| O Melhor Amigo Do Meu Irmão | parte III

- capítulo 37

L e t i c í a

Ainda sentada na calçada, eu pensava em tudo que aconteceu, sinceramente eu não sei o por que se deixar as palavras de Olívia me atingir, mas infelizmente eu não posso controlar isso, elas me incomodam sem eu nem perceber.

Respirei fundo e comecei a caminhar, o dia não estava tão bonito, mas ainda sim era uma bela visão, decidi ir até o hospital em que fiz meu exame de sangue, não era longe, então fui andando mesmo.

- Letícia: - olá, eu vim buscar um exame, era pra ter buscado ontem, mas eu não consegui. - sorri.

- Desconhecida: - claro, nome por favor. - ela disse olhando no computador.

- Letícia: - Letícia Bennet, com dois "n". - ela assentiu.

A mulher procurou nos registros do computador, pediu licença e se retirou, eu esperei de 10 a 15 minutos, ela voltou com um envelope em mãos e me entregou.

- Desconhecida: - desculpe a demora senhorita, tivemos que imprimir seu exame novamente. - ela disse gentilmente. - boa sorte. - ela sorriu.

- Letícia: - obrigada. - assenti e me retirei do hospital.

Assim que sai eu olhei bem para o envelope na minha mão, eu não sabia o que fazer. Respirei fundo e senti meu celular vibrar dentro da bolsa.

[ ligação on ]

Gustavo: - onde você está?

- geralmente falamos um "oi" quando atendemos uma ligação querido.

Gustavo: - eu tô falando sério, onde você está?

Olhei em volta e analisei os locais, olhei para uma lanchonete do outro lado da rua e sorri.

- na lanchonete da rua Benk's.

Gustavo: - estou indo te buscar, não sai dai.

- tudo bem..

[ ligação off ]

Ele desligou sem deixar eu terminar de falar, acho que tem alguém meio bolado comigo.

Ignorei e atravessei a rua, entrei na lanchonete e senti um enorme cheiro de fritura, minha barriga até roncou.

Me sentei e peguei o cardápio, alguns minutos mais tarde vi o carro do Gustavo encostar na frente da lanchonete, ele desceu e entrou.

- Letícia: - tudo bem com você?

- Gustavo: - por que você foi embora sem mim?

- Letícia: - Gustavo?

- Gustavo: - Letícia eu fiquei preocupado, a Olívia disse que você foi embora sem dizer nada.

Ah, a Olívia disse.

Respirei fundo e deixei ele falar, quando ele se calou e esperou uma resposta minha, eu soltei.

- Letícia: - eu tô grávida.

- Gustavo: - Letícia eu.. - ele parou de falar. - você o que?

- Letícia: - eu tô grávida. Ou pelo menos acho que estou, eu ainda não abri o exame. - mostrei o exame pra ele.

- Gustavo: - e você tá esperando o que?

- Letícia: - eu não sei. - respirei fundo. - eu quero muito saber o resultado desse exame, mas tô com medo de me arrepender depois.

- Gustavo: - meu amor, relaxa, tudo vai dar certo. - ele beijou minha testa. - se não acontecer agora, vai acontecer depois, tudo tem sua hora.

- Letícia: - abre você. - entreguei o envelope pra ele.