36 | Final

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Não me matem k. Nos vemos nas notas finais ❤

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Um ano depois

Aposto que vocês devem estar se perguntando o que diabos está acontecendo, não é mesmo?

Bom, é uma história muito complicada, e tenho certeza de que posso chamá-la de Pior Momento da Minha Vida.

Naquele dia, depois do empurrão que Changkyun deu em Jaeguk, Minhyuk disse que tinha ligado para a polícia e que já estava a caminho. Eu não tinha dúvidas sobre o estado do homem que sequestrou meu menino, e pude confirmar quando uma ambulância chegou junto da viatura policial. Jaeguk estava morto.

Seria algo bom, mas o fato de que Changkyun o matou não foi ignorado. Por mais que ele só tenha feito aquilo sem querer e porque estava tentando nos proteger, tirar a vida de uma pessoa, em qualquer situação, é um crime.

Tivemos de contar tudo, inclusive que IM é um robô. Isso não só rendeu problemas para Minhyuk, que usou de uma tecnologia considerada avançada demais para ser manuseada por um estudante de engenharia mecatrônica, como para mim, que possuía um ser mecanizado sem autorização e que não tinha passado por testes científicos.

Sim, eles achavam que Changkyun poderia se revoltar contra todos e soltar raio laser pelos olhos para matar a população e, assim, dominar o mundo.

O dinheiro conseguiu impedir que Minhyuk, os amigos dele - aqueles que participaram da construção do IM - e eu fôssemos presos. Contudo, um robô convivendo em sociedade era ilegal, então levaram Changkyun para sabe-se lá onde durante oito meses.

Oito meses sem meu Chang.

Um dia sem ele era ruim, imagina oito meses.

Fiquei devastado, não só porque estávamos longe um do outro, mas também por causa das coisas que eu imaginava. Eu conhecia mais ou menos como funcionavam essas coisas burocráticas da tecnologia, e sabia que a polícia tinha o poder de exterminar Changkyun, desligando-o para sempre e queimando seu corpo.

Esses pensamentos tomaram posse da minha mente e ficaram lá durante todo o tempo, deixando-me a pessoa mais triste que eu já conheci. Tranquei minha faculdade e fui morar com Minhyuk, já que ele tinha medo que eu fizesse alguma besteira comigo mesmo. Sou naturalmente muito dramático, mas meu amigo pareceu entender o motivo de eu estar tão arrasado. E ele tinha que entender mesmo, afinal, como alguém poderia ficar bem sabendo que a vida do seu maior amor corria risco?

Quando Joohyun foi informada dos acontecimentos, saiu do Japão e veio me ver, e, como uma boa ariana que é, não aceitou que as coisas acabassem daquele jeito. Minha irmã é uma advogada excepcional, então ela conseguiu, não sei como, fazer com que Changkyun voltasse para casa. Ela não me contou o que fez, e ficou se gabando porque agora eu devia ser grato pelo resto da minha vida. Joohyun também disse que era pra eu ser seu escravo como forma de pagamento. Mandei ela tomar naquele lugar.

Tudo foi voltando ao normal aos poucos. Continuamos nossa rotina, Changkyun e eu, eu e Changkyun. Perdi algumas coisas que aconteceram enquanto tive meus meses de isolação, como o começo do namoro de Hyungwon e Wonho. Hanbin também seguiu sua vida, conheceu um garoto chamado Jiwon e agora os dois não se desgrudam. Bobby, como gosta de ser chamado, é um rapaz legal, e apesar de não estar mais falando com ele com tanta frequência, fico feliz pelo meu amigo.

- Jooheon? - Joohyun abre a porta, fazendo meus pensamentos perderem-se no ar. - Estão todos lá fora te esperando. Chegou a hora, garotão.

Suspirei e me olhei uma última vez no espelho. Minha irmã veio até mim com uma expressão de tédio e começou a arrumar minha gravata.

- Você não aprende nunca, né? Não é assim que faz o nó.

E R R O R | JookyunOnde histórias criam vida. Descubra agora