Do outro lado do rio

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– Sim, digo, eu só queria te agradecer por tudo que feito por ela. – Abracei Laur de lado lhe dando um beijo em sua têmpora, minha namorada me deu um beijo na bochecha e limpou uma pequena lágrima que escapou no meu olho direito.

– Eu amo o que eu faço Camila, me deixa tão feliz ver a felicidade de vocês e o progresso de Lauren, faz tudo valer a pena.

– A senhora é uma pessoa muito especial pra mim Doutora Moore. – Lo falou emocionada e nós duas abraçamos a médica juntas.

– Você também é uma moça muito especial Laur, e tenho fé que um dia ainda vai me chamar de Demi! – Ela brincou.

– Eu não consigo, não sei, eu respeito muito a senhora! – nos soltamos do abraço enquanto Demi e eu ríamos da carinha aflita de Lauren.

– Eu sei meu bem, eu estava brincando! Mas não vai me desrespeitar me chamando pelo nome.

– Eu vou tentar... – Ela sorriu tímida.

– Eu gostaria de ficar mais um pouco garotas, mas tenho que ir buscar a Molly na escola. – Ela olhou o relógio rapidamente.

– Então deixa eu sair daqui antes que leve uma multa! – Ri.

– Ok, estou esperando você no meu consultório Camila. – a médica falou e eu assenti. Ela insiste que eu devo ter algumas consultas, pelo trauma que passamos, acho que tem razão.

– Vou marcar.

– Muito bem moça! – ela sorriu.

Nos despedimos e Lo e eu entramos no carro, ela perguntou se podia ligar o rádio, é claro que eu deixaria ela ligar o que ela quisesse no meu carro, até já me ofereci para ensina-la a dirigir, ela falou que vai pensar.

Ouvíamos e cantávamos Madonna quando Lo chamou minha atenção. – Camz, a gente pode parar num lugar antes?

– Claro meu amor, onde você quer ir? – eu acho que nunca vou deixar de falar feito boba com ela, mesmo que anos e anos se passem, mas é que minha namorada é tão fofa!

– Quero parar numa floricultura. – Ela sorriu tímida.

– Certo. – Acariciei sua coxa e ela entrelaçou nossos dedos.

Dois dias atrás, quando Clara e Arnold foram internados, Lo e eu fomos ao hospital saber das condições dos dois, preferimos não levar o Chris e ele ficou na casa da Ally com a Sofi. Aos perguntarmos fomos informadas de que a minha sogra estava bem, mas precisaria realizar uma pequena cirurgia para tirar a bala, então não pudemos vê-la imediatamente, e nem no dia seguinte, por que ela teve uma pequena complicação, mas ontem à noite ela acordou e hoje fomos permitidas de visitá-la.

Já a situação do Arnold era um pouco mais complicada, ele perdeu muito sangue e precisou de doações, todos os nossos amigos doaram sangue para repor o estoque do hospital, é comum quando alguém precisa o hospital pedir doações de outros tipos sanguíneos também, apenas Dinah não pôde por causa da sua gravidez delicada.

Apesar do quadro dele ainda inspirar cuidados e ainda não ter acordado, Arnold está indo muito bem, se recuperando de forma surpreendente, segundo os médicos. Eu só tenho a agradecer a ele por quase ter dado a vida para nos proteger, sei que esse é o trabalho dele, mas é preciso muita coragem para levar um tiro, dois no caso, para defender alguém.

– Camz, o que acha desse? – Ela me mostrou um lindo buquê com flores do campo brancas.

– Lindo! – Toquei as flores levemente.

– Acha branco uma boa cor? Não seria melhor as coloridas? – apontou alguns buquês em cima do balcão.

– Ain que lindinhas! – pus as mãos no rosto, meus olhos com certeza brilharam ao ver a pequeninas flores de várias cores.

The Tiny DancerOnde histórias criam vida. Descubra agora