Anne O'Neil esconde seu passado turbulento com muito trabalho e se mantendo o mais longe possível de seu pai abusivo. Após uma gravidez indesejada na adolescência e consecutivamente a morte de seu filho, ela se vê diante de uma depressão profunda, s...
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Tentei manter Harry o mais longe possível do que eu estava tramando, mas depois de crescermos juntos, eu deveria ter previsto que ele conseguiria descobrir alguma coisa. E tenho certeza que Kendra foi o motivo disso, porque ela foi a pessoa que pedi para ver as coordenadas do endereço do médico e sabia de todos os e-mails que vinha recebendo de Joshua.
Meu melhor amigo estava pior do que uma criança birrenta, nervoso porque não o queria naquilo comigo. Estava pronto para ir até o vilarejo quando ele bateu a minha porta, dizendo que iria comigo de qualquer forma.
- Me deixa ir com você, por favor! - Ele insiste, me observando recolher minha carteira e a chave do meu carro. Refiro os olhos para a sua insistência e continuo o ignorando. - Eu posso ser eficiente.
- Não, eu vou fazer isso sozinho. - Pego o elevador e Harry entra nele antes que seja tarde demais.
- Qual é, eu posso ser útil. Lembra que fiquei na academia de polícia por três anos? Eu era ótimo! - Ele se gaba, mas sua afirmação serve para me fazer rir.
- Por isso é gerente administrativo agora? - Pergunto com um falso humor, o deixando mal humorado com as minhas palavras. - Olha, eu não vou usar a violência.
- As vezes pode vir a calhar. Talvez o dinheiro que está levando não será o suficiente e ele pode apagar você por saber demais. Já pensou nisso? - Harry tagarela no meu ouvido mais um pouco, me causando dor de cabeça.
- Não e você está sendo muito dramático e precisa parar de assistir filmes com o Nate, está mexendo com a realidade da sua mente. - Foi a vez dele banalizar minhas palavras.
- Confia em mim, Zayn. Sou apenas um reforço. - Ignoro suas palavras, já de saco cheio. O elevador para na garagem e vou em direção ao meu carro, destrancando o mesmo. - Eu fico dentro do carro e....
- Porra! - Eu exclamo, não conseguindo mais ouvir a sua voz. - Tudo bem, você pode ir. Mas sem dar um pio dentro desse carro, ou eu deixo você sozinho no meio da estrada.
- Ok. - Ele comemora com um sorriso, ocupando o banco do passageiro. Reviro os olhos, entrando no carro também e finalmente dando partida.
Eu realmente achei que ele fosse ficar calado durante todo o trajeto, mas estava totalmente equivocado. Tive que parar três vezes na estrada para ele ir ao banheiro, em uma delas voltou com uma batata chips e ficava mastigando aquela coisa fedorenta no meu ouvido. As músicas que ele escolhia não eram nada boas e durante as duas horas que dirigi ouvi sobre como é chato para ele aguentar a greve de sexo que Louis está fazendo.
Não respondo a nenhuma de suas perguntas e nem comento sobre as novidades contadas, apenas concordo algumas vezes e continuo a dirigir como se nada estivesse me incomodando. Mas por dentro eu posso garantir que estava prestes a explodir!
- Ok, chegamos! - É a minha vez de comemorar e finalmente ele para de falar que não aguenta mais trocar as fraldas de Nate, que está na hora de começar a ajudá-lo a ir ao banheiro. - Fica no carro.
- Eu não vou ficar aqui. - Ele sai e eu respiro fundo, já havia imaginando isso. Mas não custava nada tentar, certo? - Eu estou falando sério, isso pode ser perigoso.
- Olha a casa do cara. - Eu aponto para as inúmeras flores do jardim e o cortador de grama. - O máximo que ele vai fazer é não falar nada, mas eu trouxe o dinheiro, lembra?
- Você é louco! - Harry exclama, enquanto caminhamos até a casa do outro lado da rua. O vilarejo não tem mais que três ruas e todas as casas são padrão. Dois andares, a grama verde e há apenas um supermercado. - Devia ter contratado alguém para fazer isso, como fez com Joshua Stein.
- Ele já fez o suficiente, eu assumo daqui pra frente. - Resmungo, tentando não ficar ainda mais irritado com a falação desenfreada de Harry. Bato na porta duas vezes e esperamos longos segundos. Nenhum movimento foi feito.
- Talvez não tenha ninguém, vamos voltar outro dia. - Meu melhor amigo manda e eu reviro os olhos, batendo mais forte dessa vez. - Ok, você quer insistir nisso, então vamos nessa. Mas depois não diga que eu não avisei... se você não estiver morto.
Dessa vez ouvimos o barulho das chaves na porta e logo em seguida um senhor abre a mesma, deixando a mostra apenas seus cabelos brancos e os óculos. Pelas fotos da internet, esse é o médico que fez o parto de Anne há quase onze anos.
- Logan Sulivan? - Ele me olha por longos minutos, antes de abrir um pouco a porta. - Eu sou Zayn Malik, esse é um amigo...
- Harry Styles. - Ele completa e meu melhor amigo me olha espantado. Eu poderia rir alto agora, se também não tivesse curioso. - Você é o CEO da Malik's Enterprise e ele seu braço direito. - Ergo uma sobrancelha e ele sorri, erguendo sua mão. O cumprimento por educação, já que estou espantado com o que ele sabe. E até aonde pode saber. - Eu tenho grandes amigos empresários e gosto de acompanhar as notícias pela televisão. Não há nada mais para se fazer nesse vilarejo, então fico de olho em tudo. Ouvi muito falar de vocês e em como suas ações se mantém lá em cima. É de se admirar.
- É legal saber que somos admirados por aí e é bacana conhecer você, mas não estamos aqui para falar de ações. - Ele também parece curioso sobre a minha presença. - Eu estou aqui para saber algumas informações sobre um de seus serviços feitos em 2008.
- Eu tive o meu diploma banido há mais tempo do que isso, Sr. Malik. Então não realizei nenhuma operação ou consulta desde aquela época. -Ele diz com desdém.
- Não, o senhor fez. - Vejo que o senhor bom e comunicativo de segundos atrás já está indo embora e aos poucos uma carranca toma conta de sua expressão. - Eu quero saber alguns detalhes sobre o parto que você realizou na casa de Jim O'Neil em vinte e dois de novembro de 2008.
- Me desculpem cavalheiros, mas eu tenho certeza que estão aqui por conta própria e eu não dou detalhes sobre os meus serviços. - Ele se prepara para fechar a porta e antes que eu pudesse intervir, Harry para a mesma no meio do caminho e entra na casa, me deixando espantado. Vou logo atrás, com medo do que ele pode fazer. O encontro prensando Logan contra a parede pelo colarinho da blusa e me pergunto onde foi parar o Harry assustado.
- Olha, você fez uma coisa muito errada naquele dia, ou pelo menos encobriu mais uma das nojeiras de Jim O'Neil, então eu sugiro que comece a abrir a boca porque nós temos papéis que podem te colocar na cadeia. - O senhor apenas consente, assustado e sem fôlego. Então Harry o solta, me olhando cheio de marra. - Eu te disse que dava conta. - Ele sussurra e eu reviro os olhos, notando o antigo Harry ali. - Ah, e nós temos um presentinho para você de meio milhão de libras. Então começa a abrir a boca.
- Meio milhão? - Finalmente o senhor de minutos atrás volta a aparecer, sorridente, mas ainda sim há uma preocupação nos olhos. - Bom, se vocês querem falar de Jim O'Neil, vamos precisar beber.
O observo ir até uma prateleira da sala e nos convida para sentar. Rapidamente temos um copo de Bourbon na mão, acompanhado de gelo.
- Um brinde ao homem mais detestável que eu já conheci. - Encaro Harry, enquanto coloco o Bourbon para dentro, já sabendo que não vamos escutar coisas leves.
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