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Três semanas se passaram desde o primeiro dia de trabalho no Momo Café. Não havia acontecido nada de interessante nesse tempo, nem na faculdade, nem em lugar nenhum.

A situação de Hyungwon e Hoseok pareceu não sair do zero, até porque Hyungwon não escreveu mais bilhetes, e desde aquele dia não anotava os pedidos de Hoseok e nem o servia.

Changkyun e eu, vendo essa relação nada normal, arquitetamos um plano para tentar aproximar os dois. Iríamos pôr em prática nesta tarde.

Hoje não teve aula no meu curso, e não me preocupei em saber o motivo. Fiz Changkyun faltar na faculdade, apenas porque eu não queria ficar sozinho durante a manhã toda.

— Puta merda, Changkyun! — xinguei, mas não foi direcionado para IM, e sim para a moça do dorama.

Estávamos maratonando uma novela antiga, um clichê daqueles bem água com açúcar, mas mesmo assim eu consegui me irritar com a protagonista.

— Eu não acredito que ela vai ficar com o médico! — IM falou indignado.

— Fui enganado! — bufei e joguei meu tronco no encosto do sofá. — Por que raios ela trocou o vendedor de flores por esse escroto?

— Talvez seja porque ele é rico.

— Quem é que troca um homem amorzinho daqueles por um doutor mesquinho? Eu não entendo isso.

— As pessoas gostam de quem não gosta delas — falou sério e me fitou. Olhei para ele com os olhos cerrados. — Elas não enxergam o verdadeiro amor, mesmo ele estando bem na sua frente. Preferem alguém que as faça sofrer do que alguém que possa as fazer feliz.

Suspirei e cruzei os braços. Changkyun aproximou-se um pouco de mim, me olhando com expectativa.

— Não quero falar sobre isso.

IM e eu conversávamos bastante, e isso meio que aumentou durante essas semanas, porque eu me sentia extremamente solitário. Em uma dessas conversas, acabei soltando algo em relação a Hanbin.

Eu simplesmente joguei tudo no Changkyun, desabafei mesmo, contei toda a história que envolvia Hanbin e eu, do começo ao fim. Falei que ainda sentia algo por ele, e que seria extremamente difícil esquecê-lo. Changkyun deu alguns conselhos, e um deles foi a típica frase: "O tempo cura tudo".

Apesar de ter contado tudo para ele, eu ainda me sentia desconfortável para tocar no assunto. Eu parecia uma adolescente boba apaixonada, que não via nada além do "princeso" Kim Hanbin.

— Hyung, não seja assim — respirou fundo. — Você tem que superar ele.

— Como se fosse fácil — ri nasalado.

— Eu posso te aju...

— Meu Deus do céu! A empregada deu um tiro no medico — gritei assim que percebi o que estava passando no dorama. — Agora a Hyesung vai correr para os braços do homem das flores, aposto.

Estava prestes a surtar mais pela novela, até que o episódio acaba. Fiquei um pouco desanimado, pois queria assistir mais, mas estava quase na hora de ir para o trabalho.

— Changkyun, vamos nos arrumar — levantei do sofá. — Hoje eu vou vestido pra matar.

Falei isso, mas o único que realmente iria matar alguém hoje seria o Hyungwon. O plano, dando certo ou errado, com certeza irá irritar ele.

Que Daesung nos proteja. Amém.

[...]

Já era final de tarde. Hoseok chegava às cinco e meia em ponto no Momo Café todas as sextas, o que era diferente do resto da semana, já que ele estava lá sempre no horário do almoço. O Vermelhinho, era assim que eu o chamava agora, em uma de nossas conversas, disse o motivo de ir ao Café em um horário diferente na sexta-feira: ele começou a frequentar aulas de dança.

E R R O R | JookyunWhere stories live. Discover now