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LEE HYE SUN P.O.V

  Eu sentia a necessidade de fazer alguma coisa e ocupar o meu tempo, esse seria o único jeito de me impedir de pensar em todas as perguntas que eu não podia responder.

  Levantei do sofá analisando todo o espaço em que eu me encontrava, seu apartamento inteiro era um lugar sem muita cor, tudo girava em torno do bege, marrom, branco e preto.
Apesar de sua geladeira ter bastante comida não parecia ser ele que cozinhava, o seus armários não tinham muitos mantimentos e a louça estava quase toda suja. A lavanderia não era tão desorganizada assim mas a quantidade dos cestos com roupas limpas desdobradas era gigante.

Fui até seu quarto meio hesitante se eu devia ou não invadir sua prilllllllvacidade desse jeito, coloquei a mão na maçaneta empurrando a porta.

Era o cômodo mais arrumado e limpo do lugar, sua estante de livros ia do teto ao chão e ficava de frente para sua cama, seu quarto tinha alguns portas-retratos com nossas fotos o que despertava em mim um sorriso triste. Saí dali fechando a porta e começando a arrumar o local.

LEE MINHYUK P.O.V

O Sinal do almoço tocou aumentando a preocupação que eu estava tentando deixar de lado o dia inteiro mas mesmo assim não me deixava pensar em mais nada, Será que ela está com dor de cabeça ainda? Será que ela comeu ? Está tudo bem? Qualquer palavra que dirigissem a mim me lembrava de algo relacionado a ela.

- Por que você está vindo comer com a gente?

Eu não sei se Kihyun estava surpreso ou pedindo para que eu o mostrasse a minha autorização assinada pelo presidente para poder compartilhar do mesmo espaço que ele.

- Pode tentar ser mais respeitoso só para termos uma boa relação? Pela Sunny, huh?

Tentei expressar um sorriso sincero, tentei.

- Nunca tivemos uma boa relação, para quê fingir agora?

Revirei os olhos colocando a bandeja na mesa sem mais nenhum pingo de paciência.

- Kihyun Hyung, seja mais compreensivo.

Um amigo dele falou.

- Como? Eu ainda não entendi porque Sun está morando com ele.

- Pode ser porque ela não quer lidar com suas reclamações vinte e quatro horas por dia ou...- Sorri para ele. - Porque ela simplesmente me ama mais, ou melhor me ama de outro jeito...

- Não me provoque Minhyuk...

Ele me olhou de um jeito ameaçador me fazendo rir por diversão. levantei da mesa levando minha bandeira vazia dali.

LEE HYE SUN P.O.V

  Me joguei no sofá exausta mas completamente satisfeita levantando logo em seguida para lavar meu cabelo, tirei as roupas extremamente largas e deixei a água escorrer por todo meu corpo ainda mal acostumada com meu cabelo curto, desliguei o chuveiro me enrolando numa Toalha e começando a acertar o corte do meu cabelo. A campainha tocou.

- Já vai! - Disse indo em passos largos abrir a porta.

- Boa tarde... - O policial Shin pigarreou antes de continuar. - Boa tarde senhorita Lee.

Ele disse tentando desviar o olhar de mim, olhei para baixo só agora me dando conta que eu estava só de toalha. Dei um grito correndo de volta para o banheiro.

- Me-me desculpe eu me distraí.

Falei dessa vez vestida e da cor de um pimentão vermelho. Ele assentiu com um sorriso que não mostrava seus dentes.

- Gostei do que fez no cabelo.

- Ah, obrigada. - Falei sorrindo e ainda com o rosto rubro.

- Senhorita Lee...

- Hye sun. - o interrompida para que ele não me chamasse pelo sobrenome.

- Hye Sun, eu sei que não lembra de muito mas poderia me falar um pouco sobre sua vida de antes ?

—  O que quer saber?  — Perguntei já desconfortável com a situação, minha cabeça doía por eu tentar lembrar de algo que parecia não estar ali.

  — Vamos conversar como se fosse apenas um diálogo casual ok? — Ele perguntou chegando mais perto como se alguém que não devesse, pudesse nos ouvir.

— Sei que deve ser um saco falar de algo que não pode e nem quer lembrar, mas pense que essas lembranças ajudarão dezenas de famílias das vítimas. Nos ajude a encontrar mais padrões.

— Tudo bem, irei conversar com você mas não prometo te ajudar.

  Me senti um pouco egoísta mas nessa situação eu prefiro pensar mais em mim, não sei como exatamente saí de lá, mas sei que eu não posso focar mais nisso, tenho que superar e seguir em frente, olhar para trás me machuca e a falta e respostas me causa angústia. Se minha teoria de que fui deixada ir estiver certa, não geram mais vítimas.

  Esses anos todos não vão voltar, não posso desperdiçar os restantes pensando nisso.

— Qual era sua escola? — Ele perguntou usando linguagem informal tentando fazer eu me sentir mais confortável, a única coisa que atrapalha era seu uniforme.

— Colégio Hanguk.

  A expressão dele mudou de um sorrisinho amigável para alguém que tentava solucionar uma equação matemática complicada.

— O que foi? — Perguntei me desesperando por ele parecer ter ficado aéreo apenas pela primeira resposta.

— Nada, como era sua relação com estudantes.

  Olhei para ele sem muita confiança em seu "nada". Sua troca de expressão foi quase que imediata.

— Eu não era muito popular mas digamos que era um pouco conhecida, muitos me cumprimentava nos corredores e me chamavam para festas que eu nunca ia, mais que isso só o Kihyun e o Minhyuk.

— O baixinho e o magrelo? Ele perguntou prestando atenção e reescrevendo tudo.

— Qual era sua colocação? O que pensava da escola em geral?

— Eu achava que a escola eraum inferno, não pelas matérias chatas mas pela constante luta pela colocação em um irrelevante ranking social, passar um dia sem ouvir boatos ou narrações de brigas era o ponto alto da semana, e minha colocação era 43 já cheguei até a 32.

— Uhum... — Ele continuava a escrever. — E sua formatura, como foi?

  Vasculhei meu cérebros que parecia um gigantesco labirinto desconhecido e cheio de entradas sem saídas. FiFiquei calada por alguns segundos e ele desviou o olhar de seu caderno de volta para mim.

— Não lembra? Sem problemas, e sua comida preferida?

— No que isso ajudaria na investigação?

— Em nada, só seria uma forma de agradecer sua ajuda, quando estiver disponível pode me dizer.

  Sorri sem saber o que fazer, ele só estava sendo legal ou essa refeição escondia outros interesses ?

  A porta abriu e eu levantei em um pulo deduzindo que Minhyuk havia chegado.











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