- capítulo 54 | Último capítulo |

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L e t í c i a

- Gustavo: - amor, tudo bem, vai ficar tudo bem. - eu ouvia a voz do meu marido.

Sua mão estava segurando a minha desde o momento que entrei na ambulância, ele estava do meu lado, mas sua voz parecia estar ficando cada vez mais distante. Minha respiração estava desregulada, senti um calafrio percorrer meu corpo por inteiro, logo senti uma pontada na barriga.

- Letícia: - meu bebê, Gustavo. - eu pude sentir minhas lágrimas saírem. - salva meu bebê.

- Gustavo: - ei, calma, vai ficar tudo bem, nosso bebê vai ficar bem. - ele sorriu fraco.

Sua voz não tinha firmeza nenhuma, era nítido que ele estava me dizendo aquilo apenas para me acalmar, ele não sabia o que podia acontecer ao bebê e eu não o culpo por isso, nem eu mesmo sabia o que estava acontecendo, eu só queria ouvir com firmeza da boca de alguém que meu filho ia ficar bem.

×××

Acordei com um pouco de dor de cabeça, pisquei os olhos algumas vezes antes de conseguir ver claramente, respirei fundo ao ver Gustavo todo torto na pequena poltrona no canto do quarto, meus olhos desceram para a minha barriga, ela ainda estava ali, grande e redonda. Respirei aliviada.

- Gustavo: - você acordou? - ele veio até mim. - está tudo bem? Está sentindo alguma coisa? - ele tocou minha mão.

- Letícia: - estou bem, apenas com dor de cabeça.

- Gustavo: - você me deu um baita susto, mulher. - eles abraçou. - eu já estava prestes a ficar louco. - ele respirou fundo.

Seu coração batia rápido, sua respiração estava pesada, eu imagino o quanto ele estava pirando com tudo aquilo.

- Letícia: - eu sei que você me ama, mas pode deixar eu respirar um pouco? - ele riu.

- Gustavo: - desculpa. - sorri.

- Letícia: - o que houve com a Olívia? - ele olhou pro chão.

- Gustavo: - teve o que merecia. - ele disse seco.

- Letícia: - ela, ela morreu?

- Gustavo: - quando chegamos lá eu dei de cara com ela, ela me disse algumas coisas e meu sangue já estava fervendo com tudo aquilo, ela me apontou uma arma e começou a rir, Gabriel deu o primeiro tiro, logo depois eu dei mais dois. - engoli em seco.

- Letícia: - e os outros dois caras?

- Gustavo: - presos. - respirei. - se eu não precisasse vir com você na ambulância eu juro que eu matava os dois no soco.

- Letícia: - chega disso tudo, eu não gosto nada do que você fez, mesmo a Olívia merecendo e os outros também.

- Gustavo: - eu sei que não, mas era eu ou ela, preferia ela? - eu ri.

- Letícia: - não, claro que não. - ele beijou minha mão. - seu besta. - ele riu. - quando eu vou poder sair daqui? - fiz bico.

- Gustavo: - vou chamar o médico, já volto. - ele beijou minha testa e saiu.

Uma pontada de medo surgiu em mim, por fora parecia estar tudo bem, minha barriga estava igual, mas eu não sabia se tinha acontecido algo com o bebê lá dentro.

- Letícia: - você está bem ai dentro bebê? - alisei minha barriga. - você pode me dar algum sinal? Qualquer coisa, eu só precisar saber que você está bem, meu amor. - uma lágrima escorreu. - talvez você esteja dormindo né, eu entendo, passamos por bastante coisa, mamãe também está cansada, mas promete pra mim que você vai chegar logo, por favor. - limpei minhas lágrimas. - mamãe te ama muito. - segundos depois pude sentir ele chutar.

| O Melhor Amigo Do Meu Irmão | parte IIIWhere stories live. Discover now