Mãe [Dorea Potter]

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O Expresso de Hogwarts já estava lá, com toda a sua glória carmesim esperando que os estudantes entrassem para os levar para Hogwarts. Os três caminharam apressadamente para onde o compartimento dos Marotos estava. Eles ficaram na frente da porta para se despedirem.

"Sejam bons", disse Dorea. "Eu não quero nenhuma carta da Minerva esse ano, James."

"Mãe, você sabe que eu não posso prometer nada."

"Onde é que eu errei ao criar você?", Ela perguntou curiosa. "Não responda isso."

"Sirius, escreva para mim sempre que tiver vontade", ela lembrou. "Eu estarei esperando você em casa para o Natal, tudo bem?"

"Claro, mãe", disse Sirius e engasgou com suas palavras quase que instantaneamente quando um sorriso caloroso se formou nos lábios de Dorea e os olhos de James se iluminaram como se fossem lâmpadas.

"Sirius," veio a voz fria de Walburga atrás deles. "Não devemos chamar traidores de sangue que não nos deram à luz de mãe."

Parecia que Sirius havia encolhido em tamanho quando Dorea entrou na frente dele protetoramente.

"Walburga", ela repetiu. “Não devemos escutar conversas que não são nossas e dar opiniões que ninguém pediu. Ele pode me chamar de mãe sempre que quiser, visto que sua mãe de verdade não está disponível no momento."

Walburga tentou agarrar Sirius pelo pulso, mas Dorea era muito ágil para sua idade e segurou o pulso de Sirius como se ele fosse morrer se ela o soltasse.

"Você não vai tocar no meu filho e eu não estou falando do James."

"Eu sugiro que você fique fora dessa Dorea, isso não é da sua conta."

"Oh, você fez isso da minha conta quando esse garoto apareceu na minha sala de estar, mal respirando", rebateu Dorea com toda a raiva que estava se acumulando nela. Sirius estava se escondendo atrás dela, tomando cuidado para não pegar os olhos penetrantes de Walburga.

"Você está exagerando", ela respondeu. "Não há nada de errado com um pouco de castigo de amor."

"Eu conheço uma Maldição Imperdoável quando vejo uma Walburga", ela sussurrou alto o suficiente para as pessoas ao seu redor ouvirem, Walburga estava ficando roxa de raiva. "Se eu pudesse, eu tomaria Regulus de você também, antes que ele acabe morto com seu castigo de amor."

"Como você se atreve a falar comigo assim?"

"Da mesma forma que você se atreve a torturar seus filhos Walburga", disse ela sem piscar. "Agora, solte o meu pulso e fique longe dos meus filhos."
Sirius estava tremendo atrás de Dorea, que estava em pé como se fosse a rainha do universo, ela não se moveu até Walburga Black se virar e sair.

"Eu disse a você que poderia lidar com ela", disse ela com um sorriso tranquilizador e acariciou bochecha de Sirius suavemente. Sirius notou as marcas no pulso de Dorea, marcas de queimaduras como os longos dedos da mãe dele. “Enquanto você tiver a mim ela nunca poderá chegar perto de você, e saiba que não há nada de errado em você me chamar de mãe. Qualquer um ficaria orgulhoso de ter você como filho e eu também."

"Eu- eu posso curar isso se você quiser m-mãe", disse Sirius, sua voz tremendo com o peso que ele estava sentindo em seus ombros. "Eu tenho ficado muito bom em feitiços de cura."

“Não, Sirius, eu posso consertar isso. Você esqueceu que não tem permissão para praticar magia fora de Hogwarts?" ela lembrou e riu um pouco. "É engraçado que uma mulher da idade dela seja incapaz de controlar sua magia como uma criança."

Os olhos de Sirius ainda estavam fixos no pulso fino de Dorea, seus olhos se enchendo da raiva e tristeza que ele estava sentindo. Ele ergueu os olhos apenas um pouco para dar um olhar culpado para James e viu seu melhor amigo sorrindo calorosamente para ele, ele não escondeu sua pena, mas não precisava. James sempre achou um pouco azarado que Sirius tivesse acabado em uma família tão bagunçada e nunca mentia sobre como ele se sentia sobre aquela situação, sua pena era porque ele se importava.

"Mamãe é uma garota grande, companheiro", disse ele, como se soubesse que Sirius estava prestes a surtar e precisava de alguém para dizer alguma coisa, qualquer coisa. "Ela pode cuidar de si mesma."

"Ele está certo, amor", assentiu Dorea. "Agora, vão, nós não queremos que vocês percam o trem por causa de algo tão sem importância e miserável como Walburga."

"Apenas chame ela de desgraçada, mãe."

"James Charlus Potter", começou Dorea quando brincou sacudindo o braço de seu filho. "Você me beija com essa boca então pare de dizer essa palavra, mesmo que algumas pessoas mereçam, ou então por Merlin eu vou te deixar de castigo até o fim dos tempos."

"Ok, ok", se rendeu James. "Eu vou apenas chamá-la de babaca."

"Esse é o meu menino", ela respondeu e a faísca voltou aos olhos cinzentos de Sirius. Dorea abraçou os dois e deu-lhes beijos na bochecha antes de empurrá-los em direção ao trem. "Não se esqueçam de escrever para mim quando chegarem lá."

"Claro, mãe", disse Sirius com um sorriso antes de ser arrastado por um James ansioso para entrar.

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Harry Potter E Outras HistóriasWhere stories live. Discover now