Alícia
Minhas mãos começaram a tremer e eu a me afastar... Mas depois do medo, a raiva me dominou quando eu lembrei de tudo que ele havia feito à minha mãe.
-Você não é meu pai! - falei pausadamente.
-Olha! Teimosa e bocuda igual a vadia da mãe! Aliás, onde ela está? Ah é, morta.
Com raiva e lágrimas nos olhos, lhe dei um chute no meio das pernas e tentei correr, mas ele foi mais rápido e puxou meu braço.
-Filha da puta! - disse e deu um soco em meu rosto, fazendo com que minha bochecha sangrasse.
Ele continuou se aproximando, e mais uma vez o medo me consumiu.
-Eu estava bolando um plano para te achar, mas olha como a vida nos surpreende! Você tornou tudo mais fácil!
-Você é um desgraçado que deve morrer! Eu tenho nojo de você! NOJO! - falei e ele me empurrou, segurando meu pescoço contra a parede.
-Você ta achando que isso é aqui é uma brincadeirinha? - seus olhos escuros me fitavam enquanto suas mãos seguravam meu pescoço, me deixando com falta de ar.
-O que você quer de mim? - falei quase em um sussurro, com dificuldade.
-O mesmo que eu queria com sua mãe! - ele soltou uma das mãos do meu pescoço e começou passá-la pelo meu corpo enquanto olhava em meus olhos.
-ME SOLTA, PSICOPATA! - comecei me debater mas ele era mais forte. Lágrimas percorriam pelo meu rosto, fazendo o corte arder.
Então me lembrei de um programa de TV que assisti uma vez, e soquei seu nariz. Não era bem assim que acontecia, mas funcionou, pois ele recuou imediatamente e seu nariz começou a sangrar.
Comecei a correr sem olhar pra trás e só parei quando escutei um tiro.
Me virei e ele tinha uma arma na sua mão.-Você quer apelar? Então agora vai me conhecer de verdade. - ele tinha a arma apontada em minha direção. Pensei em correr mas vi dois caras se aproximando alguns metros atrás dele - Agora você vai se virar e entrar nesse beco ao seu lado.
Me virei e comecei entrar no beco. Eu estava desesperada, por mais que não mostrasse.
De repente senti um puxão no meu cabelo e mais uma vez ele me empurrou na parede, me fazendo bater a cabeça.
-Mais um dos seus planos, e as coisas... - ele foi interrompido e um segundo depois estava no chão. Era Steve, que lhe acertava mais socos agora.
-Você está bem? - ele perguntou, se virando pra mim. Antes que eu pudesse responder, o desgraçado estava encima dele.
-Olha quem se juntou a nós! Steve! - ele sorriu e começou a bater em Steve. Eu não sabia o que fazer, então comecei a procurar algum ferro para bater nele. Foi quando avistei sua arma jogada no chão.
Fui até ela e um segundo depois eu a apontava pra ele.
-PARA! - falei, sentindo minha cabeça latejar e minha garganta arder.
Ele olhou pra mim e se levantou, gargalhando. Seu rosto sangrava.
-Você não tem coragem!
-Mas eu tenho! - mais um soco e ele caiu. Steve levantou e o prendeu no chão. Eu olhava a cena em choque.
-Você deveria morrer, mas eu vou deixá-lo vivo pra pagar por tudo que fez! - Steve falava com raiva.
-Você está bem? Ali! - eu não tinha percebido a presença de alguém ali, mas quando olhei, Cameron segurava a minha mão erguida com a arma.
Abri a mão deixando a arma cair e comecei a chorar. Cameron me envolveu em um abraço e me apertou forte.
-É tudo culpa minha! Me desculpa! Eu não devia ter discutido com você por causa de uma coisa tola! Não sei o que deu em mim...
No minuto seguinte, sirenes se aproximavam e policiais vieram até nós, mas eu não soltei Cameron. Apenas fechei os olhos.
-Ali, está tudo bem agora! Os policiais vão cuidar de tudo. Céus, você está tremendo! - ele se afastou e tirou o moletom, o vestindo em mim - Olha o que ele fez com você! - falou passando a mão em minha bochecha.
Eu não dizia nada, apenas olhava a cena. Os policiais levavam ele que estava quase desacordado e Steve veio até mim.
-Vamos pro hospital, você vai precisar de pontos! - exclamou Steve.
Fomos até o carro e partimos até o hospital. A enfermeira dava os pontos e limpavam minha bochecha enquanto Steve buscava meus remédios para dor. Cameron em momento algum soltou minha mão.
Fomos para o apartamento de Steve. Assim que chegamos, tomei um banho e coloquei um pijama de mangas compridas.
Deitei na cama e a porta se abriu. Era Cameron.
-Ali... - ele se sentou ao meu lado.
-Não foi sua culpa Cameron. Não foi culpa de ninguém, apenas dele. - falei pela primeira vez, com a voz fraca.
-Você sabe que foi... eu sou um idiota! - ele se deitou ao meu lado e vi que sua feição era de mágoa.
Me aproximei e deitei a cabeça em seu peito. Segundos depois eu chorava. Chorava não só pelas feridas físicas, mas também pelas psicológicas.
Cameron me abraçou forte, e percebi que ele também chorava. Ambos estávamos feridos.
E só nós dois éramos o remédio que podia amenizar um a dor do outro.
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to atrasada mais cheguei kkkkoi gentee!
primeiramente, me desculpem pela demora, mas meu celular teve um problema na bateria e eu não gosto de escrever pelo notebook.
enfim, vou recompensar vcs e postar dois capítulos essa semana!
ah, leitores fantasmas, apareçam! eu juro que não mordo! 👻
não se esqueçam de votar (☆) e de comentar o que estão achando, pois é isso que me motiva a escrever mais capítulos!
beijos de luz e até o próximo capítulo!
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Um Príncipe Em Minha Vida (Concluído)
Teen FictionAlícia Montgomery é uma menina de 16 anos que desde pequena foi criada por empregadas e tutoras. Seu pai lhe abandonou quando criança e sua mãe nunca lhe deu atenção, além de nunca permitir que ela saísse pra fora daqueles muros que rodeavam a sua m...