Entre anjos e demônios

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– Eu sou chata é? Sou chata? – ela se contorcia e tentava me parar, mas estava fraca de tanto rir.

– Não! – ela ficava cada vez mais vermelha.

– Não o quê?

– Você não é chata! Sua chata! – eu não aguentei e cai em cima dela rindo, Lo ainda estava ofegante, eu também.

– Mas você ama essa chata aqui...

– Amo. – ela me deu um selinho.

– Ama? Só ama?

– Não, amo muito, muito, muito. – Lo sorriu, mas mordeu o lábio pensativa. – Você já se apaixonou antes?

– Sim, algumas vezes.

– Uma vez a Mani estava p-pesquisando da internet e viu que você namorou uma moça chamada Ariana.

– Isso é verdade.

– E v-você era apaixonada por ela? – Ela me perguntou com uma pontinha de insegurança.

– Não exatamente, digo, eu gostei dela, mas nossa relação era mais de amizade, apesar de que nós duas transáv... – Ela tapou minha boca de repente. – Ei! – Eu ri quando ela tirou a mão. – O que foi?

– Não quero saber o q-que você fez com outra pessoa!

– Mas foi muito antes de você amor. – Eu ri novamente.

– Não importa.

– Lo, foi você mesma que perguntou. – Revirei os olhos sorrindo.

– Eu só q-queria saber se você gostava dela do jeito que você gosta de mim, n-não se essa pessoa te beijou, ou seja lá o que for, não g-gosto nem de pensar nisso! – Eu gargalhei, ela com ciúmes é tão fofa e ao mesmo tempo tão engraçada.

– Pois saiba, que eu nunca, nunca amei ninguém do jeito que eu te amo. Você é única, o que eu sinto por você é único, completamente novo pra mim. – Ela sorriu vermelhinha, mas pareceu muito feliz.

Ficamos mais sérias, apenas admirando e fazendo carinho uma na outra, eu realmente nunca senti o amor de uma forma tão intensa, é tão engraçado, só de olhar para ela eu sinto uma leveza dentro do peito, uma alegria que me faz querer sorrir e chorar ao mesmo tempo, de tanta felicidade.

Iniciamos um beijo calmo, sem pressa, apenas apreciando o amor imenso que habitava nossos corações, e que os lábios traduziam tão bem, naquele movimentar leve, mas tão intenso e cheio de tantos sentimentos. Aprofundamos um pouco, apenas lábios já não eram suficientes, as mãos queriam tocar, sentir, “ver”.

Mas o telefone dela tocou...

– Oh, droga... – Lo suspirou e eu sorri escondendo o rosto no pescoço dela.

– Atende, acho que é o seu pai.

– Pior que é ele mesmo! – Lauren arregalou os olhos e quase derrubou o aparelho antes de atender.

– Calma amor. – Segurei sua mão e esperei enquanto minha namorada falava com o Mike.

– Certo pai, estamos esperando... S-sim, Camila está comigo, ok. – E desligou.

– E então?

– E-ela está vindo. – Lo respirou fundo, já estava começando a tremer.

– Que bom amor! – tentei anima-la

– Eu não sei, e se ela n-não gostar de mim?

– Não tem o menor risco disso acontecer. – Eu sorri e a abracei, ela estava mesmo nervosa e tremendo bastante.

The Tiny DancerWhere stories live. Discover now