"Eu posso tentar parar com isso, o quanto eu quiser
Mãos pra baixo, eu perdi esta luta
Achei que fosse forte o bastante para você
Mas não consigo esconder a verdade
Então acho que este é o meu fim
Então acho que este é o meu fim
Assim"Like this - Shawn Mendes
Alícia
-Oi... - falei tímida assim que voltei para o quarto.
Minha mãe me olhou surpresa e abriu um sorriso triste.
-Achei que você não voltaria. Olha, eu sei que você está com raiva e confusa, mas...
-Está tudo bem. - interrompi - Eu só quero aproveitar pra estar com você enquanto eu ainda posso. - Falei quase em um sussurro e meus olhos encheram de lágrimas.
-Ah filha! -minha mãe me chamou pra um abraço e eu fui, encostando a cabeça em seu ombro.
Segundos depois nós duas chorávamos.
-Eu sinto muito, muito mesmo que você tenha que passar por isso!
-Eu também sinto, mãe. - falei me afastando do abraço. - Mas o que foi feito jamais ser a desfeito, certo? - ela assentiu triste.
Alguns minutos depois alguém bateu na porta e logo ela foi aberta.
-Posso entrar? - era Cameron. Antes que pudéssemos responder ele já estava ao meu lado.
-Te deixaram vir? -perguntei, lembrando que só podiam entrar familiares.
-Não, eu vim escondido. Steve está comprando mais um café, deve ser o quinto já. - ele sorriu pra mim e logo se virou para minha mãe.
-Olá, alteza. - ela sorriu.
-Só Cameron, por favor. - ele sorriu de volta.
-Acho que te devo um pedido de desculpas, por ter empurrado Alícia pra você por causa do seu "dinheiro" - ela fez um sinal de aspas com a mão. -Na verdade nunca foi pelo dinheiro, é que eu estava desesperada pela segurança da minha filha, e achei que você seria uma boa pessoa pra ela. Na festa não deu certo porque ela é muito teimosa, mas fico feliz pela coincidência de agora serem amigos.
Eu sorri um pouco envergonhada e Cameron olhou pra mim.
-Que nada, fico feliz em ter a oportunidade de ter Alícia em minha vida - sorriu -Aliás, eu tenho uma pergunta. -falou se voltando pra ela.
-O que você quiser. - ela sorriu.
-Sem querer ser inconveniente nem nada, mas você não era a mãe chata que não deixava a Alícia fazer nada?
Ela olhou pra ele com semblante divertido e respondeu depois de pensar um pouco.
-É assim que você me apresentava para seus amigos, Alícia? -fiz uma careta envergonhada e fingi que não tinha escutado enquanto olhava pra um vaso que tinha no quarto. -Está tudo bem, eu era essa mãe horrível mesmo. Mas é complicado, Cameron. Algum dia a Alícia te explica a história toda, agora eu só quero te pedir uma coisa. - ele assentiu -Quando eu partir, você promete que vai cuidar dela? - ela agora tinha lágrimas nos olhos
-Mãe, vai ficar tudo bem! - eu disse também chorando e indo até ela. - Você não pode desistir assim.
-Filha, eu sei que as chances disso acontecer são enormes, e não quero que você tenha esperanças sobre mim, eu só...
-Você viveu tão pouco, isso não é justo, mãe, você nunca pode ter uma vida normal. - eu chorava cada vez mais.
-Ei, está tudo bem. Eu nunca tive uma vida maravilhosa, mas as dores me tornaram cada vez mais forte, e filha... - ela segurou minha mão. -Ter a oportunidade de estar com você aqui, agora, juntas e sem brigarmos por mais de um minuto - ela sorriu entre as lágrimas - é a melhor coisa que eu poderia pedir. Eu vou feliz e em paz por saber que você não está sozinha... não mais. - ela se virou pra Cameron. -Por favor, prometa!
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Um Príncipe Em Minha Vida (Concluído)
UngdomsfiksjonAlícia Montgomery é uma menina de 16 anos que desde pequena foi criada por empregadas e tutoras. Seu pai lhe abandonou quando criança e sua mãe nunca lhe deu atenção, além de nunca permitir que ela saísse pra fora daqueles muros que rodeavam a sua m...