Capítulo 3.

30 5 6
                                    

Olá minhas riquezas.

Espero que tenham uma boa leitura.

Beijinhos.

3°Capítulo

A bolsa que me acompanhou nesta visita aos escritórios de advocacia Gonzalez foi jogava contra o sofá, enquanto eu caminhava de um lado para o outro sobre o tapete vermelho escuro da sala, que a minha mãe trouxe da Itália.

Eu sentia toda a raiva controlar o meu corpo enquanto eu apenas pensava que neste momento eu não tinha um centavo na minha conta, que todas as minhas ações estavam no nome da bruxa da tia Helena e que um homem qualquer me chamou menina mimada.

" Assim o tapete fica desgastado." Ouvia voz de Hannah preencher a sala fazendo-me olhar para trás.

A mesma encontrava-se com um pijama branco com bolinhas vermelhas e nos braços estavam seguros livros grossos da universidade e um caderno rosa. Abaixei os ombros olhando para a rapariga a minha frente com um pequeno sorriso nos lábios com um pouco de esperança sobre mim.

Sentei-me no sofá colocando os braços sobre os meus joelhos e abaixei a cabeça sentindo os olhos arderem novamente.

" Hey Mel." Senti o lugar ao meu lado afundar e uma mão puxar os meus cabelos pretos para trás. " O que se passa?"

" O que se passa, Hannah? O que se passa é que nos não temos nada! Não temos dinheiro, esta casa já não é nossa e um homem fodido da cabeça, que por acaso é nosso primo, está sentado agora na cadeira do avô a rir-se de nós, junto com aquela megera velha!" explodi sentindo que este sofá me está a engolir junto com os problemas.

" Ahh Melissa, nunca foste mulher de ficar parada a pensar nos problemas, tu enfrenta-os de frente antes de perguntares quais são e agora não vai ser diferente." Sua mão passou no meu braço passando-me a sua força. " Arranjamos cada uma um trabalho, mudamos para um pequeno apartamento longe do centro da cidade para ficar mais barato e eu saio da universidade para diminuir as despesas."

Levantei-me furiosa batendo com o salto no chão sendo o som abafado pelo tapete felpudo.

" Não Hannah. Eu não nasci nesta família para ter de procurar trabalhinho e viver num buraco. E tu, minha menina, não vais sair da universidade coisa nenhuma." Atirei os cabelos para trás dos ombros colocando as mãos na cintura respirando fundo. " Tenho uma conta poupança num banco fora do país, o dinheiro lá deve dar para pagar por um tempo pelo menos as tuas propinas e as contas de casa."

" E quando esse dinheiro acabar, Melissa?" Hannah pousou os livros sobre o sofá levantando-se. " Ele vai terminar um dia, temos de procurar empregos e viver numa casa com menos despejas..."

A voz da Hannah foi cortada pelo som da campainha tocar. Olhei para Hannah passando rapidamente pela mesma caminhando até ao telefone atendendo a chamada de vídeo do porteiro. Vi uma cabeleira ruiva do outro lado do video-porteiro automático o a voz do nosso porteiro soar no telefone.

"Boa tarde, menina Melissa. Está aqui a sua tia Helena, ela deseja falar com as meninas. Posso deixar entrar?" senti as minhas unhas penicarem a pele da minha mão quando ouvi o nome daquela velha.

" Deixe-a entrar." Desliguei rapidamente o telefone colocando-o com força no lugar. Libertei um grito de raiva chamando atenção da minha irmã esparramada no sofá.

" O que foi mulher? O diabo vem ai?" sua pergunta foi ironia mas a verdade estava lá.

" O diabo não, mas o sócio dele sim." Ajeitei a minha roupa enquanto Hannah colocava as pernas sobre o sofá apenas para me provocar. " Colabora um pouco, Hannah!"

O som de alguém bater na porta foi ouvido por uns segundos assim que Hannah lançou-me o dedo do meio, ignorei-a correndo até a porta ansiosa por saber o que aquela velha queria. Abri a porta com um sorriso falso assim que no meu campo de visão estava uma mulher com um vestido preto no corpo e o cabelo ruivo solto, junto com mais 2 homens bem vestidos.

" Boa tarde, titia e boa tarde senhores." Deixei a porta aberta deixando-me na frente na mesma cruzando os braços. " A que se deve a honra da vossa visita?"

" Esqueceu que está casa é minha agora, Melissa?" a mulher respondeu fria passando a sua mala pesada para o outro braço. Ela olhou sobre o ombro com um sorriso pequenos no rosto. " Podem fazer a avaliação do imóvel, senhores."

Os homens passaram por mim sem sequer pedir licença, enquanto minha tia continuava no corredor com um sorriso malicioso no rosto. Senti o meu corpo esquentar assim como a palma da minha mão pronta a esbofetear aquele rosto podre.

" A senhora não tem o direito de fazer isto comigo. Esta casa era dos meus pais e agora é minha!" aproximei-me dela batendo o meu peito no seu provocando-a pois eu não tinha medo dela.

" Não é isso que diz no testamento do seu avô, menina." A mulher passou por mim enquanto eu levantei a cabeça tentando não chorar naquele momento, fechei a porta rapidamente caminhando atrás dela até a sala. " Vejo que estão aproveitar os últimos minutos nesta casa. Olá Hannah."

" Últimos minutos?" Hannah perguntou sentando-se correctamente no sofá encarando-me. Desviei o olhar para o homem que avaliava a sala de estar, sua mão puxou o quadro dos meus pais para fora do móvel e quase o quadro caiu ao chão fazendo-me caminhar até ele furiosamente.

" Tenha cuidado com isso, seu..." Tirei o quadro da sua mão bruscamente caminhando até a minha tia quase atirando o retrato contra o seu rosto de tão furiosa que estava. " Eu não vou sair daqui, nunca."

" Se não saíres daqui a 2 horas, Melissa, a policia irá tirar-te daqui e levar-te para a cadeia." Hannah olhou rapidamente para mim aflita. " E acho que já passaste vergonha o suficiente nas ultimas 24 horas, querida."

Levantei-me elegantemente continuando a olhar para o rosto marcado pela maquilhagem bem feita da minha tia. Ela podia ter ganhado a batalha, mas não a guerra, eu iria descobrir como é que os nossos nomes desapareceram do testamento e eu juro pela minha vida que iria descobrir o dedo da minha tia.

No entanto, o fim da minha vida luxuosa tinha começado.

              VOTE E COMENTE 

Exigências da VidaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora