4 - Ele decide se confessar também

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4 - Ele decide se confessar também

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4 - Ele decide se confessar também

— Eu quero dançar, você quer dançar? — perguntei animada.

Devo lembrar aqui que eu não era mais eu. Eu estava completamente bêbada, portanto, depois de mais uma dose, eu não me responsabilizo pelos meus atos dali em diante. Merlin, o querido estranho, também já bêbado, fez que sim com um aceno de cabeça, sorrindo.

— Claro. Porque não?

Depois da sua confissão, Merlin não era mais um completo estranho, mas sim, um estranho quase não tão estranho assim.

Ah, é, deve estar se perguntando de que caralhos de confissão eu estou falando. Vamos lá, vou contar.

Depois de ter contado a Merlin que eu tinha transado com Danilo, um dos melhores amigos de Vinícius, fiquei completamente alterada. Chorei como um bebê melequento devido a bebida, ralhando compulsivamente que eu era uma fodida e que tinha fodido tudo. Resultado? Merlin me ofereceu um guardanapo sujo disposto no bar e, com a sua calma invejável, falou:

— Se você é uma fodida por isso, o que eu sou então?

— Como assim?

Olhei para Merlin sem entender o que ele estava querendo insinuar e, com um sorriso, ele continuou:

— Hoje eu descobri que fui traído pela minha namorada. Detalhe? Eu iria pedi-la em casamento.

O que? Não era possível! Sério isso? Merlin era extremamente bonito e, pelo pouco tempo que havia estado ao seu lado, pude constatar o quanto era extremamente prestativo, paciente e legal. Bem, eu não podia afirmar que ele fosse um ser humano incrível, afinal, não conhecia nem 1% dele. Contudo, fiquei mal por ele. Imagina só descobrir que foi traído bem no dia em que iria pedir a namorada em casamento? Ele devia amá-la muito. Muito mesmo. De repente me senti extremamente mal por despejar feito uma louca todas as minhas dores em cima dele. Imagina só ter que ouvir uma pessoa ralhar convulsivamente que não ama o melhor amigo, enchê-lo de drama adolescente sendo que ele havia acabado de descobrir uma traição? Porque você só faz merda, Aída? Porque?

— Aí meu Senhor, sinto muito. — tratei de falar apressadamente: — Eu sou uma burra mesmo. Estou aqui te enchendo mais ainda de problemas enquanto você me ouve calado e ainda tem que lidar com a dor de acabar de descobrir que foi traído pela namorada. Mas que merda de namorada é essa, afinal? Quem iria trocar um homem desses? — ops! A boca grande atacou novamente. Embora eu estivesse alcoolizada, me senti envergonhada. Principalmente quando Merlin arqueou a sobrancelha e sorriu fracamente: — Quer dizer, você me parece uma boa pessoa. É... Sinto muito. Prometo não mais incomodá-lo.

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