Perseguindo Carros

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– Perdoo. – e percebi que isso era o que o meu coração desejava também, mesmo que eu amasse Lauren incondicionalmente e entendesse seu lado, me senti magoada por ela ter se afastado, se “escondido” de mim, mas bastou ela aparecer na minha frente, com seu jeito meigo e esse amor imenso que eu consigo enxergar em seus olhos, que já esqueci de tudo.

– Volta pra casa? Por favor? – Deus, como posso negar?!

– Volto meu amor. – e ela me presenteou com mais um dos seus sorrisos maravilhosos, com seus dentinhos brancos e lindos, e eu não aguentei, a beijei com toda a saudade que ficou aqui no meu peito durante todos esses dias, três semanas pode parecer pouco, mas para quem ama é uma eternidade.

O beijo dela continua tão doce e quente, e só agora, enquanto nossos lábios se movem com tanta sincronia uns sobre os outros, eu percebo o quanto senti falta disso, dessa boca sugando minha língua com paixão e carinho, dessas mãos afetuosas segurando minha cintura com firmeza, me fazendo desmanchar nos braços dela, e a tão conhecida e desejada inquietação crescendo dentro de mim.

Nós continuamos nos beijando no sofá como se não fosse possível parar nunca, quando ouvimos um barulho muito baixo, e paramos para ver que foi apenas minha mãe que esbarrou numa cadeira sem querer, nos olhando totalmente sem graça.

– Desculpem garotas. – mama sorriu. – Eu não vou mentir, fiquei olhando vocês, são as coisinhas mais lindas que já vi. – ela completou aumentando o sorriso e eu percebi Lo ficando vermelha, apesar do enorme sorriso em seus lábios, assim como nos meus.

– O-obrigada por liberar minha entrada Dona Sinu. – Lo se ajeitou no sofá e mama acabou sentando na cadeira.

– De nada meu bem.

– Mama, você sabia?! – a olhei em tom de acusação, mas segurando o riso.

– Eu soube apenas agora há pouco, quando ela mandou uma mensagem. Então foi só esperar ela tocar a campainha e a magia acontecer! – nós três rimos.

– A senhora falou igual à DJ agora. – Lo comentou divertida. Como eu senti falta de estar tão perto dela, principalmente à noite, quando eu chorava baixinho até dormir. Mas Lauren não precisa saber disso, e o que me consolava um pouco era que mama quase sempre vinha dormir comigo.

– E como ela está? Os bebês estão bem?

– Sim, sim, muito bem, apesar de tudo... – ela pressionou os lábios e segurou minhas mãos em seu colo.

– Você veio pra levar a Kaki não foi? – Mama nos olhou com ternura.

– S-sim, eu vim levá-la para casa, digo, não que aqui não seja a casa dela, m-mas lá em New York também é, eu sei que ela tem um bom tratamento aqui, mas lá também temos estruturas para dar a Camila o melhor tratamento, tudo, tudo que ela precisar, e eu prometo pra senhora que vou tomar conta dela agora Dona Sinu, eu não vou ficar mais me escondendo, com medo, eu sei que fiz isso antes, e foi bem ruim, sobretudo para Camila, mas eu estou decidida a mudar completamente, digo, não no modo como eu a amo, porque isso nunca vai mudar, mas...

– Eu entendi filha, não precisa ficar nervosa! – Minha mãe sorriu e eu também. Ela estava discursando, até disso eu senti saudades! – E te peço desculpas por ter levado sua noiva assim, mas Alejandro e eu pensamos que estávamos fazendo o melhor para ela.

– Tudo bem, todos nós pensamos. – Ela me olhou e voltou a encarar minha mãe. – Mas agora eu sei que o melhor para ela é ficar onde ela quer, e não sei se estou errada, mas a-acho que ela quer ficar comigo. – e voltou seus olhos tímidos para mim.

– É tudo que eu mais quero, que eu mais preciso. – acabei chorando nos braços dela, estou muito sensível ultimamente, não é para menos. – Eu te amo cariño...

The Tiny DancerWhere stories live. Discover now