• dois

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B e r n a r d o

Depois de alguns minutos eu avistei o grande prédio espelhado, confesso que ele era idêntico aos outros milhares de prédios da cidade de Nova York.

- bom dia, senhor Bernardo. - Inácio disse quando entreguei minhas chaves.

- bom dia, Inácio. - disse ao manobrista. - como vai a Fátima?

- vai muito bem, obrigado por perguntar senhor. - ele sorriu. - eu vou ser pai de novo. - ele contou a novidade com um sorriso enorme.

- sério? Parabéns. - disse o abraçando e feliz por ele.

- tomara que seja um menino, chega de menina. - rimos.

- ah por que, ser pai de menina é ótimo. - eu disse.

- você ainda vai ver o lado ruim espera ela crescer. - ele riu.

- estou bem com a minha pequena, ela não precisa crescer tão cedo. - disse sério.

- também queria senhor, mas infelizmente elas crescem. - sorrimos. - deixa eu ir. - ele abriu a porta do carro. - bom trabalho para o senhor.

- pra você também, Inácio. - meu celular tocou.

Meu pai. Ferrou!

- alô? - disse ao meu pai.

- onde você está, Bernardo? - ele disse seco.

- bom dia pra você também senhor Maurício, como foi sua noite? - disse passando pela porta "especial", como Gabi diz.

- você está atrasado, onde estava com a cabeça?

- eu sei que estou atrasado, já estou no elevador. - disse apertando o botão de número 7 no painel. - tive um pequeno atraso por causa da Samanta.

- minha neta, como vai? Quero que vocês durmam lá hoje.

- não dá pai, o máximo que eu posso fazer é jantar com vocês.

- tudo bem, hoje passa. - ele riu. - anda logo, todos estão esperando o vice-presidente chegar.

Eu não contei? É, eu sou o futuro herdeiro de tudo isso,  meu pai é o presidente da empresa e eu como seu único filho homem, sou o próximo. Querendo ou não, eu carrego um nome em minhas costas, uma grande responsabilidade de honrar o nome Maldonado. Assim que o elevador parou vi Gabriela a minha espera.

- bom dia, Be, seu pai tá quase me matando. - ela me entregou a papelada.

- meu pai sempre tá assim, Gabi. - disse e beijei seu rosto.

- o tio Maurício sempre tá assim com você, não comigo. - ele riu.

- ah, esqueci que você é a sobrinha preferida dele. - revirei os olhos.

- desculpa, amor, eu posso né. - ela se sentou e pegou o telefone. - Bernardo chegou. - ela avisou meu pai e guardou o telefone. - pode entrar, correndo de preferência.

- quer que eu vá voando não?

- se você souber, seria muito bom. - ela riu.

- tchau Gabi, até mais tarde. - disse a ela e virei o corredor.

A sala de reuniões era no final do corredor, andei até lá e abri a porta de vidro, dando de cara com vários homens de terno sentados com a maior cara de isso é hora do vice-presidente chegar?, e eu não estava dando a mínima.

- bom dia, senhores. - disse me sentando na outra ponta da mesa.

Respirei fundo e ouvi meu pai começar a falar, logo meu celular vibrou.

- Tu se fudeu em Maldonado, seu pai quer te matar. KKKK

- Tu adora isso né desgraçado?
Vou te matar Augusto.

- Calma irmãozinho, eu sei que tu me ama.

Eu queria matar esse merda, Augusto é, vamos dizer assim, meu melhor amigo aqui na empresa, é como se fosse meu irmão.

- Vai se fuder desgraçado.

- Sabe o que é isso? Falta de sexo na sua vida.
Mal humor da porra.

- Me erra e presta atenção na reunião.

Olhei pra ele e o matei mentalmente, ele adora me ver se ferrar com meu pai. Ele fala que como eu sou quase o dono da empresa eu nunca me ferro, então quando isso acontece ele aproveita.

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| My Little Girl |Where stories live. Discover now