5 - Uma proposta

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5 - Uma proposta

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5 - Uma proposta

— Sabe o que é mais louco?

— O que? — perguntei curiosa, enquanto a música embalava-nos e agitava-nos.

Estávamos a um bom tempo dançando. Para um homem que parecia ser tão sério, Merlin tinha bastante desenvoltura e arriscava dar alguns passos. Ele não é um ótimo dançarino, mas se virava bem na pista de dança. Sabia exatamente como me conduzir. Dançar com ele não era nada mal. Ao menos, os dois pareciam estar se divertindo.

— Embora o meu coração tenha sido jogado aos leões, você está sendo capaz de arrancar sorrisos meus. O que eu quero dizer é que não precisa pedir desculpas por ter me bombardeado de informações,  até que consegui me distrair tentando ajudá-la.

Merlin sorriu mais uma vez e, diante das suas palavras, um sorriso também cruzou os meus lábios.

— É bom saber que esse meu drama mexicano te diverte.

Merlin gargalhou.

— Desculpa, mocinha, mas sim, me diverte. Mas e então, o que você vai fazer quando chegar em casa? Pelo que me disse, a sua amiga, Diana, mora com você. Estou certo?

Oh, droga! Não tinha pensado nisso. Não tinha mesmo! Ir para casa e dar de cara com Diana me esperando no sofá? Eu até imaginava a cena. Em seus olhos certamente haveria uma profunda mágoa. Ela faria chantagem emocional, choraria, me diria que sou uma péssima amiga e, por fim, afirmaria o quanto sou traíra. Não! Eu não estava pronta para encarar o furacão Diana.

— Eu não posso voltar para casa hoje. Estou cogitando seriamente em dormir no banheiro desse bar em cima de uma poça de vômito meu. O que você acha?

Ele sorriu.

— Me parece uma boa idéia. — seus olhos escanearam-me mais uma vez. Ele pareceu pensar um pouco, para logo depois, perguntar: — Mas, se quiser, pode ir até a minha casa.

Eu o olhei duvidosa, tentando entender quais eram as suas reais intenções. Contudo, ao notar o meu olhar enviesado, ele limpou a garganta e tentou novamente:

— Não é como se fôssemos acabar a noite na cama, mocinha. Estou apenas sendo gentil e tentando ajudar a estranha que não hesitou em me pedir conselhos em um bar. Depois de toda essa conversa somos quase íntimos, não?

— Estou seriamente começando a cogitar que você seja mesmo um pedofilo.

Mesmo que eu não quisesse admitir, na minha mente safada, acabar a noite na cama com Merlin não seria má ideia.

— Eu não sou pedofilo, mocinha.

Eu ri.

— Ainda tenho minhas dúvidas.

Merlin revirou os olhos, mas um sorriso quase imperceptível ainda modelava os seus lábios.

— Mas eu aceito.

— Aceita o quê?

— A sua gentileza.

Devo lembrar aqui que era a bebida falando por mim e não a Aída sóbria e madura o suficiente para não aceitar um convite despretensioso de um estranho.

Merlin sorriu e eu também.

Para uma noite cheia de confusões, o que era aceitar um convite de um estranho no meio disso tudo?

Para uma noite cheia de confusões, o que era aceitar um convite de um estranho no meio disso tudo?

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Instagram da autora:
@trizsbeatriz

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