•• Chapter Five - Importantes Decisões 🌸

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Oioi!

💫boa leitura💫
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Eu corria pela beira do mar, rindo feito idiota enquanto, em minha frente, Louis também corria. Fingia que ele era mais rápido, apenas para poder apreciar mais de sua deliciosa risada enquanto fazíamos aquele pega-pega idiota. Ele olhava para trás toda vez, para ver se eu estava chegando perto dele, e sempre havia a mesma distância mínima nos separando.

Finalmente decidi que era hora de parar com aquilo e pegar meu prêmio. Acelerei e pulei em Louis, o derrubando comigo na areia. Começamos a rir mais ainda, e, quando fui olhá-lo, percebi que abraçava Chester, do Linkin Park, e ele começou a cantar New Devide.

Acordei com o coração completamente acelerado. A voz de Chester saía alta de meu celular, e meu sonho fez um pouco de sentido. Peguei o telefone e vi o nome "Vadia Louca" no visor. Pudera.

- Alô? - Minha voz não saiu muito mais alta que um simples sussurro.

- Harry Styles, onde está o senhor que não está no trabalho?

- Ah... Desculpe-me Eleanor, mas não vou poder ir hoje. Acordei passando muito mal. - Menti.

- Você quer ser demitido, é isso?

- Demitido? - Aumentei muito o tom de voz, eu não merecia. - Por que? Por que fiquei doente? Eleanor, você nunca me deu uma única folga! Eu estou nesse emprego há dois anos e nem férias eu tirei! Você me faz trabalhar de segunda à sábado, e só me dá folga quando precisa ir reabastecer o estoque. Eu preciso respirar!

- Harry, você está alterado.

- Claro que estou! Eu preciso de férias!

- Ok Harry, você pode ficar em casa essa semana. Apenas essa semana. - E desligou na minha cara. V-a-d-i-a.

Levantei de minha cama sussurrando alguns palavrões e me encaminhei desajeitamente para a cozinha. Quase gritei quando vi Louis preparando panquecas e cantarolando. Assim que me viu, abriu seu melhor sorriso, mas meu mau humor era tão grande que nem isso me animou.

- Bom dia, flor do dia! - Ele cantarolou animado.

- Não acho. - Falei seco, passando por ele e indo até minha geladeira pegar um copo de iogurte.

- Mas não é que alguém acordou com o pé esquerdo? - Ele disse enquanto colocava as panquecas na mesa. Sentei-me em frente à ele e peguei uma panqueca. Estava deliciosa. - O que houve, meu caro amigo?

- Eleanor, minha chefe, destruiu minha manhã.

- Como?

- Existindo. - Rolei os olhos e Louis riu. - Me ligou porque eu estava atrasado, e quando eu disse que não poderia ir, ela começou a falar um monte de coisas e acabamos discutindo. Odeio ela, odeio meu emprego.

- Arranja outro, ué.

- Na sua vida, as coisas são fáceis assim?

Louis pareceu analisar minha pergunta por algum tempo. Depois fez uma careta.

- São. - Respondeu finalmente.

- Bom, na minha não.

- O que você gostaria de estar fazendo Harry?

- Bom... - Pensei um pouco. - Eu me formei em arquitetura há um ano.

- Procure algo nessa área, tenho certeza de que você é bom. Agora preciso ir pra vasa. Vou a um teatro à noite, quer se juntar a mim?

- Qual peça?

- Se chama North To South. Conta a história de um garoto que decidiu viajar pelo seu país, sem nenhum dinheiro. Parece ser totalmente legal.

- Fiquei curioso. Quero ir, sim.

- Beleza, passo aqui às 18h. - Ele deu em beijo em meu rosto e saiu.

Ouvi o barulho da porta da sala batendo e soube que estava sozinho em meu apartamento. Fiquei olhando para o prato vazio em minha frente pelo que me pareceu longuíssimos minutos. Talvez Louis estivesse certo, talvez fosse hora de procurar algo com mais minha cara. Algo que eu fizesse por prazer.

Caminhei até meu quarto, onde deixava uma caixa com todos os meus desenhos guardados. Costumava ser muito bom em arquitetura, sempre com as melhores notas da classe, em todas as matérias. Havia feito iniciação científica e até mesmo havia sido convidado para um projeto no exterior, quando passei um ano na Rússia. É, além de minha língua natal, o inglês, eu falava russo, espanhol, francês e alemão. Eu era um cara prendado.

Remexi a caixa e encontrei um monstro verde desenhado aos meus sete anos, encontrei uma silhueta feminina desenhada aos quatorze, um quarto de hotel desenhado aos dezessete, um prédio russo desenhado aos vinte quando passei um ano na Rússia e, por fim, o interior de uma igreja gótica, parte do meu TCC, aos vinte e dois anos. Alguns ainda poderiam ser aproveitados.

Juntei tudo o que poderia ser útil em minha vida, sentei-me em frente ao notebook e comecei a digitar meu currículo. Não foi um processo muito longo e em pouco tempo, havia concluído. Então, comecei a mandar para todas as empresas de engenharia civil que precisava de arquitetos.

Quando finalmente mandei tudo, chequei o relógio e quase caí de minha cadeira, faltavam apenas quinze minutos para que Louis chegasse e eu tinha a sensação de que ele não iria se atrasar.

Corri para o banheiro a fim de tomar um banho rápido. Deixei que a água tirasse de mim qualquer preocupação que pudesse ainda existir. Com um pouco de sorte, logo, logo, eu estaria trabalhando com o que realmente gostava, e, a melhor parte, longe de Eleanor.

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• De chefes como a chefe do Harry, eu tô correndo.

• Dedinhos cruzados para que o Hazza consiga o emprego dos sonhos dele.

Até a próxima.

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