3 T/ CAP 7: Mãe.

1.1K 96 1
                                    

Eu sentia o cheiro de rosas em uma almofada confortável, eu rolei na cama até sentir que havia algo que eu estava esquecendo...Eu me sentei rapidamente o que me deixou tonta, e esfreguei a mão na testa, minha cabeça latejou...de repente ouvi um barulho, o sol entrava pela janela e podia se escutar o barulho de lá...Alguem estava batendo nas portas do castelo, e eu sai rapidamente da cama e olhei pela janela, havia uma vasta população, não muitos, mas era grande o suficiente. Rebeldes batiam contra as portas, por que não evacuaram? Será que não acreditam em mim? Eu senti meu coração enfraquecer, eu não era digna desse povo.
Hela ressuscitou seu exército eles atacariam!
De repente o executor de Hela abriu a porta de meu quarto e eu o olhei.
— Eu ainda sou sua Senhora, como ousa entrar em meus aposentos sem bater? — falei, eu deveria soar bem confiante ao lado de Hela, talvez dividir alguns momentos com ela a fariam abrir suas ideias e mentes a mim.
— Desculpe senhora! —disse ele abaixando a cabeça. — A rainha deseja vê-la.
— A quanto tempo eu dormir? — perguntei...
— Um dia e meio.—
Disse e saiu, eu respirei fundo, fiquei desacordada por tanto tempo, espero que nada tenha acontecido enquanto eu dormia, me preparei e saí do quarto com Skurge a frente, minha expressão deveria se manter expressamente fria. Para o bem de Asgard eu deveria impedir Hela, me juntando a ela.
Assim que cheguei ao salão do trono a encontrei sentada ao trono, e senti que ela estava bem demais, como se tivesse conquistado todo o universo.
Eu curvei minha cabeça em gesto de respeito.
— O que desejas, vossa Majestade? — falei e ela me olhou, ela sabia que eu estava tentando o máximo para fingir que estava tudo bem, mas talvez não sabia que eu estava agindo por trás.
Ela se levantou e ficou ao meu lado...
— Finalmente você acordou, está na hora, eu vou lhe ensinar a conquistar mundos. — disse ela e me puxou pela mão, ela me tratava como uma menina de cinco anos andando de mãos dadas comigo, como se fossemos amigas íntimas, talvez ela não tivera um amigo para compartilhar do mesmo propósito, ou um amor como eu tive.
Ela era sozinha e descontrolada.
Nos andamos com seus soldados atrás de nós até a Bifrost, o que eu previ aconteceu, ela tentaria ir a outros mundos... Assim que ela chegou a Bifrost seu olhar cheio de desejo desapareceu...como desejei a espada não estava lá, então presumo que Heimdall conseguiu a tempo. Eu não podia rir ou demonstrar alegria com aquele fato, demonstrar isso colocaria em risco todo meu plano, e despertaria a fúria de Hela.
— Skurge, ela está onde? — disse, e ele saiu correndo até o meio da cabine onde usavam a espada...— A espada é essêncial para abrir a Bifrost, aquelas pessoas que mencionou, as que não estão me aceitando, traga todas pra cá. — disse ela e eu a olhei, ela se virou e saiu andando pisando forte como uma criança emburrada.
Eu a segui de volta ao fim da ponte com seus soldados sem dizer uma palavra... Ela esperava por todos os rebeldes e então eu observei, eu precisava sair dali e avisar o número máximo possível de pessoas... Quando de repente minha mente fugirá de minha consciência e eu me controlei para não desmaiar, e apenas fechar os olhos enquanto estava em pé.
Era Heimdall...ele estava na cidade em algum lugar escondido.
— Princesa... — começou.
— Não é hora para isso, seja rápido ela está distraída esperando a chegada dos rebeldes.
— Eles são uma distração para fugirmos como ordenou, mas ainda há muitos soldados, precisamos de sua ajuda para não sermos perseguidos até o esconderijo, eu estou indo com os que encontrei, ache o número que puder e ajude-os a evacuar Majestade... Eu vou estar sempre voltando para levar mais. — e como pensei, ele saiu de minha mente e eu abri os olhos novamente enquanto Hela estava andando de um lado para o outro.
— Majestade! — falei sem pensar, e agora? Que desculpa eu daria para sair dali?
Hela me olhou...
— O que foi? — disse ríspido e seca.
— Desculpe, mas não posso ver meu povo sendo massacrado novamente, deixe-me voltar aos meus aposentos, quando tiver uma lição nova para me ensinar deixe me ir com você. — ela parou para pensar, isso seria uma trama política muito ruim...— Receio que isso ainda lhe canse, mas só até eu resolver isto! Vá!
Ordenou e dois de seus soldados me seguiam, enquanto eu subia para o castelo, eu precisava arranjar um lugar onde eu podia usar Pan e Dora sem chamar atenção dos outros mortos vivos até que não poderia mais me ver, eu me virei rapidamente e joguei os braços pra cada lado e Pan e Dora apareceram, ainda enferrujada abati os mortos vivos e sai correndo, pulando os muros do outro lado do castelo, eu precisava encontrar a todos para ajudar a distrair os soldados.
Assim que cheguei nas ruas, vi poucas pessoas indo em direção ao castelo, eram os que iriam se sacrificar? Não havia outro jeito? Eu não posso ser vista então, caso Hela os torture eles me entregariam.
Enquanto entrei no beco entre dois grandes prédios vi crianças e adultos correndo pelos lados opostos em direção às montanhas enquanto uns dos soldados escoltavam os cidadãos rebeldes outros impediam alguns de fugir, eu vi três crianças e dois adulto conseguirem sair correndo em direção às montanhas onde ficava o esconderijo e então discretamente eu sai correndo os seguindo enquanto os quatro corriam em direção a floresta.
Enquanto os guardas escoltavam os rebeldes até Hela, coloquei um capuz e sai andando esgueirando entre o centro de comércio, entre diversas barracas seguindo a família.
No entanto antes de chegarem a floresta, soldados os viram e os abordaram, empurram as crianças e os pais uns contra os outros...Eu observei esperando o melhor momento para atacar.
Esperei a rua terminar de ficar vazia enquanto alguns seguiam em frente com o resto do exército, até que o mutirão virou a esquina da rua principal.
Eu caminhei devagar enquanto a mãe protegia os filhos ajoelhados e o pai estava em pé...
— Ei! — falei, e joguei os braços pro lado e Pan e Dora apareceram e o pai se ajoelhou tentando proteger os filhos. Ele parecia respirar aliviado...
Os poucos soldados que tinha se viraram... Eu olhei para a família, para as crianças que me olhavam com medo... — Corram.
E assim que falei eles se levantaram e correram e antes dos soldados alcançarem eu corri em direção a eles e com um único golpe deslize as espada nos dois.
Eles se desmontaram com suas armaduras e chifres em pó, e então antes que eu percebesse um mutirão em busca de refugiados escondidos virou a esquina, enquanto eu acompanhava a família com os olhos entrando na floresta.
Eles pararam antes de entrar na trilha e olharam.
— Obrigada! — disse o pai, eu não pude escutar mas pude ler a expressão de seu rosto e eles correram, e eu me virei, vários estavam a minha frente, torno de 50 soldados mortos vivos, eu não podia deixá-los passar.
— Vocês não vão passar! — falei mas não sentia uma faisca de poder vindo de mim, eu estava fraca após a ressurreição do exército, como se a chama eterna tivesse consumido meu poder como uma bateria.
Mas eu ainda tinha a experiência em batalha.
E então eu corri em direção a eles, e pulei dando um chute no rosto de um deles que derrubou mais dois atrás dele, enquanto outros tentavam me atacar por trás, girei a espada e lancei em direção a eles, e ataquei os que estavam à minha frente, eram 7 derrubados nesse momento... Ainda havia muitos, eu corri para pegar Dora fincada na cabeça de um deles enquanto um tentava me golpear com a espada, com um X eu bloqueei o ataque e ainda segurando com uma das mãos, deslizei a espada pela a armadura em seu estômago o partindo em dois, e senti a presença de mais um para me atacar por trás, ainda de costas chutei em seu peito e ele voou para trás e virei joguei Pan em sua direção o prendendo no chão pela cabeça o brilho de seus olhos desapareceram, o mesmo brilho de minha radiação, meus raios desconhecidos...ainda Havia muitos e eles pularam em minha direção, agarraram meus braços e minhas pernas... Eu consegui chutar um deles mais outros pularam e muitos estavam em cima de mim, meu ar estava acabando... Até que...
Alucinações... Flahsbacks começaram a aparecer em minha mente...
Eu estava em NY atacando os alienígenas que Loki usava para governar a terra... Eu conheci Tony Stark, Vi Steve me olhar serenamente... Eu vi... Armageddon, Talula e seu rosto sorridente, Natasha e seu olhar de orgulho... Eu podia sentir seus corações e felicidade... Eu senti a lágrima rolar em meu rosto.
Papai estava sentado em seu trono...
— Você é Charlotte Odinson, princesa de Asgard. — disse ele e de repente eu parei, eu estava em um lugar escuro havia uma luz a alguns metros de mim e eu andei até aquela luz...E então pisei em grama verde, um campo de flores rosas, azuis e laranjas, era a coisa mais bonita que vi.
Mas onde estou? Estou morta?
De repente, uma brisa prateada me rodeou e se pôs a minha frente e um corpo se formou até... Era mamãe, minha mãe Freega, e eu olhei até que ela abriu os olhos e sorriu docemente pra mim e me vi soluçar e meu rosto molhou cada vez mais e eu não coseguia falar.

The Avengers: ArmageddonOnde as histórias ganham vida. Descobre agora