chega.

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POV. melissa
Acordei cedo já com a ideia na cabeça, eu e Matheus estávamos em um momento muito crítico no nosso relacionamento e não poderia deixar o mesmo escapar assim tão fácil de minhas mãos, o que eu sinto por ele é totalmente verdadeiro e recíproco, vejo nos olhos dele o amor que ele sente por mim, mas com o tempo tive a impressão que esse amor se resultou em gratidão, algo que eu não queria jamais, e não vou deixar isso acontecer, mesmo isso me custando a felicidade, já que estar com o matehus não me faz mais a mulher feliz que era antes, mas isso deve ser uma fase, não vou desistir custe o que custar.
Estava indo comprar ingredientes pra um jantar e recebo uma ligação, o número era restrito então estranho de cara, atendo e é uma velha amiga, ela foi acusada injustamente e isso a levou pra cadeia, mas como sempre fomos grudadas, fui buscá-la e esqueci totalmente do jantar, levei a mesma pra casa e lá ficamos papeando por muito tempo, arrumei um quarto pra ela no nosso lado e resolvi sair comprar um jantar já feito, já que o tempo pra cozinhar eu perdi, sai de lá acelerando e fui a caminho do restaurante preferido do matheus.
POV. matheus
Chego e me deparo com Isabela em casa, essa psicopata saiu hoje da cadeia, e já descobriu minha casa?
Que porra você tá fazendo aqui?- pergunto e a mesma se vira pra mim, seus olhos se arregalam o que é estranho, pensei que ela já me esperava, já que estava na minha casa.
Você me achou amor, sabia que iria atrás de mim depois de tudo isso, sabia que iria ver a minha inocência, eu fiz de tudo pra Bruninha não morrer, mas ela foi fraca demais, morreu junto de sua filha, eu as vi morrendo matheus e não consegui fazer nada, não deu- ela diz na cara dura, ela mente com uma facilidade de outro mundo, como eu não vi isso antes?
Cala boca sua otaria, sua sorte é que eu nunca vou encostar um dedo em uma mulher, mesmo você nem merecendo ser chamada de mulher, agora sai da minha casa, vá pra rua, passe fome, se afunde nos seus pecados e sabe lá se Deus te perdoa.
Sua casa? Estou na casa da minha amiga Melissa. Não me diga que vocês? Não, você me esperou, eu tenho certeza, não esperou?- ela pergunta se aproximando.
Esperei sim, esperei sua morte ser anunciada pros meus ouvidos darem glória, eu tenho nojo de você, tenho pena do ser humano que você se tornou é mais..-ela me corta e começa a gritar.
Eu me tornei esse monstro por sua culpa, você tem total culpa nisso, o que custava me amar Matheus- nunca vi Isabela chorando, ela chorava com a alma, mas conhecendo a maior mentirosa não senti pena alguma- Eu me entreguei pra você, você cuspiu em mim, nunca me assumia pra chegar essa Bruna e levar tudo que eu demorei pra conquistar? Não, nunca, se eu pudesse matar a mesma eu não hesitaria em momento algum- ela se vira pra limpar as lágrimas em uma roupa que estava acima de sua mala, não pensei duas vezes, abro a porta da salada e arremesso a mala pra bem longe.
Sai da minha casa agora e se você encostar em mais alguém que eu amo, vou esquecer da sua feminilidade e te quebrar a cara- a mesma sai sem falar nada, mas aquilo não vai parar por aí, ainda mais quando ela souber que Bruna e Liz estão vivas, mais um motivo para que não saia do lado delas.
Espero Melissa chegar e começamos a maior discussão, ela chora e implora para que eu não vá, mas repito pela milésima vez que não tem mais nada que me prenda naquele lugar. Arrumo minhas coisas e vou embora, não olho pra trás, não olho pra Melissa, não aguentaria a ver naquela situação, mas o que eu posso fazer? Já fugi demais da minha felicidade, e sei que não fui ingrato com Melissa, a mesma tinha se distanciado e seu orgulho não a deixava falar, as brigas em casa já estavam nos tirando a paciência e a harmonia da casa, então acho que isso foi bom pros dois, não estou falando isso pra tirar minha culpa, só estou relatando um relacionamento empurrado pela barriga, sei do sentimento de Melissa, mas ela não pode amar por dois, isso a machucaria mais ainda, então melhor cortar o mal pela raiz.

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