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  — Ei, como assim? Se encontrar com quem?

  Minhyuk me perguntava preocupado ao me observar correr pelo seu apartamento enfiando tudo que eu encontrava no caminho numa bolsa antiga, mesmo que eu não fosse precisar de nada.

— Policial Shin, ele tem informações sobre meu irmão.

  Falei brevemente indo até a porta. Ele torceu o nariz demonstrando que não aprovava nada nesse pequeno encontro, resolvi não me expressar sobre sua opinião precipitada por conta da ansiedade que circulava as minhas veias, me impossibilitando de me manter parada.

— Não era para ele estar trabalhando no caso dele? 

  Ele falou com uma certa rispidez mantendo uma expressão neutra no rosto.

— Eu que pedi isso para ele. — Tentei dar uma resposta curta como se eu falasse mais isso me tornaria mais lenta.

— Ah e ele vai fazer assim de graça?

Minhyuk prolongou seu interrogatório.

— Fizemos um acordo, posso te explicar depois? — Falei cansada de suas perguntas, tudo que eu queria no momento era encontrar o meu irmão.   Não estava com paciência para falar com Minhyuk, ainda mais sobre ele não gostar de um cara sem motivo nenhum.

  Ele assentiu com certa relutância, joguei a bolsa sobre os ombros o deixando sozinho.
  O clima estava bem quente e sem nenhum vento no lado de fora, algumas nuvens cobriam as estrelas no céu noturno, atravessei a rua entrando na pequena, e bem iluminada, seven eleven. O policial Shin já estava ali ainda de uniforme.
  Dei passos largos para alcançá-lo mais rápido.

— Boa noite, policial.

Ele sorriu com o meu cumprimento e disse.

— Boa noite, Hye Sun.

  Ele indicou a cadeira ao seu lado e eu não perdi tempo  em me  sentar . Parecia que meu sangue tinha sido substituído por cafeína pura, meu coração estava tão acelerado que suas batidas chegavam a ecoar em minha cabeça, causando um certo desconforto em meu peito.

— E então? O que você descobriu?— Não hesitei em perguntar.

— Eu não acho que sejam boas notícias — Ele disse passando a mão pelos cabelos e passeando os olhos pelo lugar, sua expressão transbordava nervosismo.  Eu me encontrava ansiosa e agora aflita, estava prestes a lhe chacoalhar e cobrar uma resposta.

— Seu irmão está em Ilsan, em um manicômio para ser mais específico. — Ele se apressou em dizer como se as palavras fossem um band-aid, se fosse arrancado mais rápido causaria menos dor mas essa tática não funcionou. Naquele instante meu cérebro tinha parado de funcionar. 

— Manicômio? Como assim manicômio? Que manicômio?

— Saint Claire, visitas são restritas mas diz em sua ficha que ele enlouqueceu com o desaparecimento da irmã mais nova.

— Isso é impossível... Não pode ser ele! Changkyun é um dos caras mais racionais que eu já conheci, ele era um gênio. Tenho certeza que não enlouqueceria, ele não era louco! — Aquela fora a notícia mais absurda que já me contaram em toda minha existência, não dava nem para imaginar Chang como um louco. era desesperador só de imaginar.

— Não temos como saber, Sun. Quem o mandaria para lá se ele não estivesse mesmo louco?

  Apesar de seu tom de voz ser tranquilo e cauteloso, sua fala conseguiu me irritar de tal forma que até eu mesma julgava ser impossível, respirei fundo como se o ar a minha volta fosse a paciência necessária para eu não perder o controle. Eu não tinha uma resposta para essa pergunta mas eu tinha uma certeza.

— Olha, eu tenho certeza que nenhuma situação levaria ele à loucura. — Falei obtendo sucesso em não deixar minha fúria transparecer.

— Isso não é o tipo de coisa que podemos " ter certeza " Sun. 

   Respirei fundo desistindo da discussão e tentando focar numa solução para o problema que agora era ele não poder receber visitas. 

Você como policial não consegue fazer nada  para ver ele?

Ele suspirou demonstrando sua frustração.

— Eu acredito que não já que o motivo seja pessoal... ^Você não tem nenhuma ideia de quem possa ter o mandado  para lá? assim seria mais fácil de chegar até ele e entender a história inteira.

  Tentei achar pelo menos um suspeito mas não se passava ninguém na minha cabeça.

— Sempre foi só vocês dois? — ele perguntou percebendo minha frustração, neguei com a cabeça.

— Vivi com uma família adotiva dos meus dois anos aos meus treze que foi quando me mudei com Chang, eles nunca levaram muito o jeito de ser pais, dei sorte de ter um bom irmão mais velho para cuidar de mim e me ensinar as coisas.

— Essa família pode ter alguma coisa a ver com isso?

Hye Sun!! nos encontramos de novo, que divertido.

  Essa garota de novo não...







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