Capítulo Um

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Junho. O mês dos meus sonhos. O mês perfeito.

Minhas férias finalmente iam começar, um bom lado que posso esquecer o sentido responsabilidade do conhecimento e ser mais adolescente. Mês passado, escrevi e reescrevi a lista de coisas para fazer nas férias, na verdade, as duas listas: a primeira, férias e curtição, a segunda, da grande festa de aniversário. Ser filho único tem suas vantagens e desvantagens, para mim, a única desvantagem é desde os seus dez anos de idade ter festas caras e luxuosas; antes era tão legal rever a família inteira, poder convidar todo mundo, rasgar todos os presentes e torcer para algum ser algum computador portátil. Mas, aos meus atuais dezessete anos de idade, o mais interessante é sair com os amigos e tentar algo mais jovem. Beijar talvez, ou melhor, namorar. Conscientemente, fazer sexo é para adultos. Nunca entendi a literatura da sexualidade, contudo, sempre fazia atos de adolescentes normais na puberdade, se masturbar e conversar com seus amigos até nascer o dia.

Sou um garoto simpático e feio — como todo mundo me chama —, com um nome simples e bíblico, magro e estudioso, feliz entre qualquer circunstância. Quando completei meus quatorze anos ganhei uma revista masculina norte-americana sobre atores adolescentes, onde percebi que uma boa pele, músculos e olhos atraentes, fazia qualquer um se lamentar por não ter beijado ou "pegado" — igual a linguagem escolar do ensino médio. O lado positivo foi a aprovação da minha mãe para a academia, o problema era carregar peso e tomar aqueles sucos horríveis. Por isso desisti dessa ideia já na puberdade. A única pessoa verbalmente dita a testar a minha antiga ideia da puberdade foi meu amigo Marcelo, sendo assim escrito oficialmente, Marcelo Torres Nóbrega. Após esta minha ideia maluca passar, ele pensou em fazer, não por inveja, mais por conseguir ou conhecer pessoas, exclusivamente meninos; Marcelo se assumiu para sua família como bissexual no natal do ano passado, onde felizmente a família o acolheu de braços abertos. Marcelo era o garoto chamado "acessível" na escola. Nem alto, nem baixo, nem preto, nem branco, nem feio, nem bonito, porém era chamado por alguns de Garoto Perfeito. Conheci ele no sétimo ano do Ensino Fundamental II, atualmente estamos no segundo ano do ensino médio, ele antes, sempre quis tirar minha virgindade de boca, contudo eu sentia que ele não era a pessoa certa. Agradeço pelo menos, por nossa amizade ter existido e seja até o fim, ele é legal. E agora me entende!

Todos os dias quando me olho em frente ao espelho, não me desgasto. Compreendo-me ver a minha própria beleza, pois isso nunca deixei o meu redor me derrubar. Graças ao Pai que não tenho baixa autoestima, penso diariamente. Mesmo o meu rosto tendo cravos, espinhas, oleosidade excessiva, poros abertos e células mortas, como qualquer outro adolescente, meus olhos eram verdes. Um verde puxado a esmeralda. Que achava lindo, não só os olhos, mas o mérito de beleza que apenas eu posso enxergar. E minha peregrinação de lindo jovem prossegue a cada manhã.

Minha felicidade nunca se manteve em uma balança psicológica.

Sou feliz por ser feliz; literalmente deve ser o motivo por nunca ter namorado ninguém. Sempre fui ruim de pensamentos amorosos, algo que pode machucar você só por senti-los — como todo mundo sente . Acredito a este tema: No amor, no triste fim para a separação, é melhor levar um corte com uma faca de churrasco do que uma dor no coração romântico.

Sua vida vale mais do que um simples alguém, ou melhor, um aparente amor de alguém. 

P.S DO SEU ROMEU ANONIMO / Livro I Tahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon