu lembrei-me de que não tinha lugar para ir, o frio chegou junto e eu me senti sozinha e triste. O que eu iria fazer?

E foi quando passei por uma grande igreja, estava aberta e eu ouvi uma música soando lá de dentro, imediatamente senti lágrimas descerem dos meus olhos, apertei o colar da minha mãe e segui minha vontade de entrar lá. Perguntei a alguém, e disseram ser algo chamado vigília, onde ficariam toda a noite adorando a Deus, eu me senti tão bem que fiquei junto com eles, na manhã seguinte, me chamaram para o desjejum, eu aceitei claro, comi bastante, era de graça mesmo.

E, novamente a noite chegou... Não iria haver vigília novamente, portanto, decidi me esconder para que todos fossem embora e eu tivesse um lugar seguro para dormir, mesmo no chão, tinha certeza que ninguém me faria mal ali.

Mas de repente fui surpreendida...

Horas depois, sinto meu corpo tremer, estou com fome e com frio, os barulhos dos tiros ainda estão ecoando na minha cabeça me atormentando de uma maneira assustadora, e pela primeira vez eu me arrependo de ter fugido do que estava reservado para mim.

Meu Deus, eu pensei que fosse morrer ao me esconder dentro de um pequeno baú que se encontra jogado no canto do confessionário. O fato de eu ser pequena e magrinha me ajudou bastante, ainda mais agora que não como, por medo de sair.

Em seguida, levanto-me segurando as paredes, tentando me equilibrar para não cair. Estou fraquíssima meu Deus. As lágrimas rolam outra vez e a imagem daquele homem segurando uma arma em minha direção invade minha mente outra vez. Eu pensei que fosse morrer ali, que ele fosse me matar.

Estou saindo do confessionário, tento ver onde eu acho um pouco de água, quando um barulho chama minha atenção, seguido de pegadas firmes e nada discretas. Volto para dentro outra vez, assustada tropeço nos meus próprios pés e caio de cara no chão.

Os passos param bem próximo a mim, olho com hesitação para frente, botas pretas é a primeira coisa que vejo, levanto o olhar para cima e me assusto quando vejo de quem se trata.

É ele!

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ImEmili

Um Segundo Para Se Apaixonar © [COMPLETO]Opowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz