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LEE HYE SUN P.O.V

Acordei com a luz artificial me cegando, olhei para o lado vendo, aparentemente, um médico e outro policial conversando sobre qualquer assunto que possivelmente não me interessava, olhei em volta procurando o que me causava aquele gosto horrível na boca logo vendo a bolsa de soro que entrava por uma agulha lentamente dentro das minhas veias. O que eu fazia aqui?

Me sinto completamente atordoada como se o mundo girasse, tudo na minha cabeça era um borrão, e meu coração parecia que ia explodir, eu sentia uma imensa felicidade mas eu não sabia o porque, Fechei os olhos com força ouvindo aquela voz.

Bem vinda 038.

Me lembrei do meu medo, me lembrei do meu alívio por ter escapado, eu não sabia de onde e nem de quem, eu só conhecia os sentimentos que me causou, todos me atingindo de uma só vez, avassaladoramente, pela segunda vez.

Me desesperei querendo sair dali num pequeno surto de gritos roucos e sem força esperando poder afastar tudo aquilo de mim. Esse sentimento de angústia que até eu mesma desconhecia a causa mas que me sufocavam tanto. Isso atraiu a atenção dos homens que vieram apressados em minha direção.

- Ei, ei! Senhorita! Espere e se acalme!

O policial segurou meus pulsos olhando meus olhos e fazendo eu me acalmar respirando rapidamente e logo em seguida regulando a respiração.

- Pode me dizer seu nome? - Ele me perguntava serenamente fazendo com que eu me sentisse tranquila.

- Lee Hye Sun.

- Sabe em que ano estamos?

- Não exatamente...

- É começo de 2018...

- seis anos...

Sussurrei focando meu olhar na agulha em meu braço.

- O quê?

Ele se aproximou para ouvir o que eu tinha dito.

- Faz seis anos que algo aconteceu comigo... O que foi?

- É o que queremos descobrir, parece que alguém manipulou seus sentidos por muito tempo... Espero que não seja algo permanente.

- Sinceramente, eu não quero lembrar...

- Mas precisamos que lembre. Já encontramos mais de trinta garotas mortas e você foi a única que sobreviveu... Precisamos de você para pergar o culpado e previnir que não acontessa isso a mais ninguém. Tem algum familiar?

- Não sei onde meu irmão está...

- Algum contato de emergência que podemos ligar.

- Tem uma pessoa.

- OK, me passe o número de telefone, estarei com você até o final desse caso, me chamo Shin Hoseok.

Apertei sua mão, torci para que ele não tenha mudado o número do celular por todos esses anos. Eu não posso ficar sozinha agora. Minha idade é 24 mas minha mesnte está estagnada aos 18, Ninha vida se rompeu me fazendo flutuar e ficar apenas a deriva sem saber como agir. Ele discou o número conforme eu ditei levando o aparelho a orelha.

- Será que eu poderia falar com ele?

Ele passou seu celular para mim e a cada bip meu coração acelerava mais, parecia que uma corrente elétrica passeava em minhas veias.

- Alô? - A voz confusa do garoto atendeu fazendo meus olhos se encherem de lágrimas.

- Min-Minhyuk? - Eu estava estremamente feliz por ele não ter mudado seu número.

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