Pensando nisso, não culpava Diana por surtar comigo, por gritar e correr. Mas não podia imaginar que vê-la ao lado de Jerry poderia doer tanto.
Ele foi único capaz de acalmá-la. Provavelmente ele a escutou pacientemente, cada palavra sem interrompê-la.
Era isso que ele fazia. Escutava, prestava atenção e fazia com que se sentisse segura se quisesse chorar ou apenas permanecer em silêncio.
"Ei, você esta bem? " indagou Gilbert no dia seguinte
"Hum, claro. Porque não estaria?"
"Por causa da briga com Diana"
Funguei e tentei enxugar o rosto da melhor maneira possível. Mas ao julgar pelo olhar de pena que Gilbert me lançou soube que fracassei.
E odiei.
Odiava chorar por tudo e há todo tempo. As emoções me governavam e papai dizia que isso era irritante nas mulheres e talvez ele tivesse razão.
Gilbert pois a mão sobre meu ombro dando um aperto suave.
"Não chore" pediu.
"Eu não estou" menti "Foi só um cisco no meu olho, nos dois" Gilbert sorriu e circundou meu ombro me dando um aperto suave.
Ele era único que sabia a verdade, sabia que garoto francês havia roubado meu coração. Era tão estranho estar sendo abraçada por Gilbert agora. Não sentia nada, não sentia as pernas fraquejarem, muito menos o coração saltar disparado.
Um dia ele foi todo meu mundo, todos os meus sonhos e agora era apenas um bom amigo que partilhava da mesma angústia que eu.
A inconstância do sentimentos de Anne.
"Por que não fala com ele?"
"Falar o que? Ele não quer minha companhia Gilbert. Eu chego e ele sai, eu olho ele desvia o olhar. E como se fosse uma praga' ou coisa assim. Quem sabe eu seja mesmo"
"Ei, não repita isso. Você não nada disso!"
Dei ombros me afastando dele que estranhou, franziu a testa.
"Anne" murmurei "Não quero que tenha ideias equivocadas novamente. Não quero atrapalhar mais do que já atrapalhei"
"Eu não acho que você tenha sido o problema Ruby. Mas Anne a usou como se fosse"
"O que quer dizer?"
"Nada" ele suspirou olhando para ela "Eu só não a culpo por nada"
"Pois deveria toda essa confusão foi por minha causa" olhei para Anne e balancei a cabeça.
Na maioria das vezes era difícil entendê-la. Ela tinha Gilbert Blythe aos seus pés desde primeiro momento em que ele a viu e mesmo assim ela fugia dele. Renegava o que sentia, sofria ela de lado e ele do outro.
Talvez ela gostasse da angústia da antecipação. Tinha medo do depois, de finalmente ter e perder.
Eu me sentia da mesma maneira agora. Desejando tão ardentemente ser amada uma outra vez. Mas não saberia o que fazer se me dedicassem amor.
🌻
Alguns alunos mais velhos como Josie, Gilbert e Billy começaram a falar sobre seus planos para futuro. Após uma aula empolgante da senhorita Stacy.
Que perguntou a cada um o que queria ser, o que esperava do amanha. Do futuro.
Como será o mundo daqui há cinquenta anos. Ela pediu uma redação sobre isso. E quando a parte de imaginar meu futuro chegou. Travei.
Fiquei olhando a folha em branco observando meus colegas escreverem animados ou desanimados como no caso de Diana que bufou umas duas vezes.
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Teen FictionAssombrado pelas lembranças de Avonlea e da espirituosa Anne Shirley, Gilbert Blythe retorna para casa após uma jornada de um ano para refazer os passos de seu falecido pai. Embora buscasse aventura e autodescoberta em terras distantes, seu coração...
XIV - The inconstancias of the heart
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